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Quando eu e Mateus chegamos da escola os meus pais estavam ao telefone. Passamos sem nos verem e fomos para o meu quarto. Deitamos nos na minha cama e falamos de coisas sem sentido. Eu vou ter tantas saudades dele e eu prometi que todas as férias vinha aqui e que íamos falar todos os dias pelo Skype. E ele prometeu esperar por mim.

Ficamos ali agarrados, entretanto Mateus já tinha ligado para Guilherme, quando alguém bate à campainha vou a correr para abrir.

- Ola Gui. – Dou-lhe um abraço.

- Então pequena. O Mat contou-me. – Ele dá-me um beijo na testa.

- É, mas olha não é porque eu me vou embora que não vou estar de olho em ti. Olha que se eu sei que tu fizeste alguma parvoíce com Mariana eu venho de prepósito do Algarve puxar-te pelas orelhas.

- Vou ter tantas saudades tuas.

- Eu também vou ter saudades tuas. – Ficamos um tempo abraçados. Guilherme é tipo o irmão mais velho que nunca tive. É estranho por ser o irmão do meu namorado. A Mariana é uma rapariga que roubou o coração de Guilherme pela primeira vez, eu ajudei-o a conquista-la. Eles ficam muito bem juntos.

- Está aqui a roupa do Mat. Adeus. – Ele sai e eu fecho a porta. E quando vou em direção ao meu quarto cruzo-me com a minha mãe.

- Ola.

- Ola mãe. O Mateus dorme cá hoje.

- Ok, eu já estava à espera, por isso fiz comer a mais. – Ela parece ser advinha.

- Ontem ele também esteve cá.

- Eu sei, não te preocupes.

- Ok, vou subir depois chama.

- Ok.

Eu subi para o meu quarto e Mateus estava no meu computador a falar no Skype com Mara.

- Ola. - Digo abraçando Mateus por trás.

- Ola. – Diz Mara.

- Oi. – Fala Dinis.

- Então o que é que os pombinhos andam a fazer? – Pergunto na brincadeira.

- Nós não fizemos nada! – Diz ela assustada, parece até que aconteceu alguma coisa por isso decido brincar.

- Olha Mara, limpa o canto da boca que ainda está sujo. – Ela ficou sem reação, e quando recuperou limpou logo a boca. É claro como uma boa amiga desmanchei-me a rir, e Mateus seguiu-me.

- Vocês são uns otários, principalmente tu Ana.

- E é por isso que tu me amas.

- Pois é. – Assim ficamos a falar até a minha mãe me chamar para jantarmos.

O jantar foi lasanha. O meu prato favorito. O meu pai falava com Mateus e o meu irmão sobre futebol e a minha mãe falávamos da nossa novela. Quando acabamos de jantar eu e Mateus subimos para o quarto e ali ficamos aos beijos. O meu relógio marcava 23:20h e Mateus tinha ido à minha casa de banho trocar-se.

Quando ele sai da casa de banho começamo-nos a beijar. Eu estava só de camisa de dormir e quando o meu copo estava colado no dele comecei a sentir o júnior a ganhar volume. Era hoje que eu o ia fazer. Ele deito-me na cama e começo a tirar a camisola dele. Ele começa a beijar o meu pescoço e quando chega ao meu ouvido pergunta.

- Tens a certeza?

- Sim.

Ele tirou a minha roupa e eu a dele, e fizemos amor. Eu ao início estava um pouco insegura mas depois eu entreguei-me.

Foi uma sensação que eu voltava a repetir vezes e vezes sem conta.

Acordei com o meu despertador. Depois daquela noite eu estava muito cansada, e não me apetecia nada ir para a escola mas tinha que aproveitar os últimos momentos.

Levantei-me e fui tomar banho, vesti-me e chamei Mateus. Ele levantou-se e tomou um banho também. Descemos para tomar um pequeno-almoço e os meus pais e o meu irmão já lá estavam.

- Bom dia. – Digo.

- Bom dia, Ana vejo que estás muito contente, a noite deve ter corrido bem. – Meu irmão fala. Naquele momento eu era capaz de o matar ali. Eu estava vermelha e Mateus também.

- Lucas! – Minha mãe repreende. Chega-se ao pé de mim e sussurra. – Usaram proteção? Foi bom?– Ai foi o copo de água. Eu estava a passar a maior vergonha da minha vida. Levantei-me puxei Mateus pela orelha.

- Vamos não me quero atrasar para o autocarro.

- Mas a resposta é sim ou não? – Minha mãe pergunta.

- Não te vou responder mãe.

Pegamos as nossas coisa e saímos de casa.

- Eu ainda estava a comer.

- A minha mãe perguntou se usamos proteção e se tinha sido bom, tu achas que eu queria ficar ali muito mais tempo?

- A sério?

- Sim. Eu fiz assim tanto barulho para eles ouvirem?

- Parece que sim.

Dou-lhe um soco no ombro e ele começa a rir e pega-me pela cintura.

- Tu sabes que para mim tanto me faz se fizeste barulho ou não foi a melhor noite da minha vida e EU AMO-TE ANA. – A ultima parte ele literalmente gritou.

- Também te amo otário. – Dou-lhe um selinho.

Entramos no autocarro e vamos o tempo todo os quatro, sim porque o Dinis veio com Mara. E eu decidi contar a ela o que se tinha passado.

- Mara, aquilo aconteceu.

- Aquilo o quê?

- Aquilo...

- Aquilo o quê?

- A primeira vez...

- A primei... eu não acredito a sério? Como foi?

- Ei, calma foi bom. Foi a melhor noite da minha vida.

- O pior é que te vais embora e pronto. – Ela diz desanimada.

Saímos do autocarro e fomos para a aula. Durante a mesma fui à casa de banho e cruzei-me com Alex, que me puxou pelo braço para um canto escondido.

- Tu vais te embora e não dizes nada? – Como ele sabe? À espera ele hoje estava à nossa frente significa que ele também ouviu aquilo da primeira vez. Oxalá que ele não tenho percebido.

- Sim.

- Para onde?

- Algarve.

- Tenho outra pergunta. Tu e o Mateus já fizerem sexo?

- Primeiro para ti pode ser sexo, mas para mim é amor. E sim e foi a melhor noite da minha vida.

- Eu podia ter-te dado essa noite...

- Pois mas não deste. Agora tenho que ir.

- Quando vais?

- Sexta-feira que vem.

Sai dali o mais rápido possível e regressei à aula, no intervalo contei tudo para Mara e ela disse que qualquer dia não se ia conter e ia dar um par de estalos na cara de Alex. Dá-me graça ver Mara tão protectora dos "seus".

Aconteça o que acontecerOnde histórias criam vida. Descubra agora