Uma Descoberta Arrebatadora

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Nanda

Tudo estava escuro. Dei alguns passos e o chão se abriu sobre meus pés. Trovões surgiram fazendo um barulho enorme e, os clarões fizeram enxergar Jhon.

Gritei seu nome, ele me olhou, estava sorrindo cinicamente para mim. O chão se abriu de vez, tentei me segurar, a tempestade aumentou, gritei o mais alto que pude conseguir por Jhon e, ele ria de mim, gargalhava, aproximou-se e dizia: "Eu não te amo" e cai na escuridão.

Acordei.

 Um forte trovão clareou o quarto. Meu coração palpitava muito forte. Olhei para o relógio que estava na mesinha, marcava 09h30min da manhã. 

Dormi demais.

Olhei para o sofá e, lá estava meu futuro ex - falso marido, dormindo. Observei que ele ainda usava a mesma roupa de ontem. Levantei e fui até o sofá. Ele estava suando, talvez, fosse à última vez que o veria daquele jeito.

Jhon tremeu. 

Estranhei, assim, que coloquei minha mão em sua testa, constatando que ele estava com febre.

Ele cuidara de mim e se esquecera dele! Dormira com a roupa molhada. A esta altura, Jhon queimava de febre. A preocupação invadiu-me, mesmo com tudo que ele fez e disse (sim eu sei, o amor deixa a gente estúpida mesmo) meu instinto era de cuidar dele. Era o certo a se fazer.

— Acorde Jhon! Vamos acorde!

Ele abriu os olhos lentamente. Tentou focar em mim.

— Vamos, venha para a cama!

Tento levantá-lo, mas, ele é muito pesado pra mim.

— Me ajude, Jhon!

Minutos depois consegui colocá-lo na cama e coloquei o restante do chá para esquentar.

Fiquei olhando pra ele, pensando no que fazer, a roupa úmida grudava nele.

— Terei que fazer isso.

Começo a tirar à roupa de Jhon. Primeiro a camisa, abrindo todos os botões e, depois de muito puxar pra lá e pra cá, consegui. Que belos músculos meu ex-falso marido tem, e um peito liso. Toquei em sua pele, e senti um arrepio na espinha!

(Tudo bem! Eu sei ele está DOENTE, mas, gente tenta entender, ele é lindo demais e a carne é fraca).

Vejo que ele abre os olhos e parece não se dar conta do que estou fazendo.

— O que está fazendo?

— Estou tirando suas roupas molhadas.

Falo secamente, afinal, quero ajudá-lo, contudo, ele não precisa saber disso. Ainda estou magoada com ele, muito magoada, o tratarei formalmente. Um muro cresceu no meu coração, vou matar este amor que me consome.

— É, apenas, uma febre, não é nada. – ele tenta se sentar na cama, porém, faltam-lhe forças.

— Não tente se levantar, senhor.

Ele me olha intrigado, pelo fato de chamá-lo de senhor, mas, quero que ele saiba que será assim daqui pra frente.

Avanço minhas mãos até sua calça.

— Não! – disse Jhon.

— É preciso.

— Eu mesmo faço.

Fico olhando a tentativa dele em tirar a calça sozinho, então, decido ajudá-lo. Jogo o lençol em cima dele até a cintura e puxo por debaixo do lençol sua calça pelos pés. Finjo não estar morrendo de vergonha desse momento, busco seu chá junto com uma aspirina.

Aprendendo a Amar  #Completo  (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora