Fim.

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Noah e Echo caminhavam de mãos dadas até o terminal. Olhando para trás Noah sentia-se corado como um adolescente sendo envergonhado por sua mãe ao fazer sua primeira viagem de longa distância, sozinho.

— Querido, ligue assim que chegar! Não importa o fuso horário! — Norah gritava.

— Mãe! Shhhhh! — Joshua dizia, se escondendo atrás de Ivy, que ria daquela cena.

Ao sentar-se no banco do avião e segurar a mão de sua esposa, Noah sente que está trêmula e gélida. Ao encarar seu rosto, o vê mais pálido que o normal e então começa a se preocupar.

— Você está bem? Está com alguma dor?

Ela nega, rapidamente com olhar assustado.

— Nunca voei. — confessa. — Se isso cair?

Noah ri.

— Eu te salvo. Sei nadar.

Ela o repreende com um olhar fechado, mas logo, passa a rir junto. Gostava muito quando seu marido fazia aquele tipo de piadas idiotas para distraí-la ou fazê-la rir em momentos inapropriados ou de pânico. Amava, na verdade. Amava tudo que tinha relação com Noah.

Horas depois.

— Graças a Deus, estou pisando em terra firme! — Echo exclama, pulando no chão do aeroporto local de Roma.

Noah gargalha.

— Está com fome? Não comeu no avião.

— Estou. Estou com fome por duas pessoas.

Noah paralisa, olhando-a assustado.

— O que disse?

— Oh! Não é isso que está pensando. — corrige logo. — É apenas um ditado que falavam na minha cidade.

Noah suspira.

— Você me assustou.

— Por quê? — Echo se indigna. — Não ficaria feliz se eu estivesse grávida?

— Claro, meu doce, mas foi tão de repente que quase morro. Preciso receber essa notícia quando estiver sentado.

Echo revira os olhos, rindo.

— Vamos comer papai surtado.

— Eu ouvi isso. — ele contesta.

— Eu sei.

Os dois caminham para o restaurante mais próximo e o que mais chama atenção dentro do aeroporto. Sentam e pede a melhor pizza que tiverem, afinal, eles estavam na Itália e não poderiam deixar de provar massa logo naquele local que se tornou tão conhecido por causa das mesmas.

— Vou ligar para sua mãe, enquanto vou ao banheiro.

— Tudo bem, não demore.

— Tente sobreviver sem mim. — Echo diz.

— Há! Está tão engraçadinha!

Ela dá língua e ri, logo em seguida.

Enquanto Echo vai ao banheiro, peço nossas bebidas e a aguardo, mexendo em meu celular. Leio as notícias e só há coisas sobre Kirk. Nada sobre Frederick. Dentro do mim sentia ódio e nojo, desejava que ele tivesse se matado ou sido atropelado. Qualquer coisa que o levasse para o quinto dos infernos. Mas, por fora, sabia que aqueles sentimentos prejudicariam a mim e poderia alterar meu humor. Não queria aquilo, portanto, fecho os olhos e respiro fundo. Ao abri-los, sinto os lábios de Echo na ponta de meu nariz.

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