Eu fico melhor no escuro ou com pouca luz de fundo.
Fica mais fácil se eu fechar meus olhos,
se eu virar meu rosto para o canto da parede onde não alcanço.
Minhas mãos pesam uma rocha
que carrego nas costas para me redimir dos meus fantasmas
que me assombram ao meio dia
e que percorrem comigo o caminho que sigo sem estar convicto.
Minha boca é seca como um deserto
que decerto me afoga nas palavras que quero dizer
para traduzir meu sofrimento
que se manifesta no poema que não sei escrever.
Eu quero mais do que contar-lhe mais,
eu quero rasgar minha pele
e renascer,
me reconstruir em plenitude
que só imaginei longe de mim.
Não é mais assim.
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Debaixo da Pele
PoetryPoemas de cunho psicológico, existenciais, sobre algumas angústias que assolam o ser. Convido vocês a lerem estes poemas, e quem sabe, se identificarem com alguns deles.