Curando cicatrizes

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*Antes de tudo quero agradecer a cada um de vocês que leram "Aprendendo a Amar", muito obrigada pelo seu voto, comentários e muito mais muito obrigado pelo carinho de vocês, não só comigo mais também pela história.

Bom agora vamos ao final dessa linda leitura de amor. #JoNanda

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Jhon

Estava preso dentro daquele avião por horas. Odeio aviões. Não gosto de me sentir preso. Agora, estava perto de chegar, faltava, apenas. Essa escala e estaria em casa, na minha amada cidade.

Caminhei pelo corredor procurando meu assento, assim, que encontrei não havia nenhum outro acompanhante ao lado, escolhi a janela e sentei. Guardei minha placa de ouro. Acredite eu vinha do Amazonas, a doação que fiz dos remédios fora um sucesso, tanto que a associação fez questão de homenagear o dono da empresa.

Confesso que não queria ir, mas, Rick insistiu tanto, não queria ficar tão longe de Nanda, apesar, de não estarmos juntos e ela não querer de forma alguma me ver, eu tinha um espião infiltrado. Sim. Rick estava sempre me mantendo informado sobre ela e a gravidez.

Ouvi uma voz terrivelmente familiar que os pelos da minha nunca se arrepiaram.

— O senhor está no meu lugar.

Olhei já sabendo quem era.

Ela encarou supressa depois, com raiva e por fim triste.

— Jhon!

— Você está me seguindo? Porque, por Deus, estou sem um pingo de paciência para o seus joguinhos.

Ela sentou ao meu lado.

— Nada de joguinhos e só o maldito destino brincando com a gente, de novo.

Revirei meus olhos e encarei a janela do avião, se já odiava aviões, agora, muito mais.

Mesmo tendo a olhado rápido, percebi que estava pálida e magra.

— E aí, destruiu mais um relacionamento?

Fuzilei-a com olhos.

— Maldita! Por que não morre e, me deixa em paz! Pare de me atormentar, de ficar infernizando minha vida! Já disse, mil vezes, que não matei a Júlia!

Ela me encarava sem emoção alguma, parecia estar gostando da minha explosão.

Voltei a olhar para a janela e fechei meus olhos.

Um tempo depois, acho que adormeci, já estava clareando e, em breve, o sol surgiria e estaria em casa. Virei e vi aquela maldita mulher tremendo, suava e parecia que estava passando mal.

Por mais que eu quisesse não podia negar a ajudar um ser humano.

— O que você tem?

Ela não respondeu.

— Responde!

Minha voz saiu agressiva demais, tento me controlar.

— Jenny, o que você está sentindo?

Ela tentou abrir os olhos, o que pareceu um grande esforço.

— Meu remédio está na bolsa. Uma bolsa laranja.

Sua voz quase não saia.

Peguei sua bolsa, e achando o remédio, praticamente enfiei em sua boca.

— Quer que eu peça ajuda?

— Não, ficarei bem.

Meia-hora depois, ela pareceu melhorar.

— Obrigada, Jhon!

Aprendendo a Amar  #Completo  (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora