Lua Imortal - Sangue de Prata 《2° Livro》

Capítulo 07 - Escurecesse

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♚ Pov Ardena ♚

Dhyego parecia apavorado, prestes a gritar, mas mantinha sua posição forte e inabalável.

Eles arrancaram a camisa o deixando com o tronco nu.

Ele sorriu para mim maldoso, me surpreendi, como poderia sorrir depois de um momento desses.

- Acabem logo com isso! - ele gritou para o soldado que lhe deu um murro na cara.

Eu precisava informar isso a Asher estava claro que ele não sabia do que estava acontecendo.

Meus olhos percorreram a multidão e encontrei William, Richard sorrindo ao lado de Chace que permanecia aflito, mas ao continuar meu caminho com o olhar vi Asher.

Ele estava de braços cruzados encostado na pilastra, lindamente despreocupado.

- Isso é por desafiar a Coroa Inglesa. Depredar patrimônio público e histórico de Campiny. Merece o castigo de 25 descargas elétricas - o soldado gritou.

- Sinta-se agradecido pela benevolência do Príncipe-Regente, por serem apenas 25, esse crime é punido com a pena de morte.

A professora de Biologia nos disse que um ser humano pode levar até 29 descargas elétricas, na trigésima seu coração pára de bater.

O guarda deu-lhe a primeira descarga elétrica e o ouvi gritar de dor.

Fechei meus olhos com aquela cena.

Uma segunda vez, uma terceira e uma quarta.

Olhei para Dhyego e vi seu seus olhos pedindo misericórdia aos soldados. Ele não se mantinha mais em pé, apenas segurado pelas cordas.

Havia quatro manchas em suas costas, queimaduras.

Ele apontou para uma quinta descarga elétrica.

- PÁRA!!! - gritei e todos os olhos voltaram a mim.

Me soltei do guarda que me segurava e fui até o garoto.

- O que está fazendo? - ele perguntou com dificuldade. Seu rosto estava sujo de sangue pelo soco que levastes.

- Vai ficar tudo bem! - beijei sua testa. - Eu quero trocar de lugar com ele! - ouvi murmúrios da "platéia".

- Não! - Dhyego disse tentando se levantar.

Eu não conseguia acreditar no que estava a fazer.

- Eu que pinchei o Ministério de Campiny! - afirmei.

- Ele não teve nada haver com isso. Não era ele que estava comigo no dia. E também não foi ele que afrontou o Príncipe, fui eu! - senti meu corpo tremer.

- Tem certeza disso?! - o soldado me perguntou incerto.

- Absoluta!

- Soltem-o - o soldado ordenou.

O Levaram a enfermaria e senti um peso se desfazer de minhas costas.

Caminhei até entre a coluna e estendi meus braços.

Asher agarrou meu braço com força.

- O que pensa que está fazendo?! - perguntou entre dentes, ele tentava buscar uma solução em meu olhar.

- Recebendo o castigo que mereço. Você mesmo disse que nunca me puniu está na hora de desfazer esse erro.

- E em qual momento você me ouvir dizer que havia me arrependido?!