- Abra essa maldita porta! Sei que vocês estão aí!
Diego e Hanna acordaram assustados, tinham passado o domingo enrolados um no outro, não perceberam o quanto estava tarde.
- Diego Henrico Martínez! Abra essa porta, seu filho da puta!
Atordoada, Hanna cobriu-se com os lençóis, os olhos arregalados de medo. Aqueles gritos eram destinados a Nina, esposa de Diego.
- Fique calma, está bem? - ele sussurrou, beijando-a suavemente nos lábios. - Vou resolver isso.
O professor de espanhol foi até a porta do quarto e abriu para a esposa, tentando contê-la. Lágrimas rolavam pelo belo rosto afogueado de raiva. Nina estava desconfiada, mas não queria acreditar que o marido a traía.
- Como você pôde? Nós temos uma filha, Diego, nossa família era perfeita!
- Nina, acalma-se, isso - ele abana na direção de Hanna. - É só um caso. Não há nada, só sexo. Você viaja muito com seu trabalho, eu estava com vontade de transar e ela estava disponível. Pare de chorar, meu amor, eu sou todo seu. Eu te amo, Nina - Diego puxou-a para um beijo sôfrego.
- Termine com essa ninfeta, eu perdoo você, mas termine com ela.
- Eu termino - sorriu, dando mais um beijo na esposa. - Agora vá para casa, enquanto eu cuido disso aqui. Eu amo você, só você.
Nina assentiu desiludida, depois encarou Hanna, antes de partir.
- Ele me ama e você é só sexo - riu. - Puta.
Tremendo e chorando, Hanna procurou pelas roupas caídas e a bolsa que levou para o quarto de hotel. Ela não conseguia acreditar que Diego foi capaz de desmerecê-la como se fosse uma puta - como a esposa dele a chamou.
- Ei, o que você está fazendo? Por que está pegando suas coisas? Hanna, você não acreditou naquilo que eu disse para Nina, não é? Era a única forma dela deixar-nos em paz.
Hanna, desacreditada, tacou um vaso em Diego, infelizmente, não o acertou. Sabia que estava errada, não era santa. Mas ele... ele a humilhou.
- Vá para o inferno!
Saiu, deixando para trás um erro para seguir com outro.
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EMMA
Novela JuvenilO que fazer quando sua vida é toda manchada por erros? Será o ódio e a inveja maior que o próprio sangue? Só rivalidade traz o que há de pior no ser humano: a crueldade.