Echo

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Cinco meses depois.

Era Abril, quando todos os preparativos do casamento finalmente ficarão prontos e também, quando finalmente, tivemos um pequeno descanso. O desfile de fim de ano havia sido um fantástico e atraíra muitos investidores e afins para a empresa, tomando mais tempo de nossas vidas. No entanto, estávamos felizes.

Hoje era o grande dia.

Ivy e eu estávamos em um SPA, fazendo unhas, cabelo, rindo, ganhando massagem — apenas de mulheres, pois imagino que Noah fez um trato com Ivy — e jogando conversa fora. O meu coração batia acelerado e só de pensar que daqui a algumas horas eu estaria entrando vestida de branco, com véu e tudo que há direito em uma igreja e Noah estaria a me esperar no altar, com aqueles cativeiros ora escuro, ora claros, com aquele sorriso brilhante fora do comum... Céus, minhas mãos soavam e sentia uma explosão de borboletas em meu estômago.

— Echo!

— O que? — arregalo os olhos.

— Está pensando de novo e está ficando nervosa! Não pode ficar nervosa!

Suspiro.

— Você está certa. — tento me acalmar sentindo as mãos da mulher em meu ombro. Ela era boa nisso.

Ivy continua a falar sobre o lugar onde eu e Noah podíamos passar a lua-de-mel. Havia insistido em passarmos em algum lugar simples, mas Noah queria algo grandioso, me levar para conhecer outros lugares. Passaríamos um mês viajando. Joshua e Ivy assumiriam a empresa e Noah estava agora mesmo, pelo que sei, numa reunião com o mesmo. Ensinando tudo, passando as regras, apresentando tudo e todos para o chefe temporário da empresa. Noah queria preparar o irmão, pois logo eles iriam inaugurar a segunda empresa de agência de modelos Woods. O que seria grandioso para toda a família. Os deixaria mais unidos.

Volto a responder Ivy e temos longos momentos de conversas sobre como o futuro poderia ser, o que eu estava esperando e tudo mais. Sem perceber a hora do almoço se aproxima e nós vamos para um restaurante distante.

— Por que tão longe?

— Noah está fora de reunião e está passeando com os dois irmãos, descansando, bebendo e essas coisas. Não quero correr o risco que ele te veja antes da hora. — ela fala como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Rio.

— Certo, Srta. Cupido.

Ela me dá uma tapinha no braço e compartilhamos uma boa risada. Adorava a companhia de Ivy. Precisava de um toque feminino em minha vida, já que todo tempo eu ficava ao lado de Noah. Certas vezes, fugia do meu posto e trabalhava no balcão de Ivy, vendo as modelos, ouvindo música, tendo um tempo de diversão.

Pedimos nosso almoço e depois, achamos que merecíamos uma banana Split. Havia anos que nós não dividíamos um. Costumávamos sair da escola e irmos para o restaurante dos avós de Ivy somente para que pudéssemos comer a deliciosa banana Split que a avó de Ivy fazia.

— Hummmm. — ela murmura de olhos fechados, saboreando a sobremesa.

— Está uma delicia. — a completo.

Ela abre os olhos.

— Coma pouco, não quer engordar logo agora.

— O que? — a olho, incrédula. — Você quer ficar com a banana Split toda para você, sua safada!

Ela ri alto.

— Bem, isso é verdade.

Reviro os olhos sarcasticamente, rindo.

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