Recomeçando.

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Quando Echo havia terminado seu expediente, a menina desceu o elevador e jantou no restaurante exclusivo para quem trabalhasse na agência. Depois, pegou um táxi e pediu para que o motorista lhe levasse no endereço anotado no papel que ela o entregou, pois não sabia bem como pronuncia-lo.

Enquanto o táxi cortava outros carros, Echo ficava deslumbrada com as luzes e a noite tão bela de Paris. Também estava ansiosa para ver o lugar que talvez fosse sua nova moradia. Esperava que fosse seguro, pois não podia esquecer de que era como uma fugitiva e mais, sabia que os homens de Kirk a procurariam mais cedo ou mais tarde. Nenhuma garota escapa sem sofrer consequências.

Ela estremece só de pensar.

— Chegamos. 20 dólares.

— Obrigada. — ela diz, lhe dando o dinheiro.

Echo abraça seus braços e os esfrega, tentando se aquecer naquela noite fria. Olhando em volta, o prédio ficava bem localizado. Perto de um banco, restaurantes e até um mercado, que era possível ver três ruas depois dali. A menina, não aguentando mais o frio retirar calor de seu corpo, caminha em passos largos para dentro do prédio e caminha até a bela recepção. Havia um enorme lustre, os seguranças e porteiros vestidos com uniforme cor de vinho e o recepcionista com um sorriso em seu rosto, vestindo um uniforme azul escuro que podia ser confundido com preto.

— Boa noite, senhorita. — o recepcionista fala. — O que deseja?

— Vim olhar o apartamento do Sr. Martin.

— Claro! — ele diz como se soubesse que Echo estaria ali. — Ele deixou avisado. Aqui estão as chaves.

Echo sorri, acenando com a cabeça e assim que a porta do elevador se abre, ela se recolhe em um canto para que os outros moradores pudessem se retirar e outros entrarem também.

O telefone de Echo vibra em sua bolsa e ela o toma em suas mãos.

"Srta. James, caso queira o apartamento, deposite o dinheiro em minha conta e ele será imediatamente seu." — Sr. Martin.

"Obrigada." — ela respondeu.

A porta do elevador se abre e ela está no último andar. 13º. Ela caminha para a única porta que está em sua frente no pequeno corredor e a abre. Antes de acender a luz, ela suspira e fecha os olhos. Às cegas, aperta o botão interruptor ao lado da porta e ao abrir seus olhos, ela solta uma risada nervosa.

A sala era enorme, com janelas imensas de vidro e uma bela cozinha americana. As paredes eram brancas e havia um tapete preto aveludado para combinar com o sofá cinza. Echo entra e fecha a porta, fica encostada na mesma por algum tempo e nota que uma lágrima cai de seu olho direito. Ela funga.

Minha casa.

Ela corre para a escada e fica maravilhada ao ver conforme o quarto fica próximo da varanda, o teto se torna de vidro, dando visão privilegiada da noite, ou do dia. Do lado de fora, uma varanda de tamanho médio com algumas roseiras e girassóis na sacada. Cabiam ao menos umas 10 pessoas ali. Havia um banheiro pequeno no quarto e outro maior perto da escada, no andar de baixo. Echo não conseguia pensar direito, desceu as escadas e sentou-se no sofá, sentindo-se tonta e embasbacada com tudo aquilo. A sua vida mudou radicalmente desde que chegou a Paris.

Paris lhe dava sorte.

Ela anota o número da conta do Sr. Martin num papel e foi para o banco transferir o dinheiro para sua conta. Ao passo que voltava para sua nova casa, se lembrou de que não ligava para Chuck há dois dias. Todas as vezes que chegava a sua antiga casa, ele já havia ido embora. Lembrou-se também de que precisaria retornar amanhã à sua casa antiga para pegar seus itens pessoais. Pijamas, roupas simples para ficar confortável em casa, todos os presentes da irmã de Chuck, que precisava se livrar das roupas que nunca vestiu e nem lhe cabiam mais.

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