CAPITULO 22

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Nesses três dias eu me confundi muitas vezes, mas não por ele, e sim por mim, era como se eu estivesse em uma eterna sopa de letrinhas e não conseguisse desembaralhar as palavras que tinham ali de maneira corretas para discernir tudo aquilo

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Nesses três dias eu me confundi muitas vezes, mas não por ele, e sim por mim, era como se eu estivesse em uma eterna sopa de letrinhas e não conseguisse desembaralhar as palavras que tinham ali de maneira corretas para discernir tudo aquilo.

— Dulce? Dulce? – Christopher acariciou minha panturrilha, não sei quanto tempo ele estava ali me chamando, mas no seu rosto estava começando a se formar uma ruga de preocupação.

— Oi. – sorri amarelo. – Desculpe, não vi que chegou.

— Está tudo bem? – Christopher me deu o sorriso terno que ele sempre me dá, e eu tenho vontade de fecha-lo com beijos.

— Sim, estou e você? – sorri.

— Estou bem. Como está seu pé?

— Está melhor. Acredito que já posso ir para casa.

— Negativo! São quinze dias.

— Christopher, não quero continuar a te dar trabalho. Você está deixando de viver sua vida por minha causa.

— Não fale besteira, Dulce. Estou adorando você aqui. – Christopher sorriu e me deu um beijo na testa. – Conseguiu caminhar hoje, não é mesmo? Esta aqui na sala.

— Sim. – sorri – e não machuquei o pé.

— Fico feliz que esteja se recuperando, Dul. – Christopher acariciou meu rosto e eu pus minha mão sobre a dele.

— Obrigada por tudo, não terei como agradecer.

— Já disse, não precisa, faço com muita satisfação.

— Está com fome? Posso te preparar algo.

— Estou. Mas descanse, Dulce. Eu irei preparar algo para comermos. – Christopher levantou-se do sofá para ir em direção a cozinha.

— Christopher! – o chamei em protesto e ele virou-se para mim.

— Não estou invalida. Não quero ficar sozinha! Passei todo o dia sozinha, Maite me abandonou, não vem aqui há dois dias. Estou cansada.

— Tudo bem. – Christopher riu do meu chilique. – Vamos, meu pacotinho de estresse.

Quando menos esperei, Christopher me pegou em seu colo e me levou para cozinha com ele. Sempre que seu corpo tocava ao meu, meus pelos se eriçavam, o cheiro natural do seu pescoço já cobria minhas narinas por estarem tão próximos. Fomos para cozinha e ele me deixou em um dos bancos altos e apoiou meu pé.

— O que quer comer?

— O que você fizer para mim está ótimo. – O olhei e sorri. Sim flertei com ele na cara de pau e ele aparamente me devolveu meu sorriso cafajeste antes de se voltar a geladeira.

— Como foi seu dia? – Christopher perguntou enquanto montava sanduiches para nós.

— Passei o dia namorando seu piso e seu teto. – ri – não pude fazer muita coisa, afinal com o pé podre desse jeito, fico limitada.

— Olha que você pode fazer muita coisa com o pé assim.

Oi? Houve mesmo uma conotação sexual nessa frase? Por Deus, eu devo está enlouquecendo! Preciso parar de ter sonhos eróticos com esse cara, já!

O primeiro foi noites depois de tê-lo conhecido, minha imaginação parecia precisar daqueles toques que eu o proibi de dar na noite em que nos conhecemos. Desde então, não havia sonhado mais, mas desde que cheguei em sua casa, coberta pela sua presença e inebriada pelo seu cheiro, não posso mais falar o mesmo.

Essa noite meus sonhos se voltaram a longos sussurros e gemidos, enquanto, sentia seu pau entrar e sair de mim numa velocidade esplendorosa. Seu gemido em meu ouvido me fez gozar mais rápido do que eu realmente queria. Acordei com a força em que eu estava fazendo, enquanto apertava os lençóis e friccionava minhas pernas uma na outra para aliviar aquela tortura deliciosa que tinha deixado minha calcinha ensopada. Gozei por Christopher pela primeira vez.

Eu sorri em sinal positivo a sua intensão, seja lá qual for, embora eu tenha ficado vermelha com certeza. Christopher sorriu e por fim ficamos em silencio, até eu lhe devolver sua pergunta.

— E o seu dia, como foi?

— Bem cansativo, tivemos várias emergências hoje. Estava louco para chegar em casa, poder ficar em paz e te ver. – sorriu.

— Juro que é só por mais alguns dias. Porque você e a Mai me obrigaram.

— Dulce, para com isso! Não quero que tenha pressa em ir embora, me faz bem sua companhia. – Christopher me entregou o sanduíche.

— Você deve ficar muito sozinho nesse apartamento enorme, não é? – dei uma mordida no meu sanduiche.

— Fico sim, mas eu gosto da solidão, para mim é liberdade. – Ele mordeu o dele.

— Então eu devo está te incomodando mais do que eu imaginava.

-- Você não incomoda, Dulce. Como te disse agora pouco, eu gosto de você aqui.

— Mesmo tirando totalmente sua privacidade?

— Eu não quero ter privacidade para você. – Christopher afastou um pouco seu prato e aproximou –se de mim. – Eu quero ter privacidade com você. 

Give Me You - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora