Capítulo 18

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As batidas na porta do quarto de Sarah a assustara acordando- a de súbito.

- Abre logo tia.

- Calma menina, o que está acontecendo?

- Você está no jornal, em todos.

- O que? – Ela gritou assustada abrindo a porta desesperada e pegando a publicação nas mãos.

A Sujeira no conto de fadas moderno

Sarah Mills confessa: 'Algumas pessoas não são confiáveis! '

Estaria ela falando do nosso amado e correto Prefeito Burns? Precisamos ter cuidado com o nosso prefeito, quais os motivos de ele não ser confiável, vamos ficar atentos nas próximas eleições.

Inverness News

- Estou fodida.

- Para quem a senhora deu essa entrevista?

- Para ninguém Lizzy.

- Então...

- Espera. – Sarah falou alarmada. – Espera, eu falei exatamente essas palavras para o Henry ontem à noite.

- Você ficou louca tia?

- Eu vou matar ele.

- A senhora está saindo com um jornalista?

- Que merda Lizzy, cala a boca eu preciso pensar. – Sarah ficou nervosa e caiu sentada na cama. – Preciso fazer alguma coisa, ele me usou, que droga. E se Nathan já leu essa porcaria de jornal? Ele vai me matar, eu não falei dele como prefeito, ele deve estar furioso comigo.

- Não vai passar mal de novo por favor. – Lizzy voltou com um copo de agua e colocou nas mãos da tia.

- Preciso ligar para Nathan.

- Nada disso, a senhora precisa ficar calma, toma essa agua, já está pálida. Marcou um médico para ver esses enjoos?

- Eu não preciso de medico, estou bem, eu só preciso de uma arma.

- Claro que está bem. Não passou mal, não vomitou, não comeu direito e agora continua mais branca do que um papel.

- O máximo que eu devo ter é um problema no estomago.

- A senhora não vê? - Lizzy abriu um largo sorriso

- Eu não vejo o que lizzy?

- Tia pelo amor, a senhora só pode estar grávida.

- Grávida? - Sarah engasgou e olhou fixamente para o chão. - É logico que eu não estou grávida. Eu não posso estar grávida

- Poder a senhora pode sim, quantas vezes foi para cama com o prefeito e não usou proteção?

- Lizzy vamos parar OK, meus dias estão normais. E eu não estou gravida

- A senhora precisa contar para ele.

- Não preciso contar nada já que eu estou bem, agora eu só preciso resolver o que vou fazer com henry

Incrivelmente não havia nenhum jornalista na porra do café, o dia estava ensolarado e quente, o mal-estar ainda a acompanhava, Sarah não conseguia pensar na possibilidade de uma gravidez, ele parou um momento ainda dentro do carro olhou para o lado de fora contemplando a cidade perdida em seus pensamentos

E se fosse verdade? Ela estaria realmente grávida? De quanto tempo ela estaria, e Nathan ficaria feliz com a novidade? Ele não tivera nenhum filho com a rose e provavelmente devia ter sido escolha dela. Sarah sentia uma mistura de felicidade e angústia, Nathan também coloriu a vida dela, ela estava no direito de estar chateada e magoada, afinal ele tinha dado um ponto final depois daquela ligação e ela não queria vê-lo, mas sentia uma falta enorme. Queria correr para os braços dele, queria fazer amor com ele na rua, na janela, na cama, queria os beijos que só Nathan saberia dar, as mãos dele a apertando. Queria um bebê com ele.

Sarah levou um susto ao ver Henry olhando-a pela janela do lado de fora parado na calçada, abriu a porta e saiu furiosa andando, mas Henry a segurou pelos braços.

-Eu posso explicar. – Henry correu até ela. - Sarah vem aqui e me deixe explicar. - Ele suplicou quando ela parou - Nossas matérias são entregues até as 18 horas para revisar e imprimir os jornais. Imagina o tempo que isso leva? Quando nos encontramos, quando você me confidenciou, eu não estava no jornal já que estava com você, por isso eu não posso ter falado nada.

- Você só pode estar brincando comigo.

- Não estou - ele falou olhando nos olhos dela. - Eu estava com você Sarah.

- Então me explica como alguém pode ter vindo do futuro e publicar exatamente as minhas palavras.

- Viagem no tempo? Teoria interessante, na verdade acho que estávamos sendo seguidos e não descarto que o prefeito tenha culpa nisso.

- Não me fode Henry, nós estávamos sozinhos.

- Você pode não confiar em Nathan Burns, só que pode confiar em mim.

- Mas não vou confiar mesmo.

- Desculpa, você está sendo infantil.

- Essa nota vai prejudica lo.

- Prejudicar o prefeito? Claro que não. Saem milhares de notas sobre ele. Prometo que amanhã tudo isso foi esquecido.

- Não quero meu nome envolvido, o que eu faço Henry? - Sarah estava tremendo, não queria prejudicar Nathan e ela realmente havia falado sobre não ser confiável

- Primeiro; confie e acredite em mim. Segundo; Nathan Burns o poderoso prefeito da cidade de Inverness nem deve ter lido os jornais. Se ele estivesse preocupado com a sua reputação ele estaria aqui. Ele ligou para você? Ele te procurou?

- Nem procurou e não vai procurar. Nós terminamos definitivamente. - Ela olhou para baixo triste

- Posso ser bem sincero Sarah? - Ele perguntou sem se importar com a resposta. - Você é maravilhosa para aquele velho rabugento. Ele é louco e todo mundo sabe. Depois da esposa, ele não parou com mais ninguém. Admito que ele é um ótimo prefeito e nossa cidade é modelo. Só que ele é um idiota por te perder, ele tinha que te idolatrar.

- Você não sabe o que está falando, você nem me conhece.

- Eu sei que você é linda, bem-humorada e muito cheirosa. E o homem que te tivesse seria um sortudo- ele confidenciou entrando no café junto com ela. - Você ainda acredita que eu tinha algo com a nota do jornal? –

Henry fez uma carinha fofa e abriu um largo sorriso, aquele moreno não poderia estar mentindo. Ele chegou mais perto e a abraçou, assim que eles se separaram Sarah se deu conta de que um par de olhos, olhos de Nathan a encarava do lado de fora. 


Enrascada -Pausado-Onde histórias criam vida. Descubra agora