Capítulo 8

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Lois desliga o telefone sentindo toda a culpa retornar. Bruce tratará tão bem ela no telefone, de forma tão carinhosa, que ela sentia-se uma traidora. Mas ao olhar o papel que estava sobre a mesa, juntamente com os lápis de cor e giz de cera que conseguira encontrar, no inicio da manhã, no único mercado descente da cidade, e sem as tintas tinha desenhado na superfície branca e lisa, formas que estavam em sua mente ainda fresca e viva.

Aquele desenho aos poucos ia absolvendo sua dona de todos os seus pecados e eximindo suas culpas. Sendo assim, ela foi para o banheiro, tomou um longo banho, vestiu seu vestido mais simples, pegou a chave e se dirigiu para o carro, precisava ir ao mercado, comprar os itens para o pic-nic que combinará, e já estava quase na hora.

Ao se aproximar do carro, o esbaforido dono do pequeno hotel se aproxima:

- Srta. Lane! Srta. Lane!

- Sim, Sr. Morrison!

- Seu noivo ontem passou o dia todo ligando a procura da senhorita. – Mostrando sua solidariedade para com o pobre homem.

- Eu já liguei para ele. Obrigada por me avisar. – Sorri e completa. – Tenha um bom dia, senhor.

- A senhorita também. – Responde educadamente.

Lois sabia que o senhor estava louco para perguntar-lhe onde esteve, mas infelizmente ela não supriria a necessidade dele de conhecer tal informação. São os problemas das pequenas cidades, eles sempre desejam saber demais, quando na verdade nada lhes quer dizer sobre sua vida.

Assim que partiu do hotel, a mulher dirigiu até o mercado, e a pontada de culpa que o dono do hotel tinha colocado nela ao comunicar a preocupação do seu noivo, já passava novamente, diante da eminência de um dia alegre e calmo, como a muito tempo não tinha.

Escolhas: Pelo Futuro - Vol. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora