Echo

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Solto um grunhido quando Noah suga parte da pele do meu pescoço, com delicadeza, mas ao mesmo tempo, ferocidade. Seus movimentos e os meus faziam uma perfeita sintonia de nossos corpos. Nós éramos um, agora. Nosso ritmo, batimento cardíaco e até mesmo respiração ofegante pareciam ser os mesmos.

- Eu te amo, Belle. - sussurra, entre gemidos.

- O amo também, meu bem.

Seus lábios deslizam de um seio para o outro, a sua língua contornava os mamilos endurecidos de tesão de uma forma inigualável. Meu coração parecia que explodiria de excitação e amor a qualquer momento. Então, seus lábios começam a deslizam por minha barriga, distribuindo beijos molhados e quentinhos, me fazendo remexer na cama. Ele segura as mãos em minha coxa e as abre, me olhando com seus olhos extremamente travessos e se aproxima com a boca de minha intimidade, me fazendo gritar e me contorcer por algum tempo. Até me colocar em seu colo e ser minha vez de fazê-lo ficar rouco. Sua mão servia de guia em minha cintura e me fazia deslizar para frente e para trás, ou rebolar sobre seu colo.

Em algum momento, ele inclinou a cabeça para trás como um lobo e gritou, arranhando minhas costas e, consequentemente, me fazendo gemer também. Noah chegara a seu ápice. Mesmo depois disso, ficamos deitados na cama, distribuindo beijos e carícias enquanto o dia chega.

- Teremos o dia só para nós dois, depois de tanto tempo sem ter tempo para nós dois... - sussurro.

- Eu sei. Isso é maravilhoso. - ele diz, beijando meu ombro. - Banho?

Faço que sim.

Nunca havia entrado no banheiro de Noah, mas era parecido com o meu. Exceto pelo fato que sua banheira era maior e redonda. Sento-me no vaso enquanto Noah despeja sais e enche a banheira com água quente.

Só depois de tudo pronto, que ele segura minha mão e entra comigo na banheira. Pondo-me entre suas pernas e massageando meu ombro, enquanto beija minha nuca. Solto um suspiro, involuntariamente.

- Continua excitada?

Faço que sim, lentamente.

De surpresa, ele agarra meus seios e solto um gritinho, que o faz rir. Sento-me em seu colo, de frente para o mesmo e o beijo de olhos abertos, pela primeira vez, pois seus olhos estão fixos nos meus e eu não queria perder aquela vista de nenhuma maneira. Era hipnotizante. Excitante. Beijo seu pescoço, indo até seus ombros e retornando, enquanto me contorço sobre seu colo, lhe dando motivos para ficar ofegante.

- Você é muito má. - ele sussurra.

Antes que pudesse contestar, Noah acerta sua mão em minha bunda e depois aperta, com força. Como consequência, solto um gemido em seu ouvido, que parece o despertar, pois ele começa a se movimentar com firmeza e velocidade. Arranho suas costas, mordendo a ponta de sua orelha e inclinando a cabeça levemente para trás, gemendo e tremendo de tanto estar excitada.

Depois de chegar mais uma vez, Noah me tira de cima de mim e se levanta, e me levanta também. Abre a banheira para que possa esvaziar e me leva para dentro do chuveiro, onde me ensaboa e vice-versa. Quando ele está se ensaboando, me aproximo, o encostando à parede e o beijando por mais tempo.

- Amor? - ouço Noah chamar da cozinha e termino de me vestir, indo até lá.

- Sim?

- Podemos tomar café da manhã no seu apartamento? Acabei de me lembrar de que esqueci algumas pastas importantes para hoje lá.

Faço que sim.

Pegamos as chaves e subimos pela escadaria mesmo, pois o elevador parecia estar interditado. Noah está calado, mais do que ao normal. O olho diversas vezes e ele parece olhar para o nada, repetindo palavras baixinhas cujo não consigo entender.

- Está tudo bem? - pergunto.

- Sim, claro! - ele fala, em tom diferente.

Abro a porta do apartamento e ele, de surpresa, me pega no seu colo. Solto uma risada e ele, por sua vez, ri também, mas me cala com um beijo pequeno e dócil. Subimos as escadas e ao chegar à varanda do meu quarto, sinto-me tonta de tanta felicidade.

Havia uma mesa, forrada com pano branco de renda e um café da manhã sobre ela. Tomaríamos café da manhã ao ar livre.

- Noah, isso é... Lindo!

Ele sorri.

- Gostou mesmo?

- Mas é óbvio, meu amor! - digo. - Como conseguiu?

- Ivy me ajudou.

Reviro os olhos, rindo. Era óbvio que ela estava metida nisso.

Sentamos e começamos o nosso desjejum com café misturando com leite quentinho e um pão que parecia ter acabado de sair do forno. A varanda tinha um toque especial, pois estava sendo banhada pelo sol, ainda fraco, da manhã. Era agradável, clichê e romântico.

- Está mesmo levando nosso acordo a sério, não é?

- Sim. Eu amo você, não poderia levar mais a sério.

Sorrio.

- Você é um amor.

- Mas não é só isso... - ele sussurra.

- Como assim?

- Nós nos conhecemos há quase dois meses, tenho noção disso. No entanto, sempre fui tímido e frio até, mas quando te vi naquela barca, sabia que o destino estava conspirando ao meu favor. Mesmo depois que perdemos contato, pensava no seu olhar amedrontado e perdido e ficava completamente confuso com o sentimento que estava domando meu coração. Cheguei a pensar que estava doente. Mas era amor. Mais certeza ainda teve quando você entrou no escritório para fazer aquela entrevista de emprego. O destino nos queria juntos. E eu não podia negar isso, apesar de ser difícil lhe dar com um sentimento tão diferente dentro de mim. Mas até que eu gostava daquele sentimento. De toda vez que te via, meu coração disparava, eu soava frio e ficava sem assunto, ria feito bobo e era sincero com você, como nunca fui como nenhuma garota, como se você arrancasse o melhor de mim e achasse o verdadeiro eu. O Noah de verdade. Eu sei que nos conhecemos não tem tempo suficiente, mas Echo, depois de tudo isso que passamos um ao lado do outro, depois de termos contado nossa vida um ao outro, de maneira que nunca fizemos com ninguém, só nos mostra uma coisa: Nosso amor pode ter começado agora, mas já éramos para ser a muito tempo atrás. A todo tempo, durante todos esses anos, o destino trabalhou para nós nos encontrarmos e ficarmos juntos. Para sempre. Echo, eu quero lhe fazer uma pergunta e se a resposta for não, se quiser tempo para pensar eu entenderei. Mas eu preciso saciar essa dúvida dentro de mim, que me atormenta há uma semana... - ele toma fôlego, tirando uma caixinha de baixo de um lenço. - Você gostaria de passar o resto de sua vida ao meu lado, Echo James?

Levo à mão ao coração, sem saber o que sentir. O tempo parecia ter parado para que eu pudesse viver aquele momento por mais alguns instantes, antes de um flashback me cegar e mostrar tudo o que passei ao lado de Noah e por causa de Noah, antes de me mostrar o caminho certo. Antes que eu pudesse coloca-lo de pé novamente e beijá-lo com fervura, só para depois eu dizer:

- O que eu mais quero é passar o resto da minha vida com você, Noah Woods!

Ele sorri me abraçando forte e me beijando várias vezes. Eu o amava. Amava Noah Woods com toda força que existia em meu ser. Eu o amava.

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