𝟷𝟺- 𝚂𝚞𝚛𝚙𝚛𝚎𝚜𝚊𝚜

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( AVISOS DE CORTES DE TEMPO!!)


💀✦ POV'S LEE FELIX ✦💀

O dia seguinte amanheceu estranho. O céu cinzento parecia carregar a mesma tensão que me envolvia desde a noite passada. A confirmação estava marcada para cedo — exames de sangue, ultrassom, tudo que fosse necessário para encerrar a dúvida que já me corroía por dentro.

Eu acompanhei S/N até a clínica improvisada em nossa base. Ela estava quieta, o rosto ainda abatido, o olhar distante. Não suspeitava de nada. E talvez fosse melhor assim... por enquanto.

Fiquei do lado de fora da sala, esperando. Cada segundo era como um corte lento. Andava de um lado para o outro como uma fera enjaulada. Minha mente ia e voltava das possibilidades, das memórias, das noites em que ela tremia nos meus braços e eu prometia a mim mesmo que ninguém a tocaria de novo.

Até que a porta se abriu. A médica saiu, segurando uma prancheta. Seus olhos me encontraram e, mesmo antes de falar, eu soube.

— Parabéns, Felix — ela disse, com um sorriso contido. — Ela está grávida. Confirmamos hoje cedo. Poucas semanas, mas o suficiente para termos certeza.

O mundo parou. Senti meu peito inflar com algo que eu não conseguia nomear. Um calor, uma urgência, uma emoção crua e violenta que me fez prender a respiração. Me apoiei na parede por um instante. Não era só alívio. Era amor. Era medo. Era possessão.

Minha mulher, agora grávida do meu filho. — Como ela está? — perguntei, tentando manter o controle.

— Ainda não dissemos nada. Achei que você gostaria de contar a ela.

Assenti com a cabeça, engolindo seco. — Quero vê-la. Agora.

A médica abriu espaço, e eu entrei. S/N estava sentada na maca, com as pernas balançando devagar, o olhar perdido na janela. Quando me viu, sorriu de leve, mas algo em seus olhos denunciava: ela estava cansada. Frágil. Mas ainda assim... linda. Forte. Minha.

— O que os médicos disseram? — ela perguntou, calma demais.

Fechei a porta atrás de mim e fui até ela. Me ajoelhei diante de sua forma pequena e segura, tomando suas mãos entre as minhas. — Amor... — comecei, com a voz mais suave que consegui. — Você está grávida.

Seus olhos se arregalaram. Por um instante, o mundo parou ao redor dela também. Ela olhou dentro dos meus olhos como se quisesse ter certeza de que não era algum jogo psicológico. — O... quê?

— Estamos esperando um filho, S/N. Um filho nosso.

Lágrimas subiram aos seus olhos imediatamente. Ela levou uma das mãos à barriga, instintivamente. Tremia. E eu a abracei, apertando-a contra meu peito, como se pudesse protegê-la do mundo inteiro.

— Eu prometo que vou proteger vocês dois. Com a minha vida. — sussurrei no ouvido dela. — Ninguém nunca mais vai colocar um dedo em você. Nem em nosso filho.

Ela não disse nada. Apenas chorou em silêncio, os dedos presos à minha camisa, como se não quisesse me soltar nunca mais. E eu soube ali... que agora, mais do que nunca, meu inferno estava só começando.

Porque quem ousar tocar na minha família... Vai conhecer o demônio que eu me tornei.


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Meses se passaram desde o caos. S/N já exibia a barriga redonda com aquele brilho maternal que me fazia parar tudo só para observá-la, como se o mundo girasse em volta dela — porque, de fato, girava.

𝐏𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐬𝐬ã𝐨 집착의 포로 - 𝘿𝙖𝙧𝙠 𝙍𝙤𝙢𝙖𝙣𝙘𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora