- Quer que... entre com você?
Por sobre o ombro eu olho para Liam, no corredor do prédio e com a chave já na fechadura da porta. Balanço a cabeça em sinal negativo.
- Eu preciso fazer isso sozinho – respondo.
Liam assente e se encosta na parede, cruzando os braços.
- Vou estar esperando por você aqui.
- Não... é melhor ir para casa – digo enquanto evito olhar para ele a fim de esconder a dor em meu olhar. – Quero passar mais esta noite com ele.
Liam suspira e se aproxima, pondo a mão sobre meu ombro. Sua braba está por fazer, e sua roupa é o tipo que eu deveria usar – roupas do filho de um político, roupas sociais e bem-passadas.
- Sabe que pode contar comigo, não sabe? – balanço a cabeça em sinal positivo. - As nove em ponto?
- Sim – então ele me abraça com força.
Quando Liam some no corredor eu sinto que é a hora de enfrentar meus fantasmas e demônios.
Contraio os lábios ao mesmo tempo em que giro a maçaneta, examinando o apartamento. Está bagunçado, como se ninguém morasse aqui e tento me lembrar quando foi a última vez que o limpei. Atravesso a sala, deixando a sujeira para trás, e paro diante da porta do quarto. Ao erguer minha mão para empurrá-la, percebo que estou tremendo.
Não havia me dado conta até empurrar a porta, mas meu corpo inteiro treme submisso a um frio inexistente. É como se eu estivesse a ponto de cair morto por hipotermia, se minha pressão estivesse baixa ou alta demais. Sinto minha garganta seca. Sento-me na cama e me curvo, os cotovelos sobre os joelhos. Espero alguns minutos até Louis sair do banheiro, impecavelmente lindo.

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infinity
FanfictionHarry, filho de um influente político, renunciou sua própria família para viver ao lado de Louis. Ambos são felizes independentemente das circunstâncias. Vivendo um dia de cada vez, como se espera que pessoas normais façam. Mas um acidente envolvend...