Capítulo 30

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Polly voa atrás de Sergei, seguindo-o enquanto voam pela noite. Ela tem a impressão de que

estavam voando há horas, e ela tem um pressentimento cada vez pior à medida que eles avançam.

Quando o dia finalmente amanhece, uma estrutura se torna evidente na distância. De repente, ele

mergulha no ar, e ela o segue.

Os olhos de Polly se abrem de surpresa, quando a estrutura vem à tona. Ali, diante deles, há um

magnífico castelo, um dos maiores que ela já tinha visto, com formato de uma enorme ferradura,

muros altos e parapeitos coroando cada um deles. No centro, há um pátio semicircular, com um

círculo no meio, no topo de uma colina, e um monte de grama em sua extremidade distante.

"Castelo de Arundel," Sergei anuncia. "É onde eu vivo."

Sem uma palavra, ele mergulha para a direita no pátio, e Polly hesita por um instante. Ela está

começando a sentir dentro dela que há algo errado. Ela se pergunta, mais uma vez, se deveria confiar

nele. Mas mais uma vez, uma parte dela quer desesperadamente tentar qualquer coisa para encontrar

um antídoto para Scarlet e Caleb. Ela faria o que fosse preciso e correria os riscos que precisasse,

mesmo que isso incluísse acompanhar Sergei.

Polly mergulha e pousa ao lado de Sergei no pátio, e então o segue através do caminho de seixos

perfeitamente bem cuidados, em direção a uma enorme porta de carvalho. Ele a abre e dá passagem a

Polly, esperando que ela entre.

Ele sorri para ela, e Polly retribui com uma careta.

"Eu não vim aqui para uma visita em sua casa," ela fala. "Eu vim aqui para pegar o antídoto.

Onde ele está?" ela pergunta, em pé diante da porta, com as mãos nos quadris.

"Tão impaciente," Sergei responde. "Apenas relaxe. Nós estamos indo pegar o seu antídoto. Eu

não o guardo do lado de fora, obviamente. Ele está guardado em segurança aqui dentro."

Polly para diante da porta aberta, debatendo suas alternativas. Ela sente uma energia escura

vindo de dentro, e uma parte dela quer fugir.

Mas uma parte diferente recusa-se a ouvir a razão, enquanto suas emoções insistem que ela

precisa encontrar uma cura.

Polly entra no espaço escuro, mal iluminado por uma pequena janela de vidro colorido.

Assim que faz isso, a porta de carvalho enorme bate atrás dela, e com Sergei em pé apenas a um

metro de distância, e ela se encolhe com o barulho.

Ela ouve a risada cruel de Sergei na escuridão.

"Tão nervosa," ele fala.

E em seguida, ele estende o braço, e de repente ela sente as mãos geladas sobre seus ombros.

Ela se vira e tira as mãos dele de cima dela.

Ela está chocada ao ver que ele ainda tem sentimentos por ela, e que ele ainda está, obviamente,

tentando seduzi-la. Se ele não entregasse logo antídoto para ela, Polly decide que irá embora.

Mas ele apenas sorri de volta para ela, um sorriso maligno.

"Você ainda é tão ingênuo, não é?" ele fala sombriamente.

Polly sente seu coração partir com aquelas palavras. Onde aquilo iria parar?

"Você realmente acha que eu iria levá-la a um antídoto? E por quê? Eu odeio todos os seus

amigos. E não há nada que eu queira mais do que assistir todos eles morrerem de forma lenta e

dolorosa."

O coração de Polly bate em seu peito. Aquilo tinha sido um truque. Tudo aquilo. Ela tinha sido

enganada, mais uma vez.

Agora, ela está furiosa.

Polly cerra os punhos, se preparando, e dá um soco, com alvo certo no rosto de Sergei.

Mas ele é muito mais rápido do que ela pensa, e ele levanta uma única mão casualmente,

interrompendo soco dela no ar.

Com a palma da mão aberta, ele aperta os dedos de Polly com tanta força, que ela começa a

chorar, enquanto as juntas de seus dedos são espremidos pelas garras de Sergei. Ela não imaginava

que ele fosse tão forte. Polly cai de joelhos diante da dor de suas garras.

Ele continua a sorrir para ela.

"Eu te trouxe aqui porque eu gosto de brincar com você. Eu te trouxe aqui para que seja minha.

Para sempre, desta vez. Minha escrava. Assim, você pode se retratar pela forma como me tratou na

França. Por ter me feito de bobo, por me fazer perder Caitlin. Ter você aqui, como minha prisioneira,

trará Caitlin e sua turma aqui como um cordeiro para o abate, e então eu poderei apresentá-los como

meu presente para Kyle."

Ela olha para cima e finalmente enxerga a verdadeira face cruel e feia de Sergei. Exatamente

como ela se lembrava. Ela se sente furiosa consigo mesma por acreditar nele uma segunda vez.

"E se eles não vierem buscá-la, se eles nunca aparecerem para salvar você, então vou apenas

mantê-la aqui, como minha escrava para sempre."

Naquele instante, várias outras meninas saem de salas contíguas, e Polly fica chocada ao ver que

elas se parecem com ela. Todas elas caminham lentamente, com as mãos e os pés amarrados em

correntes de prata.

Como se no meio de um transe, seguindo obedientemente as ordens de Sergei, todos vão até a

grande porta de carvalho e a fecham com uma enorme barra de prata. Polly engole em seco quando

ela vê sua única saída barrada e bloqueada por uma dúzia de escravas vampiras.

"Não se preocupe," fala Sergei, rindo. "Você vai se acostumar a ser minha escrava. Depois de

alguns séculos, você nem vai lembrar que já viveu de outra maneira."

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