OITO

17 3 0
                                    

(Não me perdoem por-los feito esperar tanto. Declaro-me culpado e podem me apedrejar. PORÉM, MAS, NO ENTANTO, a espera vai valer a pena hehe <3)

- Que ir para algum lugar, tipo... boate, sei lá...?

Louis olha para mim quando digo. Um olhar questionador e ao mesmo tempo ciente do que ia responder.

- Claro – responde finalmente quando volta a fitar a estrada. – Mas para isso seria necessário esperar anoitecer e termos dinheiro sobrando.

Dou de ombros, olho para ele sorrindo e digo:

- Esqueceu que dinheiro é o que não falta na minha conta bancária?

- Ah, claro, que sim. Na verdade, quase nem me lembro de que meu namorado é filho de um político influente – diz com veneno misturado a sarcasmo, ironia e brincadeira na voz.

Bato levemente minha cabeça no vidro da janela, como se estivesse tendo um ataque ou coisa parecida. Fazendo uma cena dramática.

- Dá próxima vez que usar o termo "filho de um político influente", por favor, me dê um tiro em seguida.

Ele põe a mão na minha perna e fitando o trânsito, diz:

- E perder a chance de me dar bem na vida? Nem pensar.

- Cara, tu é uma coisa, viu... – resmungo. – Rezo todas as noites para que Deus me ilumine e me proteja de você, caso seja um serial killer – olho para Louis. – Fico muito perdido em nossas conversas... você me deixa sempre com um pé atrás.

Percebo que Louis liga a seta e encosta o carro no meio fio. Ele se vira para mim, como sempre, seus lábios estão franzidos numa espécie de sorriso. É algo que me faz questionar sobre minha sanidade por estar ao lado dele. Esse seu sorriso e seus olhos de gato, foram, provavelmente, a cereja do bolo para que eu largasse tudo e viesse me juntar a ele.

- Olhe – ele diz, sério –, não sei o que se passa na sua cabeça, mas de uma coisa eu tenho certeza, tudo bem? Sou muito certo do que sinto por você e seria incapaz de lhe fazer algum mal mesmo que fosse um assassino em série. E se realmente fosse um assassino em série, provavelmente o manteria em cativeiro para ser meu escravo sexual. Afinal, não é sempre que se acha um cara de olhos verdes, com sorriso com direito a covinhas, com um corpo mais ou menos e bem dotado, okay.

Sufoco um sorriso e me sinto corar. Como ainda posso ficar constrangido com as palavras dele?

- Olha, confesso que se fosse seu refém preferiria continuar mantido em cativeiro a perder sua bunda.

De repente eu começo a rir e Louis me acompanha. São risadas altas e histéricas, como se fôssemos dois malucos. Quando finalmente paro, eu digo:

- Nunca vi declarações de amor mais fodidas.

Ele me encara e me beija inesperadamente.

- É porque eu te amo.

infinityOnde histórias criam vida. Descubra agora