Existo, apesar das sanções que me imponho
como uma forma de impedir que minha existência seja leve,
suave como as brisas que antecedem as tempestades
que se formam nos fundos dos meus olhos.
Não quero ser, odeio o ter de ser,
ter que sustentar meu ser -
também meu ter sido:
saboto meus planos, meus desejos, minhas possibilidades.
Me causa estranhamento o convívio pacífico com meus anseios,
com a possibilidade de outros fracassos,
e acenos de pesadelos antigos.
Antes tudo era,
agora deixaram de ser.
É sobre dar sentido à estranheza,
e voltar a me relacionar comigo mesmo.

YOU ARE READING
Debaixo da Pele
Thơ caPoemas de cunho psicológico, existenciais, sobre algumas angústias que assolam o ser. Convido vocês a lerem estes poemas, e quem sabe, se identificarem com alguns deles.