ULTIMO CAPÍTULO - PARTE 2, FINAL

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- Charlotte! Querida! - Eloise chamava, quando Charlotte já estava se virando para falar com Elena Crane. Tinha o intuito de colocar a última parte do plano em ação e ir até onde Edward estava. Mas parecia que todos estavam lhe atrasando.

- Oi, mãe. - Charlotte sorriu, cansada daquele jogo. Não queria ficar ali por nem mais um segundo. Já se passara da hora "marcada".

- Venha até aqui! Estou conversando com John Grant, e ele é simplesmente adorável. Mais do que eu já sabia. Venha, querida.

- Mas, mãe... - Charlotte choramingou, tomando cuidado para não mostrar algo na voz - Vou passar minha vida inteira com John. - Sorriu. - Deixe-me apenas falar com Elena Crane. Sabes como ela é minha amiga.

Eloise levantou o queixo e soltou o pulso da filha.

- Tudo bem. - Arfou. - Não demore, Charlotte. - Eloise sorriu, mas Charlotte pôde ver como ela estava desapontada. Detestava não estar no controle de tudo.

Charlotte quase saiu correndo, segurando a barra do vestido, até a amiga, Elena Crane.

- Elena! - Gritou, acenando. - Elena. Finalmente!

Elizabeth e Edna Crane estavam junto à Elena, e ambas acenaram para Charlotte.

- Oi, irmãzinha. - Soltou Elizabeth, com um sorriso irônico no rosto. Edna lançou um olhar repreendendo a menina, e postou-se ereta.

- Olá, Charlotte. O ambiente está muito agradável. - Comentou.

- Obrigada. Depois lembre-se de agradecer à mamãe. Ela cuidou de tudo.

- Apesar de tudo, ela tem bom gosto. - Concluiu a matriarca dos Crane.

Mas era Elena quem mais chamava a atenção de Charlotte. Elas trocavam olhares a todo momento.

Não podiam se comunicar normalmente, pois haviam pessoas por todos os lugares. Charlotte teve a impressão de que até as taças tinham ouvidos.

Charlotte olhou para Elena e depois para a mala. A menina mais velha dos Crane entendeu a pergunta implícita no olhar, e falou, virando-se para a mãe, em alto e bom tom:

- Bem, mamãe. Acho que é hora de irmos. Preciso fazer a viagem. - Olhava atenta para Edna, que ficou impassível o tempo todo. Estava sabendo atuar. Elizabeth quase precisava ser trancada num quarto escuro e amarrada, pois ninguém sabia quando ela poderia abrir o bico.

- Claro, querida. Charlotte, meu bem - Edna entrou na cena de corpo inteiro - Por que não vai conosco? Sei que estará abandonando sua festa de casamento, mas é um motivo bem plausível. O que acha?

- Acho ótimo, Sra. Crane. - Charlotte abraçou Edna, depois Elena, rapidamente, e levou-as até onde estava sua mãe, irmão e "mais novo marido".

- Mãe! Adivinhe só!

- Oh, Charlotte. Que bom que chegou. Estávamos esperando por esse momento.

- Não, não. Acalme-se. Temos coisas a dizer. - Charlotte atropelou a mãe - Elena está partindo numa viagem hoje, para o campo, onde ela viveu por muito tempo. - Começou - A senhora sabe que não tenho mais Lucy comigo, e estou sem amizades, mamãe.

- Agora você está casada, Charlotte. Por que necessita de amigos?

- Ora, Eloise. Não seja tão dura com sua filha. - Edna interrompeu, séria - É só uma amizade, nada mais. E tudo o que pedimos é que Charlotte nos acompanhe até que possamos embarcar numa carruagem.

- O quê? - John Grant se intrometeu. - Acabamos de nos casar e você já irá me deixar, Charlotte? - Perguntou, com um sorriso maroto no rosto.

- Hã... Claro que não, John. O que estás falando? - Charlotte perguntou, um pouco atordoada. Que sorriso era aquele?

Um Casamento AdorávelOnde histórias criam vida. Descubra agora