+18 Dulce e Christopher viviam mundos diferentes.
Ele, diretor e médico de uma das maiores redes de hospitais da país. Rapaz conceituado e de família com alta influência social.
Ela, stripper da boate mais barata da cidade, desde os 20 anos de ida...
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— Bem, o que me trouxe aqui inicialmente foi o Christopher.
— Christopher?! – Maite sorriu – Ele sabe que a Dulce não trabalha mais aqui.
— É, mas a sua amiga, deixou meu amigo na mão e sem nenhum contato, e ele está louco atrás dela.
— Olha, Christian, eu poderia te dizer onde a Dulce está ou qualquer outro contato, mas não posso fazer isso, não tenho direito de fazer isso, embora eu não ache certo o que a Dulce fez.
— Poxa, Maite! Me ajuda, por favor! Sério não quero o mal de ninguém nessa história, quero só ajudar meu amigo. – Me aproximei um pouco da Maite, que sorriu para mim.
— Não posso. Acho muito legal da parte do Christopher procurar pela Dulce, eu sei que ele se mostrou ser um cara diferente. Mas não rola.
— Tudo bem, mas eu posso conseguiu seu número ao menos? – tentei por ultimo.
— Não vou dar nenhuma pista para o Christopher achar a Dulce, sinto muito.
— Mas não é o Christopher quem quer seu numero, sou eu. – sorri.
— Para que você iria querer meu numero? – ela me olhou desconfiada.
— Porque eu gostei de você e te achei linda, já disse. – Acho que fui direto demais.
— Eu não sou uma das prostitutas, Christian. O fato de trabalhar aqui, não me rotula.
— Eu sei. Não quis dizer isso. – Levantei os braços em sinal de rendição – se você não quiser me dá, eu te deixo o meu. Onde consigo caneta e papel? – Perguntei varrendo a sala com o olhar. – Achei. – Apontei para uma mesa pequena.
Caminhei até a mesa e anotei meu numero em um pedaço de papel, levando até a Maite.
— Posso esperar sua ligação? – Apontei o papel para ela, enquanto esperava que ela pegasse. – por favor. – Me aproximei um pouco mais ela mais uma vez. – eu espero você ligar.
— Tudo bem! – Maite suspirou e revirou os olhos, pegando o papel das minhas mãos. – Pode ir agora, não irá conseguir informações da Dulce.
— Já disse que meu objetivo mudou quando cheguei aqui. – Sorri, dei-lhe um beijo na bochecha e caminhei em direção a porta – Eu quero te conhecer, Maite. Quero saber mais de você, além de que você não é uma prostituta, e disso eu já sabia.
— Ok, Christian. – Maite revirou os olhos mais uma vez. – é sempre insistente assim? – Maite me deu as costas em direção a mesa.
— Só quando realmente quero algo, Maite, e esta é uma ocasião.
Maite voltou com um sorriso leve nos lábios, acho que gostou do que ouviu e me deu um pedaço de papel com seu numero escrito. Sorri e a olhei.
— Só não cria muita expectativa, já disse, nada da Dulce irei dizer.
— Não se preocupe, quero saber de você, não vai se arrepender. Posso te ligar?
— Sim, pode.
— Obrigado, até mais, Maite! – Lhe dei outro beijo na bochecha e sai.
Encarei o segurança e ele me olhou, fingindo que não havia me visto. Sai e fui direto para o carro dá as novidades que não eram novas para Christopher que esbravejou pela falha na missão, mas não estava chateado comigo, e sim com a situação.
Posso dizer que não me arrependi de vir aqui essa noite, conheci a Maite e ela mexeu comigo, posso dizer que ela me atraiu, apenas. Ela era linda, seu corpo era perfeito e eu conseguia visualizar seu corpo se encaixando perfeitamente ao meu. Anotei o seu numero no meu celular e fui para casa, definitivamente era o que eu mais precisava agora.
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Havia três mês desde que me encontrei com Christopher pela última vez, e confesso que foi muito fácil e rápido me afeiçoar a seu jeito, seu olhar, seu corpo. Não por culpa dele, mas por minha culpa mesmo. Afinal, anos a fio sem carinho, sem toque e cuidado de um homem, que eu acho que minha carência está nível hard, não sei como consegui resistir as investidas dele naquele dia, mas acho que meu bom senso falou mais alto. Também havia três meses que eu procurava emprego, e não consigo, nem mesmo atendente de bar. Não entendo muito bem, afinal ao menos o ensino médio eu tinha, e eu pretendia voltar a estudar, mas parecia um sonho distante, enquanto eu não conseguisse dinheiro para pagar uma faculdade ou qualquer outra coisa, eu não conseguiria estudar, e eu viveria sempre nesse looping eterno de maus empregos e nenhuma qualificação. Eu tentava me virar como podia, além de entregar currículos, eu tentava alguma faxina, ou coisas do tipo, mas parecia que o mercado não estava bom pra ninguém. Eu estava totalmente constrangida de ver a Maite sair todos os dias para trabalhar, e sustentando a mim e a ela, como se eu fosse sua filha, enquanto estava de braços cruzados, apenas preparando as refeições e faxinando a casa. Meus classificados no jornal estava cheio de círculos e xis, aparentemente não havia vaga para mim em lugar nenhum, iria me restar ir para um bordel que tinha no outro lado da cidade. — Bom dia, flor do dia! Ainda acordada? – Maite entrou em casa, sorrindo. — Sim, não consigo dormir. — Porque não? — Porque preciso arrumar uma maneira de por comida dentro de casa, Mai. Não posso viver a suas custas o resto da minha vida. – bufei. — Não vou falar sobre isso com você novamente. – Maite revirou os olhos. – Não sou nenhuma estranha. Tenho certeza que se fosse eu, você faria o mesmo. — Mas, claro que sim! — Então cala essa sua boca. Não tenho noticias muito boas para você. — La vem. – revirou os olhos – o que houve? — Está cada vez mais difícil enrolar o Christian para que ele não me traga em casa. Se é que ele não já me seguiu alguma vez. — Puta merda, Maite! Porque você tinha que ter um caso justamente com o amigo do Christopher? – Irritei – me. — Calma, ai, amor! – Maite levantou os braços em forma de defesa – não se esqueça que se você não tivesse dado um chute no rabo do Christopher e sumido do nada, o Christian não teria aparecido por lá. Porque pra você é tão difícil reencontrar ele? Dulce, depois que o Christian foi no bordel, o Christopher já foi lá me convencer a dizer onde você estava umas quatro vezes. — Eu não sei o que é que ele quer tanto comigo. É curiosidade demais, só pode. Não tenho nada a oferecer ao Christopher, Maite. Me envolver com ele é muita roubada e muita burrice também – cruzeis os braços. — Não acho. Também não tenho nada para oferecer ao Christian. Mas está sendo ótimo. Amiga, aquele cara na cama é um sonho! — Maite, eu realmente não quero saber sobre sua vida sexual – revirei os olhos – há anos que não sei o que é isso. — Porque quer! O Christopher tá ai, louco atrás de você. E você já poderia tá escalando aquele cara na horizontal ha muito tempo, basta você querer. — Ridicula! – ri, jogando a almofada em Maite. — Falo sério, Dulce. Estou acobertando você, mas não me responsabilizo, caso o Christopher te ache aqui. — Tudo bem, Mai, você já faz muito por mim, obrigada! – Dei-lhe um beijo na bochecha. — Agora irei dormir, e você deveria fazer o mesmo. – Maite olhou para o relógio – já são quatro da manha. – bocejou. – Bom dia. Maite levantou-se indo em direção ao quarto e eu fiquei esperando o resto do amanhecer do dia acordada. Este era um outro problema que eu tinha que resolver, eu tenho que sair da casa da Maite. Mas para onde eu vou? Ainda mais sem dinheiro. E voltamos para o pilar do meu problema em questão, falta de emprego.