+18 Dulce e Christopher viviam mundos diferentes.
Ele, diretor e médico de uma das maiores redes de hospitais da país. Rapaz conceituado e de família com alta influência social.
Ela, stripper da boate mais barata da cidade, desde os 20 anos de ida...
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Nesses três dias eu me confundi muitas vezes, mas não por ele, e sim por mim, era como se eu estivesse em uma eterna sopa de letrinhas e não conseguisse desembaralhar as palavras que tinham ali de maneira corretas para discernir tudo aquilo.
— Dulce? Dulce? – Christopher acariciou minha panturrilha, não sei quanto tempo ele estava ali me chamando, mas no seu rosto estava começando a se formar uma ruga de preocupação.
— Oi. – sorri amarelo. – Desculpe, não vi que chegou.
— Está tudo bem? – Christopher me deu o sorriso terno que ele sempre me dá, e eu tenho vontade de fecha-lo com beijos.
— Sim, estou e você? – sorri.
— Estou bem. Como está seu pé?
— Está melhor. Acredito que já posso ir para casa.
— Negativo! São quinze dias.
— Christopher, não quero continuar a te dar trabalho. Você está deixando de viver sua vida por minha causa.
— Não fale besteira, Dulce. Estou adorando você aqui. – Christopher sorriu e me deu um beijo na testa. – Conseguiu caminhar hoje, não é mesmo? Esta aqui na sala.
— Sim. – sorri – e não machuquei o pé.
— Fico feliz que esteja se recuperando, Dul. – Christopher acariciou meu rosto e eu pus minha mão sobre a dele.
— Obrigada por tudo, não terei como agradecer.
— Já disse, não precisa, faço com muita satisfação.
— Está com fome? Posso te preparar algo.
— Estou. Mas descanse, Dulce. Eu irei preparar algo para comermos. – Christopher levantou-se do sofá para ir em direção a cozinha.
— Christopher! – o chamei em protesto e ele virou-se para mim.
— Não estou invalida. Não quero ficar sozinha! Passei todo o dia sozinha, Maite me abandonou, não vem aqui há dois dias. Estou cansada.
— Tudo bem. – Christopher riu do meu chilique. – Vamos, meu pacotinho de estresse.
Quando menos esperei, Christopher me pegou em seu colo e me levou para cozinha com ele. Sempre que seu corpo tocava ao meu, meus pelos se eriçavam, o cheiro natural do seu pescoço já cobria minhas narinas por estarem tão próximos. Fomos para cozinha e ele me deixou em um dos bancos altos e apoiou meu pé.
— O que quer comer?
— O que você fizer para mim está ótimo. – O olhei e sorri. Sim flertei com ele na cara de pau e ele aparamente me devolveu meu sorriso cafajeste antes de se voltar a geladeira.
— Como foi seu dia? – Christopher perguntou enquanto montava sanduiches para nós.
— Passei o dia namorando seu piso e seu teto. – ri – não pude fazer muita coisa, afinal com o pé podre desse jeito, fico limitada.
— Olha que você pode fazer muita coisa com o pé assim.
Oi? Houve mesmo uma conotação sexual nessa frase? Por Deus, eu devo está enlouquecendo! Preciso parar de ter sonhos eróticos com esse cara, já!
O primeiro foi noites depois de tê-lo conhecido, minha imaginação parecia precisar daqueles toques que eu o proibi de dar na noite em que nos conhecemos. Desde então, não havia sonhado mais, mas desde que cheguei em sua casa, coberta pela sua presença e inebriada pelo seu cheiro, não posso mais falar o mesmo.
Essa noite meus sonhos se voltaram a longos sussurros e gemidos, enquanto, sentia seu pau entrar e sair de mim numa velocidade esplendorosa. Seu gemido em meu ouvido me fez gozar mais rápido do que eu realmente queria. Acordei com a força em que eu estava fazendo, enquanto apertava os lençóis e friccionava minhas pernas uma na outra para aliviar aquela tortura deliciosa que tinha deixado minha calcinha ensopada. Gozei por Christopher pela primeira vez.
Eu sorri em sinal positivo a sua intensão, seja lá qual for, embora eu tenha ficado vermelha com certeza. Christopher sorriu e por fim ficamos em silencio, até eu lhe devolver sua pergunta.
— E o seu dia, como foi?
— Bem cansativo, tivemos várias emergências hoje. Estava louco para chegar em casa, poder ficar em paz e te ver. – sorriu.
— Juro que é só por mais alguns dias. Porque você e a Mai me obrigaram.
— Dulce, para com isso! Não quero que tenha pressa em ir embora, me faz bem sua companhia. – Christopher me entregou o sanduíche.
— Você deve ficar muito sozinho nesse apartamento enorme, não é? – dei uma mordida no meu sanduiche.
— Fico sim, mas eu gosto da solidão, para mim é liberdade. – Ele mordeu o dele.
— Então eu devo está te incomodando mais do que eu imaginava.
-- Você não incomoda, Dulce. Como te disse agora pouco, eu gosto de você aqui.
— Mesmo tirando totalmente sua privacidade?
— Eu não quero ter privacidade para você. – Christopher afastou um pouco seu prato e aproximou –se de mim. – Eu quero ter privacidade com você.