- Meu Deus, eu nunca tinha visto tantas crianças juntas - falo para Louis a fim de deixar claro o meu nível elevado de pânico.
Ele me cutuca com o cotovelo e olha para mim, como se isso realmente esteja deixando-o feliz.
- Ah, vai ser legal.
Olho novamente para as crianças fantasiadas de princesas e heróis da Disney. Franzo os lábios e tento levar para o lado cômico da história, só que este é exclusivamente restrito a Louis. Estou a ponto de desistir e sair correndo, quando uma mulher loira e alta atravessa o mar de crianças e vem em nossa direção, cortando caminho por sobre a grama verdinha.
- Ah, que bom que veio! - exclama ao me abraçar. - Sou Felícia. Vamos por aqui.
Felícia segura em minha mão e me puxa, Louis vem logo atrás nos seguindo. Entramos na casa e subimos as escadas. Felícia para em frente uma porta no corredor. Ela segura meus ombros e olha para mim e percebo que também está apavorada.
- Pode se vestir aqui, mas não demore, porque não sei o que fazer com tantas crianças elétricas por comerem tanto açúcar.
Eu aceno com a cabeça e ela abre a porta do quarto. Louis e eu entremos com as sacolas das fantasias. Ele começa a tirar a roupa sem perder tempo ao passo que eu observo o ambiente. Ao que parece é o quarto de Felícia e do marido, pois há uma cama de casal e a decoração é bem madura. Há cortinas cor de pêssego cobrindo as janelas e as cores das paredes se resumem a branco e um tom de bege escuro. Paro meu olhar sobre um porta-retratos que está em cima do criado-mudo ao lado da cama. São de uma menina pré-adolescente e um menino ainda pequeno. Há algo relativamente familiar no olhar de ambos, só que não percebo o que é, pois Louis me puxa.
- O que é? - resmungo meio aturdido.
- Vai se arrumar, cabeção.
Balanço a cabeça e, após dar uma última olhada na fotografia, eu me apresso em pôr a fantasia de palhaço. Quando termino, Louis já tem feito toda sua maquiagem. Puxo a cadeira da penteadeira de Felícia para perto dele para que possa me maquiar.
- Onde você aprendeu a fazer isso, cara? - pergunto mais do que impressionado com o seu talento.
- Nas curvas da vida - diz sorrindo e eu sorrio para ele. - Me lembra de que da próxima vez que formos transar, quero você de palhaço encima de mim.
- Nossa, que fetiche. Parece coisa de doido.
Ele balança a cabeça e me puxa para si, apertando minha bunda.
- Eu também pensaria isso, caso nunca tivesse te visto assim. Agora vamos lá.
- Vamos, né...

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infinity
Fiksi PenggemarHarry, filho de um influente político, renunciou sua própria família para viver ao lado de Louis. Ambos são felizes independentemente das circunstâncias. Vivendo um dia de cada vez, como se espera que pessoas normais façam. Mas um acidente envolvend...