|| 12 ||

364 18 6
                                    

Acordámos com o telemóvel de Stanley a tocar. Era a secretaria da escola a ligar para perguntar se ele iria faltar. Olhou para as horas e viu que ambos estávamos a faltar ao primeiro tempo. Disse que ia faltar às duas primeiras aulas e desligou o telemóvel.

Estávamos a fazer conchinha, agarrados, a aquecer-nos um ao outro com o calor dos nossos corpos. Demos um beijo e ficámos mais uns minutos na preguiça. Depois ele levantou-se e foi-me fazer o pequeno almoço. Panquecas com fruta e sumo de laranja. Que romântico. Conversámos e assistimos ao que estava a passar na televisão enquanto comemos. Depois Stanley foi-se vestir e eu fiquei na cama, à espera. Ele despachou-se e veio ter comigo. Abraçou-me. E eu levantei-me, calcei-me e fui até à casa de banho onde tinha deixado o vestido molhado.

Fomos até minha casa, a cantarolar. Entrámos. Ele foi até à sala, sentou-se no canto do sofá e eu fui para o meu quarto. Escolhi uma roupa para o dia, jeggins pretas e uma sweat branca. Peguei nos primeiros ténis que encontrei, peguei nos livros e pus na mala. Depois de ter tudo pronto fui tomar banho. Voltei e vesti-me.

Como era hora de almoço fui preparar algo para comer-mos. Fiz uns panados de frango e massa. Enquanto estava tudo a cozinhar decidi fazer sumo de laranja natural. Fui buscar as laranjas e a máquina para fazer o sumo. De repente sinto uma leve brisa gerada pelo movimento de alguém a andar. Stanley chega-se atrás de mim e agarra-me pela cintura. Beija-me o pescoço. Eu estremeço. Viro-me para ele e beijo-o. E continuámos a li, com as nossas línguas numa suave dança, os nossos corpos em simbiose. Senti um cheiro desagradável, a queimado e vimos que tínhamos deixado o comer queimar. Ele foi até ao fogão e desligou, pegou em mim e levou-me para o meu quarto. Pousou-me na cama com toda a delicadeza. Olhou-me nos olhos e sorriu. Por momentos pensei que fosse acontecer. Ali, na minha cama, com ele. A minha primeira vez. Bloqueei um pouco. Não estava pronta. Era muito cedo. Mas não disse nada. Ele descalçou-me e descalçou-se. E deitou-se a meu lado. Beijou-me a bochecha e foi andando até aos lábios, com beijos suaves. Parou. Abraçou-me e deitou-se a meu lado. Ficámos a conversar, de barriga para cima e mãos dadas, sobre coisas muito à toa. Como conversa puxa conversa fomos até à nossa primeira vez.

- Então, e como foi o teu primeiro beijo? - perguntou-me ele com um sorriso atrevido.

- Hm, devia andar no infantário ou na primária. E o teu?

- Tonta, o primeiro a sério não é, esses assim são muito inocentes.

Engoli em seco, sem saber como lhe dizer. Olhei para ele e soltei. - Foi contigo. Sabes bem como.

Ele olhou para mim e sorriu. Deu-me um beijo na bochecha enquanto eu corava. Calculou que eu devia ser virgem. Então continuamos a conversa.

- O meu primeiro beijo foi no sétimo ano, com uma miúda que era da minha turma. Eu fui deixá-la a casa, tão cavalheiro! - e soltou um riso - Quando chegamos perto eu despedi-me, para a mãe não ver que ela ia para casa com um rapaz. E dei-lhe o beijo. Entretanto começamos a namorar, durou pouco. Coisa de miúdos. - mais um riso.

- E a tua primeira vez, Stanley? - Eu perguntei mesmo, estava ansiosa. Além disso agora éramos namorados, normal falarmos disto.

- Andava no décimo ano. Na altura namorava com uma rapariga que era um ano mais velha. Namorávamos à uns meses e bem, ela já não era então aproveitou a oportunidade de ter a casa só para ela e convidou-me. E pronto, entrámos no clima, ela começou-se a despir e eu fui-me despindo também. E aconteceu. Durei uns cinco minutos, foi horrível, mas pelos vistos os meus amigos também duraram o mesmo. É o entusiasmo da primeira vez. - e riu-se.

E ficámos ali, a conversar, até que vimos que tínhamos de ir para a escola, para não faltar às aulas da tarde. Peguei na mala, calcei os ténis e ele os seus sapatos e fomos até à porta. Tranquei a casa, e antes de sair-mos para fora do portão demos um beijo. Ele entrou no carro e arrancou. Eu fui a pé para não dar suspeitas. Tivemos um dia normal, eu na minha vida e ele na dele. Chegou a hora dele me dar aula e assim foi, eu sentada em frente a ele, a ouvir a sua voz e a sentir o seu cheiro na minha roupa pois horas antes os nossos corpos haviam estado colados.


____________________________________

Oiii!

Desculpem este capítulo nada entusiasmante, houve um imprevisto e não estive em casa até ontem à noite, fiquei sem tempo para escrever.

Prometo que virá melhor em breve.

Até lá, quero um ship name para a Charlotte e para Stanley, ideias?

Obrigado e beijinhos,

Vivienne*


15:00Onde histórias criam vida. Descubra agora