Capítulo IV

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Amélia

Me sentei naquela cadeira dura,e fechei os olhos,orando para que nada acontecesse com meu irmão.

Analisei o ambiente estéril da sala de espera,me remexi desconfortável,permanecemos por várias horas esperando,por notícias.

Um médico alto apareceu.

-Familiares de Derik Williams Gerold.-Nos levantamos e fomos até ele.-O paciente está bem,só sofreu algumas escoriações nada de mais.

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Derik entrou no apartamento,ele estava calado e não sorria a nenhum momento.

Ele se sentou no sofá e ligou a tv.

Fui até a cozinha,e procurei algo para ele comer,o médico disse que tudo está liberado,peguei um pote e enchi de calda de morango,Derik não resiste a calda de morango.

Me sentei do lado dele timidamente,ele olhava para a tv ligada em um canal qualquer.

-Você está bem?

-Eu pareço bem?!-Ele disse seco.

-Derik...é sobre o acidente?

-Não é só isso Amélia.

-É sobre o que a mamãe contou?

-Também.

Ele suspirou,e eu sorri fracamente,entreguei o pote com sorvete para ele,Derik se animou um pouquinho.

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~2 meses depois~

Eu estava tão desesperada,Derik não saia de casa,estava com uma depressão aguda,tendo que tomar vitamina D em cápsula,por não sair de casa.

Ele se alimenta muito dificilmente.

Ja estou cansada de ver meu irmão que ja foi tão sadio nesse estado,e tenho medo dele fazer algo pior.

Me sentei na cama dele,como sempre Derik estava com o rosto abatido,olhando para parede,de vez em quando ele assistia tv.

Respirei fundo me preparando para a batalha que seria para ele tomar café.

-Derik.-Ele soltou um grunhido.-Vem tomar café.-Ele ficou em silêncio e depois decidiu falar.

-Não.

Eu ja estava cansada de tudo aquilo, puxei o edredom que o cobria.

-Vamos.

-Não.

-Vamos!

-Não.

Me irritei e puxei a coberta que o cobria,o arrastei até a cozinha,coloquei a comida na frente dele.

-Derik come.

-Não.

-Quer saber?! FODA-SE! Se você não quer comer que se foda! Se você quer morrer que se foda! Mas EU quero ver você bem! Então uma vez na vida pensa em alguém a não ser você.

Sai da cozinha com lágrimas no rosto me tranquei em meu quarto e suspirei.

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Acabei adormecendo encostada na porta,batidas leves me fizeram despertar.

Abri a porta e Derik me olhava.

-O que quer?

Ele me empurrou e me prensou contra a parede.

-O-o que...

E me beijou avidamente.

Laços do PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora