Capítulo 14

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Sexta depois da aula resolvi dar uma passadinha na biblioteca do colégio para pegar um livro, ler no final de semana era a minha ultima alternativa. Estava com um pouco de enchaqueca, talvez por que não tenho me alimentado bem, mas tudo que eu comia dava meia volta no estomago, por isso preferi não comer nada.
Procurei entre a biblioteca um livro, dessa vez não queria nada clichê, e muito menos romance, dentre as partileiras achei um pequeno livro azul que me chamou a atenção. O peguei, li resumo e decidi leva-lo.
Fui então anotar o livro que eu peguei, e Augusto estava la.

-Luana. -ele diz me abraçando.

Nesse instante minha boca se enche de água, de uma hora para outra, e quando eu penso em responder, me vejo cair nos branços do senhor Augusto e tudo apaga.

No meio a escuridão a que se fez com meus olhos fechados flashs da minha primeira vez com o Greg veio no meu pensamento, mas eu não entendia a questão de varios peixes nadando em um grande lago. Alguns dias atrás eu não parava de sonhar com peixe. Apesar de não conseguir abrir os olhos, era como se eu estivesse vendo cenas de olhos fechados, uma sensação estranha, uma coisa na qual eu não sabia explicar o que era, não sabia decifrar, mas conseguia sentir. Eu conseguia sentir aquilo, era como se estivesse comigo, em pouco tempo ouço o som baixinho, de um coração miúdo a bater.
Nesse instante eu acordo, vejo que estou deitada em uma cama de hospital. Do meu lado um saco com soro, e ligadas a minha veia do pulso.
Olho a meu lado e vejo Augusto sentado em uma poltrona no canto.

-Augusto? -chamo com a vóz fraca.

-Ah Luana, que bom que você acordou. -ele diz vindo até ao lado lado da minha cama.

-O que aconteceu? -pergunto confusa.

-Você desmaiou comigo na biblioteca, me passou um grande susto. -ele diz, e eu me lembro apenas de ter pego um livro azul na biblioteca.

-Eu não me lembro direito. -digo gemendo por causa da dor de cabeça que chegou.

-Tudo bem? -pergunto.

-Só uma dor de cabeça. -digo.

Logo em seguida chega na sala um homem alto, e provavelmente era o médico, por causa das roupas.

-Então, esta melhor pequena? -o doutor pergunta.

-Só um pouco de dor de cabeça. -digo.

-Bom, seus isames ja estão prontos. -ele diz olhando alguns papéis. -E ja tenho um diagnóstico. -ele diz sorrindo.

-Tem? -pergunto.

Provavelmente algum problema digestivo, algo que tenha haver com o figado, fiquei supondo isso na minha cabeça.

-Sim querida, um ótima noticia por sinal. -ele diz sorridente.

Pera ai, que diagnóstico bom existe em hospital?
Eu parecia não estar rasiocinando bem ainda.

-E o que é doutor? -pergunto curiosa.

-Você está grávida. -ele diz sorrindo.

-O que? -senti me desesperar.

-Isso que você ouviu, você está grávida. -ele sorri novamente -Bom, tenho que ver outros paciêntes, mas assim que acabar o soro ja vamos te liberar. -ele termina e sai do quarto.

Não era verdade, não podia ser verdade, grávida? Como grávida meu Deus. Não da, não da nem pra imaginar, não eu não posso estar grávida.
Esses exames não podem estar certos.
Vi meus olhos encherem de lágrimas e escorrer pelo meu rosto manualmente. Augusto olhava pra mim, mas não foi capaz de falar nada.

-Amiga o que aconteceu? -entra a Karem no quarto, e me vê soluçando de chorar. -Meu Deus, o que aconteceu amiga? -ela pergunta, mas eu não sou capaz de falar exatamente nada.

-Vamos deixar sua amiga, sozinha um pouco. -diz Augusto se levantando e pegando a mão da Karem.

-Mas... -ela tenta insistir.

-Daqui a pouco vão dar alta a ela, e vocês poderam conversar. -disse Augusto e finalmente a Karem saiu sem interrogatório.

Aqueles minutos pareciam não passar, e o soro caia gotinhas por gotinhas, mas pareciam nunca ter fim. Minha aflição tomou tanto conta de mim, que eu me calei de pensamentos, era como se eu soubesse da gravidade, mas que fosse tudo mentira, que fosse tudo imaginação. Minha mente parecia ter parado de trabalhar naqueles instantes.
Me senti como uma boba, minha ficha não havia caído. Pra mim era uma mentira, era um nada.

A enfermeira, tirava de mim a agulha, anotava algunas coisas em papéis e conversava comigo, eu apenas concordava com ela, sem nem prestar atenção no que ela dizia, meu coração estava apertado mas, eu não havia tomado as ordens de mim mesma, não tinha a noção da gravidade.

Quando sai da sala, Augusto e Karem me esperavam aflitos do lado de fora. Quando me viram vieram logo até mim, mas eu não disse nem uma sequer palavra. Em seguida me vi andando com eles para o carro de Augusto, mesmo sem falar nada.
Eles pareciam entender meu silêncio, por isso não disseram nada.
Durante a viagem toda foi assim, um silêncio mortal, não sei se era para mim estar constrangida, mas a essa altura do campeonato eu não sentia, absolutamente mais nada.
Era como se eu fosse apenas um corpo, sem sentimentos, sem coração, sem alma. Eu não conseguia sentir absolutamente nada.
Só ouvi um simples "Obrigada Augusto" vindo da Karem, ao descermos do carro, que estava na frente do nosso prédio. E um "Fica bem" vindo do Augusto, que em seguida partiu com o carro.
Subimos para o apartamento em silêncio, e só quando eu me sentei no sofá, que pude me recuperar do meu estado de choque. Ai foi a hora em que meus sentidos, e meus sentimentos voltaram de uma vez só. Começei a chorar perdidamente nos meus pensamentos. Era dificil de a acreditar, havia um bebê crescendo dentro de mim. E como eu não percebi isso antes?
Estava tão ligada com meus pensamentos no Greg, que nem me dei conta, da menstruação atrasada. Esses ultimos dias a única coisa que passava na minha cabeça era em como o Greg estava.

-O que houve Luana? Que exame era aquele? Por que você esta assim? -Karem me pergunta assustada com meu estado.

-Karem eu... -começei e logo travei, como dizer aquilo?

"Eu estou grávida"

Parece ser uma simples frases, mas dentro dessas frase ha palavras que me agridem, eu nunca pensei em falar um coisa dessas, não agora, não com 18 anos, e uma faculdade para cursar. Me desesperei ao lembrar da faculdade.

-O que Luana, me fala. -ela diz me abraçando forte.

-Eu estou grávida Karem, grávida. -disse chorando no seu ombro.
Não vi a afeição do rosto dela, mas podia saber que ela estava chocada, mas como a boa amiga que ela era, não me encheu de perguntas.
Apenas me levou para o quarto, me ajudou a tirar aquele unifórme do colégio, e se deitou comigo na minha cama. E me abraçou tentando consolar a minha dor. Apesar de não acabar com aquela situação, eu me sentia segura e protejida ali com ela.
Naquela cama, abraçada com a minha amiga, olhei para a janela do quarto, onde transparecia estrelas. Foi ali que tomei uma decisão.
Se eu estou mesmo grávida, eu vou com ela até o fim.
Eu juro!

Meninas, olha eu aqui denovo hahah. Comentem o que acharam por favorzinho.
Queria agradecer o bom resultado do livro, em pouco tempo vocês ja me deram muitos comentarios♥ votos♥ e visualizações♥.
Espero que continue assim, e hoje venho comunicar, que: agora a chapa vai esquentar, e tem muito sofrimento e superação pela vida da nossa Luana.
Outra coisita pequetitica: Queria saber se vcs querem que eu mude o nome da fic para: "Mais de você em mim"
Comentem o que acharam do nome, por que se vocês gostarem eu estarei mudando no próximo capítulo.
Beijinho da Bruninha♡.

"Mais De Você Em Mim"Onde histórias criam vida. Descubra agora