Poema 38

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Que eu encontre calmaria para meu desespero
e fixe as vertigens do meu existir em algum ponto pacífico,
e se possível,
que acolha meu sofrimento num porto onde eu possa atracar
sem deixar meus tesouros
na alfândega dos julgamentos
e falas sem compromisso.

Sou um transatlântico cheio de fantasmas
num oceano feito das minhas lágrimas. 

Debaixo da PeleWhere stories live. Discover now