Escolhas

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No dia seguinte, quando ainda o sol não tinha nascido eu levantei da cama e chamei Kat e Ed, descemos até a cozinha e tomamos um ligeiro café da manhã para esperar o general que iria nos treinar.

— Prontinho terminei de comer Relik, podemos descer e esperar o general agora.

— Certo vamos descer então, porem eu acho que ele vai demorar um pouco afinal das contas nós acordamos cedo de mais. Disse eu com um tom de riso.

— Acordamos não né Relik, você nos acordou seu cara de pau.

Seguimos pelo corredor e em seguida avistamos a escada por onde desci e eles desceram também logo atrás de mim.

— Humm, agora só resta esperar não é?

— Relik, creio que o general vai demorar um pouco para chegar, eu notei uma sala de lanças imperiais, minha família e especialista neste tipo de armamento eu poderia mostrar a Kat, se ela quiser é claro, e você fica esperando pelo general caso ele chegue você pode dar um grito nos avisando. Oque acha Kat quer ir comigo até lá?

— Claro Ed, vamos sim, está tudo bem para você Relik?

— Ah, Ah, Ah, bem... Claro, mais... .Tudo bem.

— Certo, vamos então Kat, tenho muitas coisas para te mostrar.

— Vamos.

O que? Mais o que foi aquilo? Confesso que fiquei um tanto enciumado, mas eu confiava em Ed ele era meu melhor amigo, e ele sabia que eu gostava dela, ele não me trairia assim. Fiquei aguardando por uns vinte minutos o general parecia uma eternidade, até que enfim ele chegou.

— Olá jovenzinho, e bom dia, vejo que acordou cedo. Você deve ser Edghar estou certo? Onde estão seus amigos?

— Bom dia senhor, não sou Edghar sou Relik, Meus amigos estão dando uma olhada no castelo mais eu já irei chama-los, espere um pouco eu já volto.

Sim, então finalmente chegou a hora de irmos treinar iríamos ser invencíveis com nossos poderes e habilidades, ainda mais sendo treinado por um dos melhores generais de Kantaria. Meus paços eram de alguém muito apressado mais na verdade eu estava somente ansioso. Cruzei o corredor e cheguei até a sala onde Ed e Kat estavam, quando eu olhei para dentro da sala vi algo que me deixou pasmo, minhas mãos congelaram meus olhos vidraram comecei a tremer não sei se de raiva, tristeza ou dor, o que eu virei? Edghar e Katly estavam se beijando na sala de lanças, mal perceberam a minha presença de tão ocupados que estavam eu mal pude acreditar no que vi, ele sabia, ele sabia que eu a amava e mesmo assim ele me trai, justo o que eu manos esperava dele.

— Desgraçado! Eu exclamei em alta voz. Como pode? Como pode trair nossa amizade? Você sabia que eu a amava e mesmo assim a beijou. Você pagará por isso Edghar.

— Mas Relik eu...

No mesmo instante corri daquele lugar, não diferi palavra nenhuma a Kat, afinal não acho que ela tenha culpa, já Edghar... Prefiro nem comentar. Sabe aquela história de que quando se tem muito amor e ele acaba de repente? Ele não acaba ele vira ódio, isso era o que eu tinha de Edghar agora.

— Como ele pode? Como ele pode fazer isso comigooo...

— Ei Jovem Relik, aonde vai onde estão seus amigos?

Eu sequer respondi, passei quase que voando pelo general para fora do castelo, eu estava inconformado.

— Ei Relik, aonde você vai? Perguntou o rei.

— Para longe, não quero mais ficar por perto de pessoas traidoras.

— Mas você não pode ir você tem que treinar, além de tudo você não pode sair as outras nações podem ter se infiltrado em Kantaria e podem querer sequestra-los temos que o treinar.

— Eu não sei se o Senhor meu Rei me escutou mais eu estou fora! Não quero treinar aqui, não preciso de sua ajuda e nem de sua proteção.

—Eu não sei se o senhorzinho me escutou mais você não ira sair das redondezas deste castelo.

— Tente.

— Tentar o que?

— Me impedir.

Então correndo novamente eu estava. Quase chegando no portão do castelo quando...

— Guaaardaaas! Prendam-no.

— Mas o que? Você não pode fazer isso comigo!

— Por que não eu ou o Rei. E não vou deixar você arruinar toda Kantaria.

Imediatamente fiquei cercado de soldados, Kouza inteirinha parou para ver o que estava ali acontecendo. Eu até pensei em controlar a água para me livrar dos guardas, mas não tinha água por perto. Então eu fui levado para o quarto onde me amarraram na cama para que eu não fugisse. Depois de um tempo chegou Kat no quarto, autorizada pelo rei a me visitar.

— O que veio fazer aqui?

— Por que você fez isso Relik? Estava tudo certo eles iram nos treinar porque se meteu nisso? Foi por causa do Edghar e eu?

— Não repita esse nome. Ele sabia que eu gostava de você, ele só pode ter feito de proposito. Aquele...

— Calma Relik, se eu soubesse disso jamais teria beijado ele. Desculpe-me.

— Eu sei, mas o fato é que além disso, o rei ainda proibiu-me de sair, a todos nós. Nós estamos presos aqui.

— Ele só quer nos proteger.

— Assim me amarrando? Katly, achei que fosse minha amiga, de que lado está afinal?

— Relik, sou sua amiga mas não posso ir além das ordens do rei.

— Kat...

— Relik, como foi parar ai nesse estado?

— Desgraçaaadooo saia daquiii.

A minha vontade era de soca-lo mais algo estranho aconteceu, no momento em que eu quis isso, ele foi jogado contra a parede. Eu fiquei imaginando, como? Será que fui eu?

— Como você fez isso?

— Não sei. Mas eu gostei disso.

— Vamos sair daqui Kat.

— Vamos Ed.

— Kat, me tire daqui, por favor, Kat... Aarg, Droga!

Três dias depois...

— Água, por favor... Alguém me traga água...

A essa altura eu já tinha tentado controlar cada copo de água que o soldado vinha trazer, mas cada vez que eu falhava eles descobriam como evitar que eu fizesse aquilo. Porem com o acontecido de Edghar, no dia em que eu supostamente joguei-o contra a parede eu comecei a pensar em possíveis teorias, se nós seres humanos bebemos água e ela é tão importante pra nós, talvez tenha muita dela no nosso corpo e se eu conseguisse canalizar o foco para a parte do corpo em que tenha mais água talvez eu consiga acabar com o soldados. Então quando o soldado trouxe minha água eu a bebi e guardei um pouco na boca, assim que o soldado saiu do quarto eu cuspi a água no chão e focalizando consegui moldar duas pequenas esferas de água, fazendo com que cada uma delas puxasse um lado da corda para estoura-la e finalmente deu certo com as mãos livres eu desamarrei os pés e fui até a varanda, de lá dava para ver Kat e Ed, estavam em hora de descanso do treino, os dois deitados no gramado lado a lado riam e riam, constatei que ela também havia me traído, nossa amizade, como podia estar rindo se eu estava aqui passando até sede e fome. Este reino é corrupto e eu vou derruba-lo um dia, mas o primeiro passo é escapar desse lugar tenho que utilizar bem meus poderes afinal.


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