Capítulo 9

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Quando o carro parou diante da grande casa branca, Lois logo deu a volta para retirar algumas sacolas, quando ia se virando com as sacolas já para caminhar rumo a casa, encontrou Clark em pé diante dela, com um sorriso discreto e uma expressão solicita. 

- Acho que precisa de ajuda. – Ele fala de forma brincalhona, mesmo sério, tinha aquela pitada de brincadeira como só ele sabia fazer.

Ela suspira e passa as sacolas para os braços dele, então pega mais duas e fecha a porta do carro com o pé.

- Você trouxe comida para um pic nic ou para um campo de refugiados? – Pergunta ele.

- Muito engraçado. Mas notei que algumas coisas faltavam na sua cozinha. E não reclame e aproveite que estou boazinha.

Ele apenas balançou a cabeça enquanto sorria do jeito dela, e fala:

- Eu estava vendo o tempo lá fora, e vem uma tempestade, que tal nós trocarmos o pic nic pelo almoço? Eu te mostro o lugar que queria te levar e ai quando voltarmos, nós podemos almoçar. O que acha?

- Por mim, tudo bem. – Ela sorri enquanto coloca a sacola sob a bancada.

Eles arrumaram as compras e em seguida saíram da casa, caminhando por entre trilhas em meio ao bosque, Clark sempre segurava a mão de Lois, cuidadoso e atento de cada passo, preocupado com a segurança dela. Ela andava decidida e disfarçando um pequeno tropeço aqui e ali. Até que eles chegaram a borda do bosque.

Lois perdeu a respiração ao olhar a paisagem, ele deixou escapar um discreto sorriso satisfeito. Do alto da borda do despenhadeiro, dali podiam se ver os vales e colinas sumindo ao longe, parecia uma colcha de retalhos, o rio que passava diante da grande casa branca, cai no despenhadeiro, fazendo um ruído alto da cachoeira, que lançava a nuvem de fumaça e o seu véu cheio de feitiço.

- Lindo! – Ela falava ainda pasma, depois se vira para ele e pergunta acusadora – Por que nunca tinha me trazido aqui?

- Era uma parte inacessível da propriedade por causa da mata fechada, descobri quando estava fazendo a cerca. É o único ponto de onde se pode ter essa vista, ao Oeste – Ele aponta para a esquerda deles. – A altura diminui para encontrar o mar a alguns quilômetros daqui, e para o Leste. – Ele aponta para a direita. – A encosta diminui para encontrar o planalto do centro do país.

Quando ela ia falar algo, um raio mostra as pequenas e finas gotas que começam a cair.

- Vamos antes que a chuva nos pegue.

Lois tira o sapato enquanto Clark tira a camisa que usava sobre a camiseta, então pega a mão da mulher e a puxa pelo caminho, enquanto ela tentava se cobrir com a camisa dele, segurando os sapatos nas mãos, mas a chuva foi aumentando, o vento era forte e vinha de todos os lados trazendo consigo as gotas grossas, molhando Lois e principalmente Clark.

Depois de muito correr, já diante da clareira próximo da casa, eles se dão por vencidos, então param diante da casa, em plena chuva, pois estavam molhados e respiram ofegantes devido a corrida. Eles trocam olhares, começam a olhar seus corpos sob as roupas molhadas, ele observa a curva dos seios dela, enquanto ela observa o peitoral dele sob a camisa branca, e como se uma força magnética os empurrasse, eles se encontram em um beijo apaixonado, cheio de saudade, cheio de desejo, os sabores de seus lábios misturados com a água da chuva que não parava de cair. 

Lois enlaça a cintura de Clark com suas pernas e ele a abraça fortemente a sustentando. Depois ele a leva para dentro da casa, deixando esquecido ali no gramado o par de sapatos brancos e a camisa azul sob a chuva.

Escolhas: Pelo Futuro - Vol. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora