𝐏𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐬𝐬ã𝐨 집착의 포로 - 𝘿𝙖𝙧𝙠 𝙍𝙤𝙢𝙖𝙣𝙘𝙚

𝟷𝟿- 𝙾 𝚂𝚎𝚚𝚞𝚎𝚜𝚝𝚛𝚘 𝚏𝚊𝚕𝚑𝚘𝚞

💀✦ POV'S LEE FELIX ✦💀

O sol mal tinha se posto, e eu ainda estava no escritório, analisando rotas, códigos e movimentações suspeitas da máfia rival. Meus olhos ardiam de tanto tentar encontrar qualquer pista do paradeiro do Taekwon, meu filho, meu pequeno furacão.

Meu coração estava em guerra constante. Um lado desesperado, sufocado. O outro, furioso, prestes a explodir. Chan estava no andar de baixo, conversando com alguns dos nossos homens... quando meu celular vibrou. Uma notificação: chamada de vídeo. Número desconhecido. Atendi de imediato, já preparando a voz firme e gélida.

A imagem carregou e ali estava ele, Changbin. Seu cabelo estava desgrenhado, olheiras pesadas, a testa suada. Parecia um homem vencido. — Lee Felix... — murmurou com uma voz trêmula. — Chega.

Eu mantive o rosto impassível. A raiva ainda queimava sob minha pele. — Onde ele está?

Changbin soltou um suspiro cansado, quase desesperado. — O seu... filho... — ele passou a mão pelo rosto, como se não tivesse dormido há dias — é um demônio de seis anos. Um ser do caos.

— Ah é? — arqueei a sobrancelha. — Achei que você fosse durão.

— Eu sou. Mas ele não é uma criança. Ele é uma arma biológica com pernas! — rosnou. — Ele mordeu três dos meus homens, fugiu duas vezes, armou uma emboscada com pedrinhas e quebrou o nariz de um guarda com um estilingue caseiro!

Fechei os olhos por um segundo e, juro por tudo, tive que me controlar pra não rir. — E o que você quer?

— QUERO DEVOLVER. — respondeu seco, quase em desespero. — Eu imploro. Por todas as divindades da máfia. Vem buscar essa praga. Ele grita, ele canta músicas irritantes, me chamou de "Chunbinho".... ELE JÁ FEZ COCÔ ATÉ NO MEU... SOFÁ!!

Um canto da minha boca se levantou. Eu podia imaginar a cena. E Taekwon? Com certeza se divertiu mais que em qualquer parque. — Onde ele está?

— Vou deixar ele no local combinado. Sem armadilhas. Só quero paz.

— Se encostar um dedo nele, eu termino o trabalho que comecei com o Han.

— Já pensei nisso. Mas, honestamente? Não sei se sobreviveria mais uma noite com essa... criatura.

Antes que eu pudesse responder, ouvi ao fundo a voz do próprio.

— PAI!! ELE TEM PIOLHO! ELE PASSOU A MÃO NO CABELO E EU VI UM PULANDO!!! —
— MEU DEUS TIRA ESSA CRIANÇA DE CIMA DE MIM!!!

A chamada caiu. Fiquei ali, em silêncio por um instante. Meu coração, apesar da tensão, começou a acelerar de outro jeito. Ele estava bem. Vivo, Insuportável, mas vivo.

— Eu tô indo te buscar, meu garoto e quando te encontrar, vou te dar uma bronca e depois te encher de abraços. Porque você é o meu caos e ninguém... ninguém encosta na minha família.

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O carro deslizou pela estrada escura com o silêncio pesado preenchido apenas pelo som do motor. Ao meu lado, Chan mantinha o olhar fixo na estrada à frente. Atrás, dois dos meus homens armados estavam prontos para qualquer coisa. Eu não confiava em Changbin, mesmo depois do desespero evidente naquela chamada.

— Ele vai tentar alguma coisa? — Chan perguntou, sem tirar os olhos da frente.

— Não. — respondi seco. — Ele só quer se livrar do Taekwon e, sinceramente, eu entendo o trauma.