O sol brilhava através da janela do quarto de Kara, denunciando um belo dia de verão em Berkeley, Califórnia. A família Walker esbanjava sorrisos, eles não conseguiam parar de expressar o quanto estavam contentes com a mais nova adição. Corpo pequeno, cabelos claros ralos, olhos fechados enquanto deleitava-se do leite materno; essa era Emma.
- Nossa filha é tão linda - disse o pai, emocionado.
- Uma bonequinha de porcelana - Kara acariciou o rosto rosado da filha. - Tanto tempo e finalmente conseguimos. Nosso pequeno milagre! - exclamou ao colocar a cabeça nos ombros do marido. - Eu te amo tanto, querido. Obrigada por tudo.
- Eu que te agradeço, amor - John inclinou-se e selou os lábios nos da esposa, soltando-a apenas quando ouviram batidas na porta. - Deve ser sua irmã.
Kara riu baixinho, pedindo que ele abrisse a porta para Eva, que deveria estar roendo as unhas de tão ansiosa para conhecer a sobrinha.
- Bom dia, Eva - cumprimentou John, mas não teve uma resposta, pois nem um segundo depois, Eva estava ao lado da irmã, abraçando-a.
- Bom dia, John! E aí? Como está o mais novo papai?
John aceitou o tapa amistoso nas costas com um sorriso no rosto. Paul era maior que ele e segurava no colo Hanna, a filha mais nova, que tinha quase dois anos. Por ser um pai de garotas, Paul sabia que John teria muita dor de cabeça ainda.
- Estou nas nuvens - suspirou John. - Entre, venha conhecer a minha princesinha.
Paul entrou no quarto de hospital, que apesar das paredes pálidas e austeras, estava cheio de balões em formato de corações e alguns vasos com flores.
- Kara, parabéns, você merece - sorriu para a cunhada. - Hanna, entrega a flor para sua tia.
Hanna, que encarava tudo com os dois grandes olhos castanhos, fez um biquinho ao entregar a margarida para a tia.
- Muito obrigada, Hanna. Você é uma mocinha muito gentil - agradeceu. - Está vendo filha, essa é sua prima Hanna e, ela vai ser sua melhor amiga, não é?
Hanna olhou aquele bebê no colo da tia e estendeu a mão para tocar em um dos bracinhos. Parecia a boneca que ela tinha, mas se mexia. Não gostou muito de saber que todos olhavam aquele bebê e sorriam. Chateada pela falta de atenção, encolheu-se no colo do pai, escondendo o rosto no pescoço dele, causando uma risada coletiva no quarto.
- Está morrendo de ciúme! - Eva balançou a cabeça, achando fofo. - Quando Hanna perceber que a priminha vai poder brincar com ela, as duas vão se tornar inseparáveis. Escute o que estou te dizendo!
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EMMA
Teen FictionO que fazer quando sua vida é toda manchada por erros? Será o ódio e a inveja maior que o próprio sangue? Só rivalidade traz o que há de pior no ser humano: a crueldade.