Castiglia

CAPÍTULO 15- VIDROS EMBAÇADOS 🔥

A mão de Estevam, pousada em sua cintura, a derretia ao mesmo tempo que a paralisava. Instintivamente, ela inclinou o pescoço para seus lábios, recebendo lentos e demorados beijos. As mãos dela desceram dos cachos de Estevam para sua camisa, conforme seus dedos timidamente tentavam desfazer os botões, abrindo caminho para seu abdômen. Scarlett queria sentí-lo, grudar-se nele de formas que apenas um abraço não a satisfazia. O torso definido do homem ficou totalmente exposto assim que as mangas da camisa deslizaram pelos braços do homem, as veias pareciam os veios do mármore, saltadas, escuras e grossas, a entrelaçando com força ao jogá-la por cima do colo dele com as pernas abertas.

Ela o encarou, desfazendo-se do beijo arfante. Os olhos da garota percorreram aquele corpo, e a ponta de seu dedo indicador direito, pintada de rebu, desfiou do maxilar até o meio do peitoral, ridiculamente definido, traçando o caminho dos pelos. "Um homem", Scarlett sorriu desconcertada ao perceber que o fitava por tempo demais.

– Perdeu alguma coisa? – ele brincou, segurando-a pela mesma mão, tomando-lhe o dedo e levando até a boca para que seus caninos brancos o mordesse, a assustando de sobressalto.

– Sim – sorriu de volta – mas acho que já encontrei. E você? – sua outra mão descansava sobre a coxa direita, com medo de se aproximar mais do que ainda era desconhecido a ela. Ele, ao contrário, olhava-a de volta sem desconcerto algum.

– Eu? – seus dentes brilharam nos lábios travessos – Eu nunca perdi nada. – os olhos negros miraram seu colo, era como se ela pudesse sentir exatamente para onde eles apontavam.

– Quer ver? – perguntou em sussurros, colocando a mão pequena sobre o decote, perdendo o medo de seu corpo.

– Claro – murmurou gravemente, engolindo seco. – Mas primeiro as damas se divertem, depois os cavalheiros – e a ajudou a puxar a barra da blusa de veludo para cima, os dedos frios tocavam sua pele, revelando a lingerie preta. Scarlett pensou como fez bem em escolher um conjunto novo de roupa íntima naquele dia. O sutiã escondia muito pouco, seus mamilos estavam enrijecidos sob o tecido, sensíveis ao toque. Primeiro a alça esquerda e depois a direita, caíram, dando passagem para os seios redondos e pequenos, que subiam e desciam conforme a garota respirava. Os lábios do professor desceram para seu colo e seu peito, beijos lentos e molhados, que com gosto chegaram até seu mamilo direito. A boca de Scarlett se abriu, fazendo-a se contorcer, misturando gemidos e arfadas de ar, que se tornavam mais altos conforme a língua traçava círculos entre beijos e mordidas. Estevam a fitava, cruzando caminhos, conforme a mão de Scarlett pressionava os cabelos da nuca do professor, trazendo-o para mais perto do mamilo esquerdo. O prazer em seu corpo era mais intenso que naquela banheira ou em qualquer noite que sonhou com isso. Ela queria aquele homem, o queria para ela, e dentro dela.

–Quieta... – ele sussurrou, calando um gemido.

Do lado de fora, as árvores desapareciam na neblina que surgiu. O lago era sereno, e a noite passava lentamente. As sensações que eletrizavam seu corpo eram demais para que se preocupasse com algo, não ligaria se tivesse um monstro ou uma multidão ao redor, ela queria Estevam, ela precisava.

–Eu quero você. – gemeu. E sua mão agarrou o fecho lateral da saia, a abrindo por completo, revelando suas pernas parcialmente cobertas pela meia calça fina.

A saia foi posta na pilha de roupas.

Em um segundo, na mesma velocidade em que as roupas eram colocadas de lado por ele, Scarlet deslizou de seu colo, caindo novamente para o banco, em uma fuga desengonçada, até que suas costas encostaram no vidro do porta malas. Ali, sentada, ela sorriu para o homem confuso, descobrindo que gostava de brincar com ele.