Capítulo 34

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A escuridão se transformou em luz e de repente havia retornado a casa do Trent. A primeira pessoa que vejo é o Alaric com um olhar cheio de preocupação, então meus lábios se abrem e um nome saiu instantaneamente sem que eu nem me de conta.

- Adam! – exclamo tentando me levantar, mas meu corpo ainda estava dormente e minha cabeça girando. Ouço vozes dizendo algo ao mesmo tempo em minha cabeça.

"Coroem o anjo da morte que está na Terra para trazer uma falsa paz. Coroem a falsa tola que crê que o que está fazendo é o certo e que o inimigo que tanto crê que é o verdadeiro mal na Terra na verdade é o que luta contra a destruição que os anjos tanto querem. Pense de verdade em quem é o verdadeiro mal, pequeno anjo e verás que o mal nem sempre é tão ruim assim, tanto quanto o bom não é tão benfeitor".

"Quem tiver olhos não veras o mal que está dentro das pessoas, mas quem tiver um coração puro encontrara esse mal sem nem olhar. Os olhos humanos são cegos, mas não a como cegar um coração que tudo sente e pressente".

"Anjo que trás a morte, mas que a ressuscita também. Anjo que buscais o perigo em lugares que pensa ser abrigo. Abra teu coração e enxergues o mal que está ao seu redor".

"Corações foram corrompidos. Pecados foram plantados até no próprio coração de um anjo e fora daí que o caos se inicia".

"Cegos são os que não enxergam o leão na pele do cordeiro se apossar de uma vida tão próxima de ti. Um coração que nasceu de ouro, mas com uma alma tão impura e um mal no coração que nada pode destruir".

- Haley! – me chama Trey com uma expressão estranha no rosto. Ele parece tentar ler alguma coisa em mim, mas suas sobrancelhas rígidas demonstram que não conseguiu nada.

- Onde está o Adam? – pergunto e a resposta vem de uma mulher que não tinha percebido sua presença até então.

- Ele está no meio de nós. – então da um riso debochado. – Essa frase soou muito religiosa. Deus está no meio de nós, sendo que esse tal Senhor está muito bem em seu trono coberto de ouro só nos vigiando lá de cima, mostrando o tamanho de sua superioridade. – nem precisava que ela falasse para que soubesse que era uma bruxa. Seus olhos eram como os de um felino e seus traços eram pura porcelana, contudo só isso parecia ser frágil, porque só de olhar para ela sabia o quão poderosa e pior o quanto amargurada era aquela mulher.

- Você não me respondeu onde exatamente ele está e nem quem você é?

- Deve saber já que não perguntou o que sou e isso realmente é uma evolução para você criança. Sou Margot, que vim para fazer com que você se torne quem deve ser e não essa humana tola e frágil que é agora. – isso fez minhas veias queimarem e uma faísca de fogo surgiu na palma da minha mão. Me levanto e a encaro.

- Oh que medo dessa pequena faísca! – diz debochadamente e depois ri alto. – Desculpe pequena, mas vai precisar de muito mais do que isso para me matar.

Com isso fez com que sua mão direito ficasse em puras chamas, só que a cor era um vermelho escarlate. Era pura magia, bem diferente do fogo celestial de suas chamas douradas.

- Como você pode sobreviver a esse fogo? Feiticeiros são mortos assim. – digo e vejo seu rosto se encher de fúria quando olha tanto para Trent e Trey.

- Nunca nos compare a criaturas que são feitas de ossos e cinzas. Nós bruxos sim fomos humanos e temos resistência ao fogo celestial, porque esse sim é verdadeiro inimigo dos seres que contem magia. Já os pobres feiticeiros que foram feito de restos são fracos ao serem mortos através dessa pequena chama e eu tenho o grande privilegio de ter a total posse do fogo destruidor. – ela se aproxima do Trent que mantem o olhar centrado nela como se estivesse hipnotizado e quando vai tocar em seu rosto, percebo o que quer fazer e vou para cima dela, mas antes ela é parada por outro bruxo que veem em sua direção e segura seu braço com força. Seus olhos eram dourados, uma cor um pouco mais clara do que a do Trent.

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