Capítulo 21 - O filhote do falcão se lança ao voo

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As palavras não se faziam necessárias. Abraçamo-nos e permanecemos assim durante longo tempo. Meu corpo recobria o dela e foi quando percebi que ela era uma mulher frágil em meus braços. Uma mulher delicada e sensível. Talvez meu corpo maior sobre o dela me desse esta impressão, mas o fato é que me senti incrivelmente compelida a cercá-la de achego, carinho e amparo. Este meu sentimento não durou muito tempo, pois me vi segura por braços espantosamente fortes. Em realidade, sua força não tinha nada a ver com a força física, ela vinha de sua capacidade de fazer meu corpo reagir a seu toque.

Eu ainda estava vestida, mas Sophia não teve nenhuma dificuldade em despir-me, deslizando o frouxo vestido sobre a minha pele até retirá-lo por completo. O simples gesto de olhar meu corpo nu, com os olhos brilhantes, perfazendo todos os meus contornos, fazia minha pele eriçar. Era certo que seu olhar provocava minha libido até o mais alto grau. Ela perfez meu corpo com seus dígitos delicados e sequiosos, sem deixar que seus olhos se afastassem nem um minuto, observando e sorvendo as sensações somente e tão somente.

Um gemido rouco e fraco brotou de meu peito quando seus dedos percorreram as laterais sensíveis de meu corpo.

– Mmmhumm...

Outro gemido mais forte, quando senti seus lábios tocarem meu umbigo em um beijo macio. Uma língua atrevida passou por toda a extensão de meu abdômen, a brincar divertida entre meus seios. Segurei sua cabeça tentando forçar uma atitude mais rude, mais forte, em direção ao meu mamilo cobiçoso de sua boca. Ela voltou a me encarar diretamente.

– Saiba que nunca quis machucar ou magoar você. Eu apenas estava perdida...

– Shhhh. Não diz nada. Eu sei.

Coloquei meus dedos em seus lábios para fazê-la parar com suas recriminações, pois eu mesma tive muitas dúvidas. Ela prendeu meus dedos com a sua boca, degustando e acariciando com sua língua como se fosse um deleitável doce. Era tão erótico que mais uma vez me perdi no desejo incontrolável de tê-la em mim. Aproximei minha boca, tentando trazer o gosto da sua para meus lábios. Não fui negligenciada e mais um beijo com sabor de amor me presenteou. Suas mãos desceram ávidas por meu corpo. Seguraram minhas pernas e trouxeram para um encaixe perfeito. Surpreendi-me com tão voraz ela me penetrou diante daqueles momentos tão delicados.

– Aaahhh! Sophia! Aaahhh!

Encaixei com vigor em seu corpo e abraçada, comecei a cavalgar alucinadamente. Eu precisava... Eu queria tê-la em mim. Seus dedos deslizavam fáceis e minhas entranhas queimavam com seu toque.

– Vem Cléo... Vem para mim!

Meu corpo respondia tão rápido a seus atos, que sua voz abafada, pronunciada entre meus seios, me levou a um estado de excitação que não consegui mais perceber o mundo à minha volta. Ela tocou meu clitóris rígido, ainda me preenchendo. Minha mente desconectou e todas as terminações nervosas de meu corpo gritaram pela minha liberação.

– Forte! Toca forte!

Senti seu polegar apertar um pouco mais meu bulbo e seus dedos aferraram rígidos dentro de mim. Um urro surgiu sem reservas tão forte, que pensei que não era eu quem pronunciava. Desliguei.

As coisas à minha volta pareciam difusas. Retornei quando senti lábios tocando minha testa e uma voz em tom baixo e incrivelmente doce me chamando.

– Cléo...

– Mmm.

– Você está bem?

Eu apenas sorri durante um tempo, pois não estava conseguindo mesmo falar, mas depois, não podia deixar passar, não é mesmo? Era da minha natureza, mais ou menos como aquela história do escorpião.

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