𝟷𝟹- 𝙲𝚘𝚗𝚏𝚛𝚘𝚗𝚝𝚘..

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As armas foram preparadas. A sala que antes era apenas meu escritório agora parecia uma sala de guerra. Mapas, nomes riscados com sangue, fotografias coladas em um mural improvisado, rotas possíveis de fuga, e o mais importante: o possível esconderijo de Jeongin e Han Jisung.

— Quero todos prontos em vinte minutos. — Minha voz saiu baixa, mas firme. — Vamos entrar com tudo. Quero cada entrada cercada, cada possível saída bloqueada. Se alguém hesitar, morre. Se alguém tentar correr, atirem nas pernas. Mas Jeongin... eu quero ele vivo. Por enquanto.

Bang Chan assentiu, já repassando ordens pelo comunicador. Os outros homens, todos fieis, sabiam o que isso significava. Quando eu dizia que era uma missão de sangue, não havia mal-entendidos. Eles sabiam o que viria.

Peguei a corrente que ela costumava usar, deixada comigo antes de desaparecer. A segurei com força, sentindo o metal frio contra minha palma.

— Eu vou te trazer de volta, meu amor. — Sussurrei, quase como uma promessa silenciosa ao universo. — Quem ousou te tocar, vai suplicar por uma morte rápida. E nem isso eu vou dar.

Ao cair da noite, meu carro blindado cruzava ruas estreitas e vielas apagadas. Estávamos em uma parte do território que, até então, tínhamos deixado intocada. Era ali que eles estavam. A localização da mensagem anônima, o ponto marcado. Meu coração batia rápido, não de medo — mas da antecipação de ver sua expressão, ouvir sua voz, sentir seus braços ao redor do meu pescoço de novo. E fazer Jeongin pagar com sangue.

Chegamos. 

— Movam-se em silêncio. Se alguém gritar, neutralizem. — murmurei pelo comunicador.

Assim que a porta do galpão velho foi arrombada, o som abafado dos passos se misturou ao silêncio pesado. O cheiro de ferrugem, poeira e um leve toque de perfume feminino me atingiu em cheio. Meu corpo inteiro gelou. Ela estava ali. Eu sentia.

Mas antes que eu pudesse dar o próximo passo, ouvimos um disparo. todos se abaixaram instintivamente, armas em punho, olhos alertas.

— H-han! — uma voz gritou do fundo. Era Jeongin. — Ele tá aqui!!

Corri sem pensar. O corredor escuro se estendia diante de mim, como um túnel direto para o inferno. Luzes piscavam, e de repente, ali estava, Jisung. Com o mesmo maldito sorriso sarcástico no rosto, encostado casualmente na parede, com a cabeça levemente inclinada.

— Olha só quem resolveu brincar de herói... — disse ele, erguendo as mãos com sarcasmo. — A fera saiu da jaula.

Onde... Ela... ESTÁ!!?? — rosnei, avançando.

— Você está bravo, Felix. Isso não é bom pro coração... — Ele riu. — Mas vou te dar uma dica: ela ainda está viva. Por enquanto. Depende do seu joguinho agora.

Sem pensar, o agarrei pela gola e o joguei contra a parede. — Se ela tiver um arranhão, Han, eu vou te fazer engolir cada palavra desse maldito teatro que você montou. Onde ela está?!

Ele riu. Mesmo prensado contra a parede, com o cano da minha arma no queixo, Han ainda ria. — Você vai mesmo matar a única pessoa que pode te levar até ela? Porra, Felix. Você anda bem impulsivo.

Bang Chan apareceu logo atrás. — Encontramos um cômodo trancado no porão, mas está vazio. Há sinais de que ela esteve lá, mas foi levada para outro lugar.

Meu coração afundou. Han estava apenas nos atrasando. — Jeongin. — murmurei, os olhos brilhando de ódio. — Aquele filho da puta, levou minha mulher?!!

𝐏𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐬𝐬ã𝐨 집착의 포로 - 𝘿𝙖𝙧𝙠 𝙍𝙤𝙢𝙖𝙣𝙘𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora