(Antes que comecem a ler, quero deixar claro aqui meus agradecimentos a And Maria, Léti Igoul, Cami Pereira, Rayanne Pikachu e, principalmente a Katu Almôndega Elfa por me ajudarem na divulgação. Amo vcs suas gatona. E também agradeço a você se puder indicar a alguém huehue . Enfim, vamos a história.)
Dois meses
Eles sorriam um para o outro, como se a reação das pessoas ao os verem de mãos dadas, fosse engraçada. Mas não era, Harry sabia que não. Na verdade, bem lá no fundo ele sentia medo, pois nem todos apenas olhavam. Alguns xingavam e insultavam, outros eram mais atrevidos e os empurravam de vez em quando. Todavia, tinha aqueles que se importavam e que abominavam aquele tipo de preconceito.
Mas estar ao lado dele, para Harry, era a melhor das coisas. Sentia-se seguro e temido. Não dava a mínima para o que os outros pensavam, mesmo que fosse coisa boa. Para Harry, Louis era o pilar que o sustentava. A força que o mantivera em pé durante todas as frustrações pelas quais vinha passando nos últimos tempos.
Estamos a sós aqui, pensou. Balançou a cabeça, convencido de que o momento era bom demais para trazer à tona todos os problemas indesejáveis.
- No que está pensando? - Louis perguntou, apertando sua mão enquanto procurava o seu carro no estacionamento do prédio. - Parece aéreo.
Harry sorriu e suas bochechas sendo perfuradas por suas covinhas, as quais Louis sempre dizia amar. Ele jogou a câmera para trás, pendurada no pescoço e empurrou Louis contra um carro. Segurou seu rosto entre as mãos e o beijou provocativamente, mordendo seu lábio inferior.
- Em coisas ruins - respondeu ao se afastar.
- E pensar em coisas ruins o deixa excitado, por acaso? - Louis riu, quase fechando os olhos de gato por inteiro.
Harry negou com a cabeça.
- Não. Mas a forma como apertou minha mão me fez lembrar como morde minha bunda.
Louis quem o beijava agora. Eles trocaram de posição e Harry ficou com as costas pressionadas na porta do carro. Louis se debruçou sobre ele, como se fosse comê-lo ali. Enquanto Harry cravava os dedos nas costas do outro por sob a camisa, Louis lhe beijava o pescoço, lambendo-o e dando mordidas leves.
O estacionamento estava parcialmente escuro, de modo que qualquer pessoa que entrasse ali, não os veria de imediato. Também a sensação de perigo o deixava doido de tesão. Apenas imaginar que alguém podia chegar e flagrá-los aos amassos no estacionamento, fazia com que seus pelos se arrepiassem.
Harry jogou Louis contra uma coluna de concreto com força, o que o fez gemer. Em seguida ergueu a barra da camisa do outro, escorregando as mãos por seu abdome, apertando sua pele entre os dedos somente para que Louis soltassem gemidos. Mas como Louis era sempre quem estava no comando, este o jogou sobre o capô de outro carro que, no mesmo instante, soou o alarme. Os dois saltaram com o susto e riram, nervosos.
- Melhor sairmos daqui - Louis falou já apertando o botão da chave do seu carro, destravando a porta.
- Não seria má ideia - Harry concordou.
Os dois entraram no carro com rapidez. Ágil e bom motorista, Louis saiu do estacionamento cantando pneu, deixando marcas das rodas do carro no chão. A cidade inteira parecia dormir havia horas. Quase não tinha trânsito nem barulho de carros. Os vidros estavam abertos e ele sentia frio.
Não fazia a menor ideia de para onde Louis o estava levando. Só o que lhe dissera era que precisava levar sua câmera fotográfica, pois iria querer registrar o momento. Também não insistiu em perguntar, porque preferia esperar a surpresa. Mas a curiosidade o estava matando.
Harry começou a olhar novamente as fotos de seus momentos com Louis que havia registrado. Eram tantos. Cada um melhor que o outro. Sorriu singelamente quando viu a foto de Louis na cozinha, de costas e usando apenas cueca e avental.
- Do que está rindo?
Harry olhou para Louis e lhe mostrou a foto.
- Lembrando-me do dia em que acordei e você estava tentando ser sexy na cozinha - ele contraiu os lábios. - A única coisa que conseguiu foi queimar a omelete que, inclusive, estava sem sal.
Louis estreitou os olhos e, focado no trânsito, deu um leve sorriso.
- Ah, então você vai começar a lavar a roupa suja, não é?
- Não, mas se resolver que quer aposto que você tem mais baldes de sujeira.
- Eu sou um santo! - exclamou e riu ao passo que tentava permanecer sério.
- Claro que é - ironizou Harry.
Eles estavam sozinhos numa rua estreita, parados num cruzamento e esperando o sinal abrir. Não havia sinal de outros carros. Harry olhou para Louis quando o carro começou a andar novamente. Ele preparou a câmera para fotografá-lo.
- Ei, olhe para cá - disse para Louis.
Louis olhou. Havia um sorriso largo e de pura felicidade em seu rosto. Ele pôs a língua para fora, fazendo palhaçada e gargalhou alto.
Contudo, o som de sua risada foi ofuscado pelo som estridente de uma buzina frenética. Harry se viu cego em seguida, apenas a audição funcionando, nenhum dos outros sentidos parecia responder aos comandos.
Conseguiu ouvir o som de vidros se estilhaçando, metal contra metal. E o barulho de pneus que se arrastavam pelo asfalto enquanto eram brecados e o carro girava no ar.
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infinity
FanfictionHarry, filho de um influente político, renunciou sua própria família para viver ao lado de Louis. Ambos são felizes independentemente das circunstâncias. Vivendo um dia de cada vez, como se espera que pessoas normais façam. Mas um acidente envolvend...