CAP 09

12.1K 1K 42
                                    

Não esqueçam de curtir a Fan-Page: Marieli Bueno! Vamos crescer.

Linkhttps://www.facebook.com/pages/Marieli-Bueno/1131481533533380

Leiam: '' Aos olhos de Joana''.

****

Débora.

. Eu estava muito triste com a minha mamãe, ela não tem mais tempo pra mim e quando tem só quer me colocar pra dormir. Agora, ela quer ir embora só porque eu conversei com meu tio Gustavo, mas eu não vou embora com ela. Depois de chorar muito, minha cabecinha já estava doendo e eu resolvi dormir.

. Acordo no dia seguinte ouvindo a voz do tio Gustavo, queria conseguir ver as horas mas pelo que posso entender, ainda é bem cedo e minha mamãe essas horas deve estar dormindo. Um dia, eu vi em um filme com a chata da minha babá que uma moça fugia atrás da felicidade dela, na verdade, a felicidade dela era o rapaz por quem ela tinha se apaixonado. Resolvo copiá-la mesmo sendo perigoso e poderia ser pega. Eu tinha 5 anos, mas sou uma criança esperta. Eu só quero passar o meu último dia com o tio Gustavo, já que vou ter que ir embora de qualquer forma.

. Desço da cama devagar, e abro a porta sem fazer muito barulho. Minha mamãe está virada de costas pra mim e dormindo, escuto a voz do meu tio Astolfo e saio correndo rumo à rua, encontro o carro do tio Gustavo aberto, a porta estava pesada para abrir, não tinha ninguém lá fora. Pego uma tijolo com dificuldade e ele quase cai no meu pé, subo em cima dele e pulo com tudo dentro do carro pelo vidro. Vou até o banco de trás e me encolho lá, já estava apertada para fazer xixi.

. Depois de quase cinco minutos, escuto a voz do tio Gustavo dizendo:

- Nos vemos depois, Astolfo.

. Ele vem cantarolando uma música que eu não conhecia, na verdade a única música que eu realmente conhecia era aquela: '' Um, dois, três indiozinhos...''

. Ele entra e o carro até afunda, sinto vontade de rir mas não podia, me calo e o carro começa a se movimentar, estava dando certo.

Gustavo.

. Passei na casa do Astolfo para saber se ele iria trabalhar hoje e ele disse que talvez fosse depois do almoço. Fui para o carro e tomei rumo ao meu trabalho.

. Estava pegando a pista quando me sinto ser observado, olho pelo retrovisor e me assusto quando vejo Débora com um sorriso.

- Oi tio! - ela diz, estava banguela. Vou com o carro para o acostamento, e o desligo.

- Débora o que você está fazendo aqui? - pergunto e ela para de sorrir, deve ter ficado triste.

- Eu vim passar o dia com você, briguei com a mamãe por que não quero ir embora. Aonde nós vamos? - ela olha em volta.

- Querida, você não pode fazer isso. - arregalo os olhos. - Não é por que você brigou com sua mãe, que você tem que fugir, ainda mais vir ao meu encontro. - respondo impaciente, pego meu celular e ela bate com tudo nele, fazendo o mesmo cair no chão.

- Por favor tio, não ligue pra minha mãe. - ela diz com os olhos cheios de lágrima.

- Sua mãe deve estar preocupada com você, Débora. - digo.

- Não está não, aliás, ela nem tem tempo pra mim...então não vai sentir minha falta. - ela diz cruzando os braços.

- Aonde eu trabalho, você não pode ir Débora. - digo.

- Aonde você trabalha?

- Na delegacia. - respondo. - Sou policial e sua mãe vai achar que estou te sequestrando.

- A minha mamãe é delegada, sabia? - ela pergunta com um sorriso, mudando de assunto como sempre.

- Não, eu não sabia. - digo realmente surpreso.

- Por isso ela não tem tempo pra mim, ela prefere fazer interrogatórios, prender gente do mal do que ficar comigo. - ela diz com lágrimas nos olhos.

- O trabalho da sua mãe, é o seu sustento. Se ela para de trabalhar, você não come linda. - eu digo.

- Eu trocaria a comida, por um dia com a mamãe sem que ela me colocasse para dormir. - ela derrama suas lágrimas, aquilo partiu o meu coração.

- Vou te levar de volta, sua mãe deve estar enloquecendo.

- Ela está dormindo. - respondeu.

- Como você sabe?

- Antes de fugir eu fui ver se ela estava dormindo ou não, aí ela estava e eu saí correndo por que ouvi a voz do tio Astolfo. - ela diz.

- E como entrou no meu carro? - pergunto.

- Pulei o vidro. Na verdade, subi em cima de um tijolo e só depois pulei, a sua porta é muito pesada. - ela descruza os braços.

A DelegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora