O lado de Fernanda

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Nanda

Eu cansada de tudo aquilo e não poderia mais suportar àquela vida falsa e triste.

Jhon era casado comigo, era meu marido, mas, não era meu homem. Sempre soubera que Jhon não me amava, porém, pensei que com o tempo ele poderia passar a gostar, poxa!

Acho que errei.

Jhon sempre foi bom comigo, dava-me presentes, joias, vestidos, pagava viagens e tudo que sempre desejei materialmente, porém, ele nunca pensou em me oferecer algo, além disto.

Sempre soube que ele, era uma pessoa de caráter forte. Quando me pediu em casamento, fiquei surpresa, muitas mulheres eram loucas por ele, contudo, dentre elas, ele me escolheu.

Claro que na hora fiquei contente com o pedido, porém, tudo mudou quando ele, dissera, que seria um casamento de fachada, apenas, precisava casar-se, para obter seu maior objetivo, "crescer financeiramente e profissionalmente", para tal, necessitava casar-se, e assim, gerar confiança em seus futuros sócios.

Odiei, não queria meu casamento assim, todavia, com o tempo e o seus galanteios, fui cedendo e quando dei por mim, já amava aquele homem forte, de olhos azuis e tão carinhosos, que resolvi aceitar seu pedido, e logo depois, o conquistar com meu amor.

Jhon sempre fizera de tudo para dizer o quanto gostava de mim, contudo, sabia que havia algo errado. Às vezes ele ficava tão distante, como se algo o impedisse de ser feliz.

Um dia cansada de tudo, explodi na frente dele.

— Oi querida! – disse Jhon.

— Não sei por que me chama de querida. Nunca fui sua.

Olhei pra ele.

Estava com os cabelos despenteados e os fios desciam até sua testa, ele era realmente fascinante. Usava uma camisa social preta e uma calça jeans azul escuro, segurava uma maleta, pois, acabara de chegar do trabalho. Era dono de uma empresa farmacêutica.

— Como assim Nanda? O que está dizendo? Você sempre foi minha querida.

— Ora, por favor, vamos parar com esta mentira, ou pensa que não sei.

— Que não sabe o quê?

Jhon me olhava intrigado. Dei um sorriso sem emoção.

— Que você não me ama, aliás, nunca me amou. Essa é a mais pura verdade.

Suspirei desanimada e sentei no sofá perto da lareira.

— Meu Deus! Nanda quem disse essa besteira? Se eu não gostasse, então, por que casei com você?

— Simples. É um casamento convencional, apenas, fachada lembra?

— Fiz algo, para que, pensasse assim?

Fiquei boba com a atitude de Jhon, mais eu não deixaria assim.

— Sim. Vive me dando joias, flores e vestidos caros...

— Isto prova que gosto de você.

— Que amor é esse Jhon? Não sou tão burra, para não perceber não me ama, apenas, sou uma mulher que, em sua opinião, os homens desejam ter e  você faz questão de mostrar que sou sua – estava ofegante – É isso que sou para você.

— O que está acontecendo aqui? Primeiro diz que não é minha, querida, depois que não gosto de você, e agora, sou um egoísta que só te vê como um objeto demonstrativo, o que fez tudo isso acontecer?

Observei Jhon sentar-se na poltrona que estava longe da minha.

Resolvi atacá-lo.

— Está bem Jhon. Supondo que você me ama, então, por que nunca me tocou?

Aprendendo a Amar  #Completo  (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora