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Mais um dia normal levanto-me e sinto uma ligeira dificuldade em respirar, normalizo a minha respiração e vou-me despachar para ir para a escola. Saio de casa e vou em direção à escola com Mia e Bernardo.

Chegando à escola fomos diretos para a sala, entramos e o professor também. Começo a me sentir mal disposta, mas contínuo atenta, de repente sinto um aperto no peito, uma dor insuportável como se me tivessem a amarrar com cordas, depois a dor desce até à barriga e sobe até ao coração.

- Mia, ajuda-me. - Disse pondo a mão no meu coração, a dor era insuportável, parecia que estavam a estrangular o meu coração, a tentar arranca-lo. Ela de imediato olha para mim.

- Ana, o que se passa? - Pergunta preocupada.

- O meu coração. - Começo a chorar silenciosamente. - Custa-me respirar.

- Setor!!! Ana está a sentir-se mal! - Mia fala, fazendo com que o professor parasse de explicar a matéria e viesse a correr até nós.

- Mia, o meu coração! - Digo, pondo a mão no meu coração.

- Ana, o que se passa? - Pergunta o professora.

- Coração. - Digo com dificuldades em respirar.

- João vai à direção e peçam uma ambulância. - O professor disse, e João sai da sala a correr. - Alguém que ligue aos pais da Ana.

- O meu coração. - Digo ficando sem ar. A última coisa que vejo é Luke a aproximar-se e alguém a chamar o meu nome e depois apago.

Acordo com o som das máquinas, num quarto branco e vejo Luke sentado num sofá a mexer no telemóvel. O que estará ele aqui a fazer? Começo a mexer-me e Luke olha-me e levanta-se rapidamente indo até mim.

- 'Tás bem? - Ele pergunta olhando-me nos olhos.

- Estou, a dor já passou. - Digo.

Depois desta pequena conversa um médico entra no quarto com umas folhas na mão.

- Então Ana como está?- O médico pergunta.

- Bem dentro dos possíveis. Mas o que é que se passou para eu ter aquela dor no coração?

- A menina tem a tensão alta ou seja é hipertensa, a probabilidade de ter um AVC ou um Enfarte no miocárdio é grande se não começar a ter uma vida mais ativa e saudável. A Ana não pode comer sal, nem gorduras entre outras coisas. Já falei com os seus pais. Eu tenho que ir ver de outros pacientes mas já qui venho. - Disse o médico à porta. - Você tem pessoas que se preocupam muito contigo, e o seu amigo é um deles, abra os olhos.

Fiquei a pensar no que o médico disse até ganhar alta e ir para casa. Não soube de mais nada do Leo desde que me senti mal, até que recebo uma mensagem dele perguntar se estava tudo bem.

Luke foi comigo para casa fazer me companhia, fomos para o meu quarto ver um filme. Depois do filme assistimos a series. Ao passar estas horas com Luke senti-me completa, como nunca me tinha sentido antes. Eu levanto-me e aviso-o que vou à casa de banho. Ao entrar no meu quarto de novo, Luke está em pé e o filme está na pausa e ele aproxima-se lentamente de mim.

- Ana eu não sei como dizer isto, mas se eu não disser explodo. - Ele faz uma pequena pausa. - Eu amo-te. - Nesse momento ele cola os nossos lábios iniciando um leve e gostoso beijo. O beijo de Luke é viciante por isso entrego-me. Sinto a sua mão a apertar a minha cintura e chegar ainda mais os nossos corpos. É definitivo eu amo-o e ele a mim, eu não posso continuar a viver uma mentira com Leo eu tenho de dizer-lhe, ele tem direito de saber.

Amanhã é sexta por isso falo com ele e deixo as coisas no fim de semana acalmarem-se. Separamo-nos por falta de ar.

- Eu também te amo.- Acabo dizendo quase num murmuro.

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Aconteça o que acontecerOnde histórias criam vida. Descubra agora