+18 Dulce e Christopher viviam mundos diferentes.
Ele, diretor e médico de uma das maiores redes de hospitais da país. Rapaz conceituado e de família com alta influência social.
Ela, stripper da boate mais barata da cidade, desde os 20 anos de ida...
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— Posso contar com sua ajuda? - Sorri, esperando a resposta.
— Não sei, Christopher. Não quero marcar meu velório.
— Por favor, Maite. Você sabe que para ela será melhor!
— Eu concordo com você, mas a Dulce vai querer me matar.
— Então, o que me diz?
— Ah, foda-se! Vou te ajudar, vou para casa, e logo mais eu volto. - Maite riu - boa sorte para nós!
— Você é fera! - Dei um beijo em sua bochecha e sai rindo. Consegui o que eu precisava, o apoio da Maite.
Havia dois dias que a Dulce estava internada no hospital por conta da luxação do seu pé. Na verdade tivemos uma complicação no quadro clínico, onde o tecido do pé estava inflamando mais do que esperando, então decidi a manter aqui para continuarmos o tratamento, e assim poder está mais alguns dias com ela, e finalmente convencer a Maite do que eu queria. Levar Dulce para minha casa. Eu sabia que ela não iria gostar nem um pouco da situação, mas caramba, ela precisava de cuidados e eu precisava dela.
Nesses dias em que eu pude me aproximar mais dela, pude ver que o meu sentimento por ela era mais do que atração, e confesso que isso me assustou um pouco. Eu estava confuso ainda, mas era um misto de sentimentos interessantes, sempre que ela sorria para mim, ou chamava meu nome. Morei no hospital por esses dias, para ficar com ela sempre que precisasse. Ela ainda estava um pouco arredia, mas eu podia ver em seus olhos, que estava aos poucos começando a confiar em mim. Eu daria esse tempo a ela, mas precisava dela debaixo do mesmo teto que eu.
— Boa tarde! Como se sente? - Sorri ao entrar no seu quarto.
— Estou bem melhor, Christopher. Obrigada. - Me sorriu de volta - Quando poderei receber alta? Essa internação deve está custando uma fortuna. Irei trabalhar a vida inteira pra te devolver todo esse valor.
— Não quero falar sobre isso, Dulce. - Sentei-me na beirada da sua cama e peguei sua mão esquerda, beijando-a. - Quero que fique bem, que se sinta bem, nada além disso.
— Eu estou bem, Christopher, muito obrigada por tudo. Não sei como te agradecer. - Dulce pôs sua mão direita sobre a minha.
— Comece me chamando por Chris novamente, esqueça o Christopher. - Sorri e ela sorriu junto.
— Tudo bem. Chris. - sorri.
— Cheguei! - Maite entrou na sala sorrindo para nós com sua bolsa de um lado e uma mala de mão lotada em outra, enquanto ela tentava se equilibrar com o peso.
— Que mala é essa, Mai? Vai viajar? - Dulce franziu o cenho.
Chegou a hora da verdade!
— Você ainda não contou para ela, Chris? - Maite me olhou, enquanto puxei a mala pesada de sua mão, colocando no chão.
— Contar o que?
— Você está de alta Dulce.
— Sério? - Dulce sorriu largo - Posso ir embora? - Tirando o lençol das pernas - Posso ir agora?
— Então Dulce. Você está liberada, para ir comigo. - sorri.
— Você quer nos dá uma carona? - Dulce franziu o cenho - Não precisa, você já fez muito por mim.
— Não, Dulce. Você vai comigo, para minha casa.
— O QUE?! Você só pode está louco! Olha, Christopher, eu agradeço por tudo que fez por mim, de verdade, Mas eu tenho casa. Eu vou saber me cuidar. - Dulce tentou levantar-se da cama, porém sem o apoio dos dois pés, tropeçou e eu a segurei.
— Estou vendo que sim. - Dei um sorriso irônico.
— Não precisa, eu vou para a casa da Maite, não é, Mai?
— Não! Não vai! Você precisa de cuidados, e eu tenho que trabalhar, irei te deixar sozinha a noite e dormir durante o dia, senão não me aguento em pé. Você ficará com o Christopher, terá mais conforto e alguém com você 24 horas por dia. - Maite sorriu e eu pisquei para ela em agradecimento.
— Eu não vou para casa do Christopher. - Dulce cruzou os braços, bicuda - Você está me dispensando, Maite. Que espécie de amiga é você? Fora que o Christopher também trabalha o dia todo, não viu como ele não saiu daqui?
— Eu pedi alguns dias de afastamento dos plantões, ao menos. Vou está com você sim todas as noites e vou cuidar de você. Além do mais faço isso porque quero, Dulce. Me dá uma chance. Estou pedindo pra cuidar de você apenas, após os 15 dias que é o tempo que você recupera seu pé e eu retorno aos plantões, você pode voltar pra sua casa. Não estou te pedindo em casamento.