Eva arrumava Hanna para que pudesse ir com a prima em busca de doces ou travessuras. Trançava o cabelo da filha minuciosamente, mesmo a pequena odiando que mexessem em seu cabelo. Ela preferia ter sempre os cabelos soltos.
- Mamãe, pala!
- Não resmungue, Hanna - repreendeu a mãe. - Estou te deixando a fada mais bonita de Berkeley, então fique quietinha.
- Não quelo ser uma fada! Quelo ser uma pincesa, mamãe!
- Mas meu amor, a fada é a mais importante! Sem ela, nem a Cinderela ou a Aurora teriam seus felizes para sempre - deu um beijinho na testa da filha, depois de terminar a trança. - Coloque um sorriso no rosto porque seus tios já devem estar chegando.
Tentando entender o ponto de vista da mãe, Hanna foi para a sala, esperar os tios. Ela estava sentada no sofá, assistindo desenho animado quando ouviu a campainha tocar. Pulou do sofá, correndo até a porta, antes mesmo que seu pai chegasse.
- Calma aí, fadinha. Deixe-me abrir a porta antes.
Paul abriu a porta e pediu que os cunhados entrassem. Kara segurava a mão da pequena Emma, que tinha uma chupeta na boca. Porém, não foi nisso que Hanna reparou. O sorriso espoleta que tinha antes nos lábios, transformou-se em uma careta e subitamente, correu para a sala, se jogando no sofá, chorando. Por que a prima podia ter os cabelos soltos e um vestido de princesa, mas ela não?
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EMMA
Genç KurguO que fazer quando sua vida é toda manchada por erros? Será o ódio e a inveja maior que o próprio sangue? Só rivalidade traz o que há de pior no ser humano: a crueldade.