Capítulo22

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Meses depois
Luana
Era sabado á tarde quando eu sentira uma contração na barriga. Estava na sala e a Karem preparando algo na cozinha.

-Karen? -a chamei e logo senti um líquido descendo pelas minhas pernas.

-Luana o que está acontecendo? -ela se desesperou.

-Chama alguém Karem eu acho que a bolsa estourou. -quase gritei.

Não podia ser, eu estava apenas de 8 meses. A Karem mais do que rápido chamou uma ambulância e fomos para o hospital. Eu não parava de chorar, não sabia direito o que estava acontecendo. Graças aos céus chegamos rapidamente no hospital, e logo me levaram para uma sala.

-Doutor, está tudo bem? Meu filho está bem? -perguntei chorando com uma dor enorme.

-Calma vai ficar tudo bem. -ele disse enquanto me levava na maca.

-Fala logo, se está tudo bem com o meu bebê! -falei com a vós tremula de dor, ele me pareceu assustado.

-Não vou mentir, sobre as circunstâncias que sucederam hoje, é impossível a criança estar viva. -ele disse e aplicou uma injeção que me fez apagar.

Karem narrando
Depois que a Luana entrou numa maca eu fiquei andando de um lado para o outro. Pouco tempo depois vejo a enfermeira que seguiu com o médico quando Luana chegou andando para o outro lado do corredor.

-Enfermeira. -chamei e ela parou.

-Sim? -ela pergunta apressada.

-Minha amiga acabou de entrar, ela está grávida, sabe de alguma notícia por favor. -digo quase roendo as unhas.

-Olha, sua amiga nós vamos fazer de tudo para fazer ela ficar bem... Mas o bebê não resistiu e estamos fazendo os próximos processos para que sua amiga fique bem na retirada do bebê. -ela diz triste.

Foi impossível não conter as lágrimas, saí correndo para fora do hospital. Precisava respirar, e pensar no que a minha cabeça não conseguia permitir.
Sentei na grama que havia na frente do hospital e comecei a chorar muito.
Era inevitável, como podia? Não pode ser, isso não pode se permitir. Não com a Luana que enfrentou tudo isso, em nenhuma das dificuldades que ela passara esse tempo todo, nunca passou pela cabeça dela um aborto ou qualquer tipo de coisa contra aquele bebê. Pelo contrário ela cuidou dele esse tempo todo, não sei quantas vezes nesse tempo ela se cuidou, se preveniu, fez todos os procedimentos.
Não dá para acreditar, eu já me sentia quase um "pai" para esse bebê.
Já sabíamos que era uma gravidez de risco, mas isso não podia ter acontecido.
Ainda chorando peguei meu celular e comecei a ligar para os pais da Luana, eles precisam vir, a Luana vai precisar muito deles aqui, com ela. Liguei também para Augusto e Margô.
Em seguida entrei novamente para o hospital, e ali mesmo no banco de espera eu adormeci.

Luana narrando
Haviam pássaros brancos voando pelo céu azul, a beleza das plantas faziam o lugar cada vez mais acolhedor. A miragem que vinha do mar refletia um bom senso espiritual. Mas ser repente e tudo sumiu. Os pássaros viraram aves pretas e gigantes, as folhagens verdes se transformaram em árvores secas e em pouco tempo o lugar ficou completamente sem vida.
Ao olhar para o mar, que parecia derrepente parecia ter ficado cinza eu vi uma cesta vindo junto com a maré. Sem saber o que era, ou pôr que eu estava fazendo aquilo, sai correndo pela água rasa chutando a água enquanto corria rapidamente.
Ao chegar até a sexta eu a abri, e eu não pude acreditar no que vi.
Era meu filho, e... e... e... estava morto!
Caí no mar ser repente e senti meu corpo ficar sem vida aos poucos...

Acordei assustada,minha respiração estava ofegante e meu corpo estava doendo muito. Não consegui pensar em mais nada, dei um grito muito alto.
Eu queria meu filho aqui comigo, eu queria ele agora. Comecei a chorar em desparada. A cada segundo eu ficava mais desesperada.
Em todos esses meses, quantas vezes eu fiquei até a noite na escola fazendo trabalho com o meu filho até tarde. É quando eu acabava conversava com ele o tempo todo, ele quem me acompanhava, ele quem esteve comigo ao longo desses meses. Não, eu não posso resistir a isso tudo, eu quer meu filho. Eu preciso dele, não foi planejado, mas eu preciso dele ele.é meu. Pôr que? Pôr que comigo? Eu quero meu filho!
De repente no meio do meu desespero, vejo minha mãe entrando pela porta com cuidado. Eu soluçava de chorar.
Ela então veio até mim e sorriu, me dando um abraço.

-Eu quero meu filho mãe! -disse.

Sei, sei ninguém esperava por essa né?Eu e minha mania de querer matar vocês do coração.
Comentem o que acharam, beijos.
Capítulo pequeno.

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