+18 Dulce e Christopher viviam mundos diferentes.
Ele, diretor e médico de uma das maiores redes de hospitais da país. Rapaz conceituado e de família com alta influência social.
Ela, stripper da boate mais barata da cidade, desde os 20 anos de ida...
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Havia três meses que eu buscava por Dulce, e isso era um inferno. Saber que ela está tão perto e ao mesmo tempo tão distante. Tentei por duas vezes seguir a Maite até sua casa, mas sem sucesso, pois as duas vezes que o fiz, a Maite pareceu dormir na casa do Christian. Tentei andar pelo bairro onde Dulce e Maite moravam, mas parecia que ninguém as conheciam por lá. Dulce era muito escorregadia nas minhas mãos, mas o que eu queria mesmo, era ela sendo escorregadia no meu pau. Puta que pariu! Não tinha como não pensar nela sem colocar meu desejo a frente ou pensar nela também com a cabeça de baixo. Meu pau dava sempre sinal de vida e eu ficava como um imbecil, tentando esconder uma ereção. Me preocupava de ficar disfuncional, com tantas ereções frustradas que já tive naqueles meses por causa dela. Minha vida estava um pouco bagunçada. Meus dias no hospital estavam cada vez mais pesados. Eu tentava me equilibrar entre meus pacientes, meus amigos, meus pensamentos e busca pela Dulce e minha família, mas eu não era um polvo, não sabia se iria dá conta. — Eu estou comunicando, mãe! Não vou participar desse plano idiota. – revirei os olhos impacientes. — Christopher! Não fale assim da Marcelle, ela merece respeito. — Tudo bem, Alexandra, já estou acostumada com as grosserias do Christopher. — Você não está acostumada com nada, Marcelle. E eu não vou cair nesse papinho de vocês outra vez. Não vou me casar com você, nem qualquer coisa do tipo. — Ninguém está falando em casar-se, Christopher! Não por hora. Mas você e Marcelle devem sim, voltar a ser um casal. – Minha mãe se levantou do sofá com sua postura imponente de sempre. — Eu e a Marcelle nunca fomos um casal. Fomos um devaneio, uma burrice. Nunca fui apaixonado por ela, e nem ela por mim. — Deixe de ser tolo, Christopher! Seja um homem, o homem que criei para ser, não manche nosso nome com as coisas do coração, sejamos práticos! — E eu estou sendo prático! Não vou me relacionar com a Marcelle, nem socialmente, nem afetivamente. Quero distancia de você. – revirei os olhos. — Não me menospreze, Christopher! Éramos um lindo casal. — Já disse, nunca fomos um casal. – Me irritei. — Socialmente fomos sim. Nós formávamos um par perfeito. Até você desistir do casamento para viver essa vida louca que você vive hoje. – Marcelle me olhou amargamente. — Minha vida louca foi a melhor coisa que já fiz em toda minha vida. Sair das garras de vocês, foi a melhor coisa que fiz. E nessa vida louca não tem espaço pra você. – apontei o dedo em seu rosto. — Mas o que é isso, Christopher! Não o criei assim. Abaixe essa mão. – Minha mãe deu uma tapa leve em meu dedo. – Você precisa entender precisamos alavancar os negócios, e o melhor jeito de fundir nossas empresas e com o casamento perfeito, e esse casamento será o de vocês, por hora fico satisfeita em anunciar um noivado. Como eu disse, não haverá casamento por hora. Mas devemos nos ajustar pra prepararmos a melhor festa que esse país já viu, de preferência já para o próximo ano. — NÃO HAVERA CARALHO DE CASAMENTO ALGUM, VOCÊS ENTENDERAM? – Gritei – NÃO HAVERA CASAMENTO! Marcelle, eu menosprezo você, eu repudio você. Tenha o mínimo de decência. E a senhora, mãe, não me chame mais aqui para me destilar esse seu discurso ridículo de empresa. Sou médico, tenho meu emprego, tenho minha profissão, não tiro um centavo dessa empresa de vocês, e nem quero. Me deixem em paz, senão acabara sem filho também. Virei as costas sobre os sons protestantes da minha mãe e sai da mansão batendo a porta. Já havia quase um ano que aquela ideia absurda perdurava sobre a cabeça da minha mãe. Me juntar a Marcelle novamente? Nem fodendo! Primeiro de tudo que nunca fomos um casal, nunca me senti atraído pela beleza dela, nem pelo seu jeito fútil. Ela e minha mãe davam-se muito bem, na verdade eram bem parecidas. Quando fiz dezenove anos, decidi que não participaria da empresa do meu pai, pus minha vontade a frente, e comuniquei a todos que não iria fazer administração, engenharia ou direito, e sim, medicina. No inicio meu pai foi contra, mas em seguida me apoiou como sempre fez a vida toda. Já minha mãe me puniu com dois anos sem olhar para minha cara, bem como tirar qualquer direito de fazer parte dos lucros da empresa. Ou seja, sai de casa com uma mão na frente e a outra atrás. Seu objetivo real era me fazer desistir, mas eu não o fiz. Entrei para melhor faculdade do país, dividi quarto, dividi despesas, dividi comida, fui me virando, tentando estágios remunerados, limpando mesa de bar, mas não voltei pra casa, e essa é a maior revolta da minha mãe. Com isso, dois anos depois, quando ela voltou a falar comigo, ela teve a brilhante ideia de me juntar com a Marcelle, a conheço desde pequeno, então não vi problema na época, embora eu não sentisse nada por ela. Mas as coisas foram saindo do meu controle, quando em um dia de sexta-feira voltei para casa para passar o final de semana, e tinha sido montada sem meu consentimento uma festa de noivado. Dali fui só ladeira abaixo. Não aceitei o noivado, disse não na frente de todos os convidados, inclusive dos nossos pais. Desde então, seu pai me odeia com toda força possível. Desfiz toda aquela palhaçada, e minha mãe ainda não se deu por satisfeita, voltou com esse papo novamente. Francamente. Depois disso, passei a não frequentar mais a casa da minha mãe tantas vezes. Passei a ir lá esporadicamente, e trago esse hábito comigo até hoje. Amo minha mãe, mas não consigo lidar bem com o jeito que ela tem de conduzir sempre as coisas ao seu favor e ao seu bel prazer. Ai está nossa trava de batalha, ela tenta me manipular, e não consegue. Estamos todos sempre em clima de tensão, esperando as troca de insultos entre Christopher e Alexandra