Capítulo 31

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Sam mantém sua vigília ao lado da cama de Caleb e Scarlet, andando pelo quarto enquanto aplica

um pano molhado em água fria na testa de Caleb. Lily faz o mesmo com Scarlet.

Sam está começando a se sentir cada vez mais ansioso que Polly não tenha retornado. Ela havia

dito que ela estava saindo do quarto por um momento, e ele esperava que ela fosse voltar, pelo

menos uma hora atrás. Ele está cada vez mais impaciente, e não consegue mais conter sua

preocupação com ela.

Ficar sentado naquela quarto, vendo Caleb e Scarlet tão doentes, também não ajuda a aliviar sua

ansiedade. Nem o fato de que ele ainda está preocupado com sua irmã, e que gostaria de estar lá fora,

protegendo-a. Ele não quer ficar sentado ali, na qualidade de um enfermeiro. Ele sente que poderia

ser mais bem aproveitado, e sua impaciência o consome.

Ele olha para Lily, que está ajoelhada no outro lado da cama e aplicando um pano na cabeça de

Scarlet.

"Você pode cuidar deles por alguns minutos?" ele pergunta. "Eu quero ver como está Polly".

Lily assente, parecendo cansada e solene.

Sam se vira e corre pelo quarto, atravessando o chão antigo de pedras, em direção à porta de

carvalho. Ao fazer isso, ele se pergunta por que está tão preocupado com Polly? Na verdade, ele se

pergunta por que e tem sentimentos tão fortes em relação a ela. Sempre que está perto dela, ele sente

como se estivesse preso em uma tempestade de emoções - felicidade, alegria, amor, ciúme, raiva,

tristeza... Ele tem dificuldade em admitir para si mesmo que ele se importa com ela. Mas ele está

começando a perceber que isso é óbvio. Será que ele está apaixonado por ela?

Sam atravessa a grande porta de carvalho, e fica assustado logo que ele sai. Diante dele, há

dezenas dos homens de Aiden, correndo em frente ao pátio e alçando voo. Parece que todo o coven

está se mobilizando para a guerra. A emoção no ar é palpável.

Sam estende a mão e segura um dos vampiros. "O que está acontecendo? Onde você está indo?"

"Você não ouviu?" ele pergunta, parando apenas por um momento, com os olhos bem abertos em

agitação. "Londres está sitiada. Há focos de incêndio em várias partes da cidade. A peste se espalhou

para todos os quatro cantos. E alguém soltou um grupo de vampiros rivais das criptas, eles agora eles

estão atacando os humanos. Toda a população humana está sofrendo um ataque coordenado. Sentimos

que isso é obra de um clã de vampiros rivais. Nós temos que salvar os seres humanos antes que a

cidade desapareça."

Com isso, ele solta a mão de Sam e salta no ar, voando com os outros. O céu escurece com todos

aqueles corpos, parecendo um enxame de morcegos tomando conta do céu.

Sam olha para trás e vê Aiden, andando atrás de todos eles, olhando para cima. Ele se vira e olha

para Sam.

"Há uma grande calamidade para a raça humana. Devo participar desta batalha," anuncia. "Você

está sozinho aqui agora. Eu confio em você para cuidar de nosso castelo."

Sam não sabe como reagir.

"Eu quero ir também," ele diz. "Eu quero lutar com você. Eu não quero ficar aqui."

"Nós não podemos fazer o que queremos sempre. Nós fazemos o que é necessário," Aiden

responde. Depois se vira para partir.

"Espere!" Sam grita.

Aiden se volta na direção dele.

"Onde está a Polly? Ela está indo com você?"

Sam sente imediatamente que há algo errado.

Aiden balança a cabeça lentamente, olhando fixamente para Sam.

"Polly nos deixou horas atrás. Antes de nós. Com Sergei."

O coração de Sam se parte. Com Sergei?

"Ela está em grave perigo," acrescenta Aiden.

E com isso, ele se vira e desaparece de repente. Sam procura por ele em todos os, mas ele não

está em parte alguma, simplesmente desapareceu.

As palavras finais de Aiden ainda ressoam, como um punhal que atravessa o coração de Sam.

Em grave perigo? Com Sergei?

Sam fecha os olhos, se concentrando, e de repente, ele a sente. Ele consegue sentir que é verdade.

Ele sente, de alguma forma, que Polly está chamando por ele. Em perigo. Presa.

Sam abre os olhos de repente, sentindo o desespero de Polly. Ele não consegue suportar mais um

segundo.

Sem pensar, ele dá três passos correndo e salta no ar, voando mais rápido do que jamais

acreditou ser possível, deixando seu corpo guiá-lo na direção em que ele sente a presença de Polly.

Ele não tem escolha. Ela está presa, e ele tem que salvá-la.

Na pressa, ele nem sequer pensa por um segundo que Lily é agora a única pessoa deixada para

trás, uma simples humana, para proteger o castelo, e duas pessoas em seu leito de morte

ComprometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora