CAP 17.

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Evelyn.
. Fiz tudo no automático, quando vi já estava comendo um macarrão instantâneo com a Débora em silêncio na cozinha, ela brincava com os seus dedinhos como se quisesse me perguntar/ contar alguma coisa.
- Quer me dizer algo filha?
. Ela respira fundo.
- Você gosta do meu tio Gustavo, não gosta mamãe? - me perguntou.
- Por que está dizendo isso querida? - pergunto.
- Eu tenho curiosidade. - respondeu.
- Realmente, você é curiosa. - dou um sorriso fraco.
- Responda-me mamãe. - tornou a perguntar.
- Eu já gostei. - respondo tentando não transparecer a minha mentira.
- O que é gostar mãe?
- Coma em silêncio querida. - fujo da conversa.
- Só me responda mais isso...o que é gostar?
- Eu não sei o que é gostar filha! Eu era doente quando gostava do Gustavo, meu coração acelerava, eu soava frio. Ele namorava com muitas garotas e nunca tinha os olhos pra mim. Uma vez, ele me beijou.
. Ela tapa a boca com a surpresa.
- E depois ele agiu como se não tivesse me beijado. - ela bufa. - Ele me fez sofrer e nunca mais conversamos, eu o odeio filha por isso não gosto que você fique por perto dele, por que a presença dele me faz mal, faz a mamãe sofrer. - digo derramando uma lágrima, ela desce da cadeira e seca uma outra lágrima minha.
- Desculpa mãe. - ela beija minha bochecha. - Eu não vou ficar mais perto dele, eu também não gosto mais dele. - ela diz cruzando os braços.
- Então, coma agora. - mudo de assunto.
. Déb após nossa conversa, comeu em silêncio, após a janta eu fui dar um banho na mesma que em questão de segundos, adormeceu e eu, fui para o meu quarto pensar em tudo que está acontecendo na minha vida, pensar em tudo o que Gustavo representa na minha vida.

A DelegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora