[CAPÍTULO LONGO]
💀✦ POV'S LEE FELIX ✦💀
~ Algumas horas depois, inferno puro. A toca do rato, o confronto final.
Os estilhaços da última troca de tiros ainda fumegavam ao redor; o ar pesado cheirava a pólvora, suor e ferro. Eu estava cansado, machucado, mas focado — o suficiente para saber que aquilo tinha que acabar ali.
— Vai! — gritei para o time, e avançamos pelo corredor subterrâneo onde Changbin se escondia.
— Cobre a esquerda! — ordenou Chan, voz sólida mesmo com o corpo marcando os golpes da noite.
— Arrebenta a porta! — ouvi alguém responder.
O confronto virou briga corporal numa fração de segundo. Metade dos caras de Changbin tentou recuar; a outra metade se atirou contra nós. Sem munição, sem frescura — só punhos, correntes improvisadas, tábuas e o instinto cruel da sobrevivência. Foi punho a punho, empurrões, vozes rachando, poeira nos dentes.
— Changbin! — vi a sombra dele, maior, suja, com olhos de quem não tinha mais medo. Ele sorriu como se aguardasse o momento final.
— Achei que você vinha por mim, Lee. — retrucou, provocador.
Fui até ele sem pensar. Era aquilo ou nada.
— Acabou. — disse, e tentei agarrá-lo.
Ele não era só brutal, era esperto. Um golpe com uma barra de ferro veio lateral, rápido como um estalo. Eu senti antes o impacto, a pressão, e então a dor explodiu — não um súbito horror gráfico, mas a percepção lenta de que algo dentro do meu corpo havia se partido e vertido. O ar saiu dos meus pulmões como se alguém tivesse virado o ar pela metade.
— NÃO — ouvi Chan gritar ao meu lado.
— Filho da puta! — vociferou um dos nossos.
Bang Chan atirou. Um som seco, a bala acertando Changbin no ombro. Ele cambaleou, mas não caiu. Em vez disso, Changbin levantou a barra e bateu novamente — um golpe de encontro, uma parte da barra acertando meu torso, logo abaixo da caixa torácica. O mundo virou uma luta por respiração. Minha perna cedeu; senti os membros doerem e o corpo tombar.
No chão, a visão inclinada mostrou corpos tropeçando, sangue no chão — o meu, escorrendo e quente, me lembrando que eu estava vivo e, talvez, morrendo ao mesmo tempo. Vi um capanga meu, já estropiado, se arrastar, soltar um grito de raiva e imobilizar Changbin por trás. Outros se jogaram sobre ele, algemas improvisadas, nós e correntes, até que por fim o prisioneiro foi dominado.
— Segura ele! — Chan ordenou, e ouvi passos pesados, um sufocar de esforço.
Tentaram me levantar. Alguém puxou meu ombro, outro tentou erguer minha cabeça. A dor era um animal que mordia a cada movimento. Tentei forçar os olhos a focarem no rosto de Chan — o corpo dele inteiro me dizia pavor e determinação.
— Levanta, chefe. Aguenta! — Chan repetia, voz quebrada.
Minhas mãos tremiam. O sabor metálico da perda entrou na boca. As palavras vinham com esforço, meio arrancadas.
— Não consiga — murmurei. — Não consigo...
Chan tentou me erguer de novo, com a força dos que não aceitam perder. Eu vi o rosto dele tão perto que parecia que a distância entre nós era uma eternidade comprimida.
— Não me deixa — tentei dizer, mas era a fúria que vinha primeiro, depois o medo. Lembrei S/N, o rosto de Taekwon; pensei nas vezes em que carreguei o mundo para protegê-los. Cada lembrança queimava mais que o próprio sangue.
A dor apertou, difusa e insistente, como se cada respiração fosse uma faca. Soube, com uma clareza cerebral e cruel, que havia cruzado uma linha — que aquilo podia ser o fim.
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𝐏𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐬𝐬ã𝐨 집착의 포로 - 𝘿𝙖𝙧𝙠 𝙍𝙤𝙢𝙖𝙣𝙘𝙚
FanfictionO chefe da máfia Australiana Lee Felix, recebe uma proposta afim de matar uma Ex - Modelo, multibilionária de Seul. Mas para continuar no cargo, o mafioso precisa consolidar negócios, sendo forçado a arrumar uma pretendente para se casar o mais rápi...
