Capítulo XIV

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Derik

Não sei se foi a minha imaginação, mas acho que ouvi Amélia dizendo que me ama.

Fechei os olhos, puxei seu corpo para mais perto do meu e adormeci.

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Acordei com um grito animado, me levantei e olhei em volta, Amélia estava com o telefone na mão.

Ela desligou suspirou e se jogou em cima de mim.

-O juiz aprovou! Podemos buscar Rodrigo!-Eu sorri e a abracei bem forte.

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Seguimos para o orfanato, aonde Rodrigo estava há algumas semanas, assinamos tudo o que era necessário, e assim que o vi, sorri aliviado, ele finalmente vai ficar em paz conosco.

Amélia sorriu com os olhos cheios de lágrimas e o abraçou com força, envolvi os dois, me sentindo o homem mais sortudo do mundo.

A assistente chamou Amélia de lado, enquanto eu conversava baixinho com Rodrigo.

Fomos para casa, e deixamos Rodrigo se acomodar no quarto dele. Amélia foi até o corredor mas acabou parando no meio do caminho, se apoiou na parede. E caiu no chão, corri até ela e a segurei.

-Amélia!-Ela abriu os olhos, e demorou para perceber o que tinha acontecido.

-Foi uma tontura, eu estou bem, são os efeitos da quimioterapia.

-Vá deitar, você precisa descansar.

-E-Eu preciso ficar com o Rodrigo.

-Não! Vai descansar, eu fico com ele.-Acariciei seus cabelos e beijei sua testa.

Ela suspirou derrotada e foi, fui para o quarto de Rodrigo, eu havia pintado as paredes brancas de azul.

E deixei alguns lugares para ele guardar seus brinquedos, e ao longo do tempo eu vou comprando mais.

Ele estava sentado no tapete felpudo azul, observando o quarto, me sentei no chão ao seu lado.

-Gostou?

-Sim! Eu nunca tive um quarto tão grande!-Pude ver seus olhinhos brilhando.

-Você pode colocar os brinquedos que quiser aqui.

-Eu não tenho muitos...-Ele murmurou.

-Não tem problema. Você vai ter muitos brinquedos.-Disse sorrindo.

Ele pegou sua mochila e começou a mostrar alguns brinquedos que ele tinha, passamos a manhã brincando, Amélia se juntou à nós quase ao meio dia. Ficamos juntos, até a fome bater.

Amélia se levantou e perguntou ao Rodrigo.

-O que quer comer?

-Hum...tem uma coisa...que faz muito tempo que eu não como.

-O que?

-X-Burguer...-Amélia sorriu e de agachou para ficar na sua altura.

-Vamos comer o melhor lanche da sua vida!-Ela se levantou e sorriu para mim.

Ela foi até o quarto, e eu a segui.

-Amélia, você não está bem!

-Estou sim! Pare com isso! Eu quero vê-lo feliz!

-Amélia, você quer vê-lo feliz, mas se não estiver aqui quando ele crescer?-Ela me encarou, franziu o cenho, então fechou a expressão.

-Eu estou bem Derik.

Ela pegou um casaco para Rodrigo e me ignorou completamente, os levei para uma lanchonete de fast food, contra a minha vontade claro.

Fizemos os pedidos e fomos nos sentar, Rodrigo se sentou ao lado de Amélia.

Laços do PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora