- Henry?! Isso não se faz. Caramba! – Ela falou encostando na parede e levando a mão ao peito. – Pensei que era um ladrão, um estuprador ou um traficante de órgãos.
- Calma, eu não sou nada disso. – Ele a abraçou tentando acalma-la. – Eu passei na rua e achei que tinha te visto, fui correndo na loja e você já tinha saído, então tive certeza que era você e corri um pouco...
- Espera, eu olhei para trás e você não estava mais, por quê você se escondeu?
- Peguei uma dessas ruas de atalho. – Ele apontou para o final da rua.
- E depois você me assustou quando começou a correr.
- Eu corri por ver você correndo. Desculpe Sarah, realmente não foi a minha intenção.
- O que você queria comigo que não podia esperar.
- Nada.
- Mas, você foi no café saber se eu estava la ainda, por nada?
- Não nada, nada. Bem, eu queria te ver, conversar. Sei lá. Eu fui para a redação do jornal e fiquei pensando em você, foi automático te procurar. – Ele falou ainda a abraçando.
- Sua amiga... ficou chateada por você chegar sem a matéria dela?
- Um pouco. – Henry liberou Sarah do abraço. – Mesmo assim ganhei os convites para o filme e como foi por sua causa, você deveria vir junto.
- Obrigada pelo convite, mas vamos com calma Henry.
- Entendido.
- É só que...
- Não precisa explicar nada Sarah, eu entendi. Foi só um convite mesmo, eu não estou te paquerando. Deixa eu te levar para casa.Ela o olhou, o rosto dele estava com uma expressão seria, Sarah sentiu-se mal por imaginar algo que logicamente não ia acontecer, de onde ela tirou que Henry estava tentando flertar?
Lembrou do sorriso de Nathan, ela estava apaixonada por ele, o que estava acontecendo com ela? Que confusão de sentimentos. Henry Robinson bem que poderia ser gay e estava só sendo um amigo. Era bem o que ela precisava no momento.
Henry estava calado, apenas a acompanhando, cada um perdido dentro dos seus pensamentos.
Que dia tinha sido aquele, não estava nem um pouco preparada para ter visto Nathan pela manhã, isso a incomodou bastante. Ela pensou que seria muito fácil, mas não foi. Sarah relembrou o momento em que ele entrou no café no meio daquela confusão, o rosto dele parecia cansado, as olheiras profundamente marcadas, Sarah não pediu por aquela quantidade de fotos e flashes.
A noite estava estranha, não iria rir das conversas dele e não teria aquele sexo maravilhoso. Não era justo ele ainda amar Rose, Nathan Burns tinha que ser tão extremo?
- O que aconteceu no conto de fadas? – Henry perguntou do nada.
- É confidencial Senhor Robinson.
- Serio? Me diz que você descobriu algum super segredo. O prefeito Burns mantêm uma lista de códigos nucleares na primeira gaveta?
- Não. – Ela explodiu em gargalhadas – De onde vocês jornalistas inventam isso?
- Teve ter algo com os signos, somos muito criativos.
- O que aconteceu Henry, é que... algumas pessoas não são assim tão confiáveis.
Sarah acordou sentindo um mal-estar, estava escuro ainda. O celular piscava indicando que ela tinha recebido uma mensagem. Mensagem de Nathan. ' Sinto sua falta. N.'
Ela andou até a janela do quarto, Inverness dormia silenciosa. O número já conhecido foi digitado quase automaticamente, mesmo assim apertou o botão chamar, o coração agitado misturando tristeza e saudades, quando pensou que era melhor desligar ele atendeu.
- Pequena?! – A voz saiu pesada e rouca, ele deveria estar dormindo. Sarah ficou em silencio, as lagrimas ameaçando cair, as mãos tremulas. – Sarah? Você está aí? Está tudo bem?
- Sim... – Ela finalmente falou, as lagrimas agora já não eram uma ameaça.
- Tem certeza? – Ele continuou perguntando preocupado, a voz dela entregava que não estava tudo bem.
- Eu, eu só liguei por causa da sua mensagem.
- Eu realmente sinto a sua falta, fui infantil em relação a Rose, admito que fui muito mais que infantil, eu fui um...
- Completo canalha? – Ela completou com a voz embargada.
- Sim. Eu fui um completo canalha. Me perdoe Sarah, vamos esquecer o que aconteceu. Eu não estou feliz longe de você. Acabei de enterrar a minha mãe, acabei de perder você e Bob Gunter devia ser demitido.
- Bob? Por quais motivos? Ele é um chefe de segurança capaz e profissional.
- Ele é mais que isso, ele é um amigo, só que ele não para de falar sobre você.
- Pensei que ele não gostasse de mim.
- Ele gosta, melhor, ele aprova você e por isso não para de falar no seu nome. Meu amor o que eu posso fazer para conquistar você de novo, o que eu posso fazer para ter você de volta. Eu amo você, eu quero você, eu preciso de você.
- Nathan você é maravilhoso e intenso e as vezes um pouco assustador, só que você também é estranho demais. Ainda ama sua ex esposa...
- Quando eu falei que amava Rose eu quis falar em um amor diferente. – Ele a atropelou no meio da frase
- Não dá para conversar com você.
- Desculpe, por favor continue.
- Ama a sua ex mesmo ela te fodendo e você acredita nela e é amigo dela e não confia em mim.
- Isso é mentira.
- Não é mentira Nathan. Você não sabe confiar em mim, foi correndo para o café saber se eu tinha falado algo para aqueles jornalistas idiotas, e sabe o que é pior? Foi necessário um funcionário me aprovar.
- É isso o que você pensa de mim?
- É.
- Tudo bem, só saiba que nada do que você falou ou pensou é verdade. Eu errei em relação a Rose e não vou mais pedir para você me perdoar, reconheço que errei. Dei espaço para você pensar e sofri cada minuto deste final de semana, cada vez que eu fechava os meus olhos eu te via, te ouvia e te sentia. Bob não é um funcionário como eu já falei ele é meu amigo, e cada menção feita ao seu nome ele sabia que faria efeito, ele sabia que eu estava errando e sabia que eu estava percebendo o meu erro em te dar um tempo, por isso eu fui na loja te ver. Sarah Mills, eu fiz amor com você inúmeras vezes do meu jeito, fiz amor com você na sua cama do seu jeito, sim eu estava relutante no início sobre confiar em você, mas eu mudei, eu confio e você é a única mulher que eu quero. Pensei sim que seria mais fácil e que você me perdoaria ou que você não se importaria em relação a meus sentimentos pela Rose. E tudo o que eu faço está errado pois você não acredita em mim, então eu não farei mais nada. – Ele desabafou triste e as palavras doeram no peito de Sarah.
- Droga... – ela falou com a voz abafada. – Vou vomitar de novo. – conseguiu falar entrando no banheiro e jogando o celular de qualquer jeito na pia.

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Enrascada -Pausado-
Любовные романыSinopse: Sarah Mills é uma mulher responsável, encantadora e não leva desaforo para casa. Quando conhece o prefeito da cidade Nathan Burns, ela percebe que deve fugir, mas é atraída como um imã aos prazeres que ele lhe proporciona. Será que el...