#12

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O filme já tinha acabado e a Nutella também. Por isso abrimos a porta muito receosas e fomos em direção à cozinha, quando eles apareceram por trás prendendo-nos.

- Então a Nutella estava boa? – Pergunta Mateus.

- Estava ótima, para a próxima aprendam que com Nutella não se faz chantagem porque como viram saíram a perder. – Digo virando-me para ficar cara a cara com ele.

- Sabes que eu amo esse teu lado safado – ele sussurra no meu ouvido.

- Eu também gosto do teu lado safado, e o que aconteceu no sofá, tenta controlar melhor o Júnior. – Sussurro também no seu ouvido.

- Contigo é impossível controlar e depois do que disseste deixaste-me com ainda mais vontade.

- Então aguenta que ainda não vai acontecer. – Falo sussurrando, olho à volta e não vejo nem Dinis nem Mara. – Onde é que aqueles dois se meteram?

- Não sei nem quero saber, eles já são demasiado grandinhos para cuidar deles próprios, mas regressando a nós. – Falou dando o seu maior sorriso.

- Nós... - Faço uma pausa. – Nós vamos para a sala ver TV.

- Só ver TV? – Pergunta.

- Sim.

Vamos em direção à sala e Mateus agarra-me e deita-me no sofá ficando por cima, beijando-me. Começou no meu pescoço e foi subindo até à minha boca. Cada beijo dava-me arrepios. Sentia a mão dele na minha perna subindo até às minhas costas. Comecei a sentir a minha camisa a levantar, no meio de beijos, eu estava nas nuvens, o toque de Mateus deixava-me fora de mim. Mas não seria hoje o dia que aquilo ia acontecer, por isso parrei o beijo e fiz a mão de Mateus recuar e baixei a minha camisa e olhou-me nos olhos.

- Desculpa, eu não devia, desculpa, Ana. – Disse pondo as mãos dele na minha cara. – Eu amo te e não quero que as minhas parvoíces estraguem a nossa relação.

- Desculpa eu, só que eu ainda... não estou preparada. – Falei e senti uma lágrima solitária a cair no meu rosto, logo Mateus a limpou. Ele levantou-se e eu também. Ele foi à cozinha e eu sentei-me no sofá e liguei a TV. Logo Mateus veio com duas sanduiches com queijo e fiambre.

- Toma. – Disse entregando-me um sandes. Ele sentou-se ao meu lado. Depois de acabar de comer a sandes deitei a minha cabeça no colo dele. Enquanto víamos TV ele acariciava meus cabelos.

Já era 21h e não havia sinal de Mara nem de Dinis.

- Mat, olha eu sei que eles são grandes o suficiente para tratarem de eles próprios, mas já estou preocupada.

- Ok, eu também já estou preocupado, tu vês lá em cima que eu vejo cá em baixo.

Levantei-me e fui ver ao andar de cima, onde ficava os quartos e o escritório. Abro cada porta devagar. Até que chego à porta do quarto de Dinis e abro. Vejo Mara e Dinis juntos a dormir, tapados com um lençol e um cobertor. Calculei que aquela coisa tinha acontecido porque vi as roupas de ambos espalhadas no chão então voltei a fechar a porta e fui procurar Mateus.

Chego à sala e vejo ele, aproximo-me dele e dou-lhe um selinho.

- Encontraste-os?

- Sim, e olha eles os dois estão no quarto de Dinis a dormir na cama com a roupa de ambos espalhada no chão, incluindo as roupas interiores. Estendeste?

- Ou seja, aqueles dois transaram? – Pergunta com a maior cara de surpresa.

- Yap. – Digo com um sorriso. – E eu tenho um plano.

Aconteça o que acontecerOnde histórias criam vida. Descubra agora