08 de Agosto, 2013

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Aniversário de Tess.

A festa que mudaria o curso de muitas vidas.

Emma estava contente, pois finalmente havia sido convidada para uma das festas de Tess, a melhor amiga da prima dela. Tinha dezessete anos, não era mais boba e sabia ser influente. Tess meio que foi obrigada a convidá-la, se quisesse algumas pessoas mais populares socializando na festa intitulada como "Nova Era".

Mas Emma não fora sozinha, além dos vários amigos que convidou, ela foi com as duas pessoas mais importantes para ela, seu namorado Matt e a melhor amiga Serena. Estava feliz, mantendo sempre um belo sorriso nos lábios pintados de rosa.

- Nossa! - Serena exclamou quando viu o gramado abarrotado de gente. - Tess sabe dar uma festa.

- E como! Eu sempre ouvia de Hanna como era as festas de Tess, agora posso ver com meus próprios olhos.

Mattew colocou o braço na cintura de Emma e conduziu as duas garotas para a porta de entrada, que estava aberta. Dentro da casa de Tess, luzes piscavam junto com as batidas das músicas, fazendo ninguém ficar parado.

- Emma! - gritou Tess, correndo para abraçá-la. - Você tá tãããão bonita – arrastou as palavras.

Emma riu, pois só estando bêbada para a ruiva tratá-la com tanto entusiasmo.

- Você também - respondeu, entregando o presente dela e de Matt. - A festa está demais! Aliás, feliz aniversário.

Tess suspirou profundamente após rasgar todo o papel de presente, encontrando um sapato que ela tinha namorado por tantos dias na vitrine do shopping.

- Eu amoooo que você tenha um namorado rico. É a melhor coisaaa do mundoooo!

Matt riu, beijando a bochecha rubra de Emma, que ficou um pouco envergonhada pela fala da amiga da prima.

-Eu o amo – Emma quis mostrar o por que de realmente estar com Mattew.

-E eu a amo – ele apertou-a mais na cintura, deixando-a segura.

Tess olhou os dois e tremeu os lábios em um biquinho.

-O amor... Ah, o amoooor... Eu odeio o amor! - gritou entre lágrimas, saindo da vista dos três.

-Poxa, nem deu tempo de eu entregar meu presente – comentou Serena.

Adentrando mais entre os corpos dançantes, perceberam uma pilha de presentes no chão, perto de uma árvore enrolada em luzes coloridas. Quase parecia Natal. Serena colocou o presente ali e disse ao casal que iria procurar por uma cerveja, estava morrendo de sede.

Os dois saíram e encontraram a área da piscina. Algumas pessoas nadavam entre boias de formas engraçadas, sempre rindo e tomando algo.

-Oh Meu Deus! - soltou um gritinho. - Precisamos dançar essa música! - e arrastou o namorado para dentro novamente, se emaranhando no fluxo e dançando ao som de Swedish House Mafia - Don't You Worry Child ft. John Martin.

Depois de várias músicas, Emma já estava suada e bebia um gole da cerveja do namorado. Ninguém naquela festa tinha idade para bebidas alcoólicas, todavia, se bebessem com sabedoria, Emma achava que era saudável. Afinal, ela não era tão perfeita quanto as pessoas pensavam.

-Tess – gritou quando viu a aniversariante rir após tomar vários shots de Tequila. - Você viu minha prima?

A ruiva piscou os olhos meio nevoados de álcool, mas assentiu, apontando para as escadas. Provavelmente Hanna estava se agarrando com algum cara, então Emma preferiu deixá-la mais um pouco sozinha. Depois iria cumprimentá-la.

Dançou mais um pouco com o namorado e brincou com Serena, que estava "toda sorrisos" com um garoto que não conheciam. Quando olhou para as pessoas que estavam por perto e não viu a prima, Emma decidiu subir e ver se estava tudo bem. No meio do caminho, ainda nas escadas, um garoto descia xingando alguém por ter vomitado em cima dele.

-Garota nojenta! - resmungou, com o nariz enrugado, terminando de descer as escadas.

Emma continuou o caminho, procurando a prima, até que viu a porta do banheiro aberta. Hanna estava debruçada sobre o vaso sanitário, vomitando tudo o que tinha ingerido. Mal se aguentava em pé e quis se matar quando vomitou no garoto que passou a noite beijando. Ela só queria se sentir viva de novo, depois de ter descoberto o que acabaria com todos os seus planos.

-Hanna! Oh, Deus, deixe-me te ajudar – a loira disse preocupada, puxando os cabelos da prima para trás, deixando o rosto dela limpo.

-Sai daqui! - berrou Hanna, empurrando com pouca força a prima. - Tudo isso é culpa sua!

Indignada, Emma continuou a tentar ajudar Hanna, mas sem surgir qualquer efeito. Ela sempre empurrava a prima de volta.

-Hanna, você está mal, por favor, quero te ajudar – murmurou, ajoelhando-se perto de Hanna, que vomitava novamente. - Por que bebeu tanto assim?

-Não te interessa, sua perfeitinha de merda – rosnou, fitando Emma com raiva.

A prima viu o quanto os olhos de Hanna estavam avermelhados, o nariz como se estivesse congestionado e o cheiro horrível de bebida.

-Você se drogou? E se embebedou?!- gritou, erguendo-se e molhando as mãos, tentando passar no rosto de Hanna, para ajudá-la a se sentir melhor. - Por que você sempre faz merdas? Não cansa de dar desgosto para tia Eva?

O olhar de Hanna ficou sem foco por um segundo, antes de voltar completamente raivoso. Ela odiava que gritassem com ela ou lhe dessem sermão, e agora quem o dava era justamente a prima que não gostava. Bem, ela só tinha uma prima, de qualquer modo.

-O que você tem a ver com isso?! Saia daqui agora! Me deixe em paz!

E voltou a vomitar.

Suspirando, sem muito saber o que fazer, Emma pegou o celular para ligar para a tia. Queria que alguém ajudasse Hanna antes que ela ficasse em coma alcoólico, e, ela sabia que a prima voltaria a beber ou se drogar se não estivesse vomitando no momento.

-O que você está fazendo? - Hanna arregalou os olhos, vendo Emma levar ao celular ao ouvido. - Desliga isso!

-Cale a boca, Hanna – retrucou, ouvindo a ligação chamar. - Tia?

Hanna se jogou na prima, fazendo a mesma derrubar o celular, desligando a chamada.

-Você está desequilibrada! Pare com isso, alguém precisa te ajudar, sua ingrata.

A morena abraçou os joelhos, finalmente chorando. Emma nunca tinha visto a prima em tal estado, então achou melhor sentar-se ao lado, ficando quieta com ela.

-O que houve? - indagou minutos depois.

As lágrimas de Hanna ainda caíam quando ela respondeu:

-O que houve? Houve um bebê, Emma. A droga de um bebê.

EMMAOnde histórias criam vida. Descubra agora