Capítulo XVIII

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Amélia

Fui o mais rápido que pude para perto de Rodrigo, a mulher me olhou, sorriu e veio em minha direção, ela aparentava ter a mesma idade da minha mãe, seus olhos eram azuis claros e seus cabelos loiros.

-Bom dia.

-Bom dia...-Respondi franzindo o cenho, tendo a impressão de que ja a conhecia.

-Muito bonito, seu filho.

-Obrigada.

-Sabe...sua família deve ser muito bonita.

-Sim é...

-Antigamente eu achava que  o amor não era importante, mas isso me fez pagar caro, e hoje em dia eu reconheço meus erros. E se pudesse voltar no tempo e concerta-los...-A olhei, ouvindo o que falava.

-Desculpe, mas qual é seu nome?

-Larissa, mas não importa.

-Bom, ja vou indo, espero te ver de novo.-Ela riu baixinho.

-Há querida...nós nunca mais vamos nos ver.-Dito isso, ela saiu.

Rodrigo veio até mim pedindo sorvete, parei em uma padaria e comprei um pote de sorvete de massa.

Fomos para casa, Derik já não estava em casa, tomei sorvete com Rodrigo e ficamos assistindo Tv, até a hora do almoço.

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Derik

Dirigi até o endereço que me deram, era dentro de um condomínio de luxo, a cada casa que passava eu me perguntava, o por que deles terem me abandonado.

Estacionei em frente de uma mansão branca, os portões estavam abertos, entrei e me deparei com um jardim bem cuidado, fui em direção à porta e apertei a campainha.

Uma mulher vestindo roupa de empregada apareceu.

-O que deseja?

-Hã...-Olhei para o papel com seus nomes.-Gostaria de falar com Victoria Albuquerque e...Raimundo Albuquerque.

-Só um minuto.-Ela entrou na casa novamente e eu fiquei esperando por alguns minutos do lado de fora, a mulher apareceu novamente e me chamou.

Nos entramos na casa luxuosa, eu não fiquei tão surpreendido, afinal eu sempre ia na casa dos meus avós. Uma mulher com os cabelos loiros, parecidos com o meu estava em pé, e um homem com cabelos ja grisalhos estava sentada no sofá ao seu lado.

-O que...você...-Ela disse com desdém.-Quer conosco?

-Me chamo Derik, bom...acredito que há 23 anos atrás, talvez vocês se lembram de ter tido um filho.-O homem se levantou com raiva.

-Quem é você?! Como descobriu isto?!

-Isto é mais simples quanto parece, eu sou o filho que vocês abandonaram em uma caçamba à 23 anos.-A mulher caiu sentada no sofá.

-Você...

-Até imagino porque veio.

-Não, eu não quero dinheiro, isto eu tenho, e bastante. Na verdade só gostaria de conhecer meus pais verdadeiros e entender por que me abandonaram.-Ele arqueou a sobrancelha.

-Nós éramos muito pobres, e quando eu fiquei grávida só tinha 14 anos. Quando você nasceu, eu fiz o que achei que era certo.

-Não seria melhor ter me levado até um orfanato?

-Todos me conheciam naquele bairro, se me encontrassem eu estava perdida, contariam aos meus pais, e seria meu fim.

-Bom...era só isso que eu queria saber, pensei que...-Abaixei a cabeça e suspirei.-Ja vou indo.

Laços do PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora