CAP 15.

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Evelyn.
. Os dias passaram e Débora já estava melhor, hoje ela teria alta e eu tirei o dia de folga na delegacia para que pudesse passar o dia com ela. Dirijo com ansiedade até ao hospital, me identifico e quando chego em seu quarto, encontro Débora tendo uma conversa animada com Gustavo, o que ele estava fazendo aqui? Bufo.
- Bom dia. - digo.
- Mamãe. - Débora diz animada.
- Bom dia pequena, o que faz aqui Gustavo? Não deveria estar trabalhando?
- Pelos calendários da delegacia, hoje é a minha folga. - me respondeu.
- Então, você pode passar o dia comigo e com a mamãe, não é? - Débora se intromete na conversa.
- Não sei se é uma boa ideia pequena. - Gustavo se explica.
- A mamãe não iria se importar não é mãe? - ela direciona o olhar pra mim.
- Sabe o que é? O Gustavo tem algumas coisas para resolver filha. - minto.
- Ah, acho que não estou me sentindo muito bem. - Débora faz teatro colocando a mão na cabeça como se estivesse com dor.
- Filha, já conversamos sobre os seus teatros. - digo um pouco ríspida.
- Mamãe, eu prometo que se o tio Gustavo passar apenas esse dia conosco, eu não faço mais teatros.
- Eu não me importo em deixar de resolver as minhas coisas, depende da sua mãe agora. - Gustavo diz, o fuzilo com o olhar e quando olho pra Débora ela está  com cara de cachorro que caiu da mudança.
- Ok. - respondi me dando por vencida.
. Débora bateu palmas mostrando o tamanho da sua felicidade enquanto Gustavo foi chamar o doutor, depois de minutos, os dois chegaram sorrindo. O médico assinou a alta da pequena e saímos os três de mãos dadas pelo corredor do hospital como se fôssemos a família feliz, ledo engano.
. Por ser um dia de semana que a cidade não é muito movimentada, decidi levar Déb e o extorvo no parque, acho que seria divertido, eu poderia deixar de pensar no quanto a presença do Gustavo me afeta.
. Ao chegarmos, Débora foi logo na roda gigante, fiquei lá em baixo observando ela que acabou indo com o Gustavo, eles sorriam e era tão lindo o sorriso dos dois que eu acabava sorrindo junto.
. Enfim eles desceram, Gustavo me encarou com um sorriso fraco e eu desfiz o meu.
- Gostou filha? - pergunto para a Déb que me abraça.
- Eu amei mamãe. - ela diz pulando e vai correndo para um balanço, sim tinha balanço, escorredor lá.
. Me sento em um banco cor-de-rosa e Gustavo se senta ao meu lado, meu coração dá um salto.
- Como vai a sua vida Evelyn?
- Preciso mesmo responder? - pergunto seca.
- Por favor Evelyn, vamos quebrar essa corrente de ódio pelo menos hoje, pela Déb. - ele fala.
- Não use a Débora para tirar proveito da situação Gustavo, não seja tão baixo. Só estou aqui por causa dela, só estou sorrindo para não demonstrar à ela, como estou afetada com a sua presença.
. Gustavo então segura meu rosto, me olha nos olhos, morde seu lábio inferior e seus olhos caem para a minha boca.
- Minha presença te afeta Evelyn? - contorna meus lábios com seus dedos, respiro fundo.
- Sim, por que eu te odeio. - respondo me levantando rapidamente e indo atrás da Débora, estava nervosa mas não por quê Gustavo me afetava e sim por que eu quis aquele beijo como ninguém.

A DelegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora